O Bologna atropelou o Salzburg, brilhou em noite de gala e se afirmou na Europa League | OneFootball

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Calciopédia

·28 de novembro de 2025

O Bologna atropelou o Salzburg, brilhou em noite de gala e se afirmou na Europa League

Imagem do artigo:O Bologna atropelou o Salzburg, brilhou em noite de gala e se afirmou na Europa League

Pela quinta rodada da Liga Europa, o Bologna entrou em campo buscando afirmação em nível continental: vencer o Red Bull Salzburg significava consolidar a campanha europeia com a mesma personalidade mostrada na Serie A e provar que o time de Vincenzo Italiano pode ser competitivo também fora da Itália. Conseguiu. Com atuação agressiva, criativa e eletrizante, os rossoblù venceram por 4 a 1 – placar largo, mas ainda modesto diante do volume ofensivo produzido, das chances criadas e do domínio exibido ao longo dos 90 minutos.

Com seis desfalques, incluindo Cambiaghi e Rowe, Italiano armou o time com cinco novidades em relação ao jogo anterior, contra a Udinese, montando uma linha ofensiva criativa – Orsolini, Bernardeschi e Odgaard, com Dallinga à frente; justamente os quatro heróis da partida. O Salzburg, por sua vez, apresentou estrutura peculiar e vertical, com um meio congestionado por três duplas formando quase um tubo posicional atrás do veloz Baidoo. O plano austríaco era claro: atacar em acelerações e diagonais rápidas.


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Entretanto, a primeira meia hora foi de um dono só. O Bologna conseguiu se instalar no campo rival, rondou a área e logo construiu seu primeiro grande momento: Orsolini encontrou Odgaard livre, com a porta escancarada, mas o atacante, desequilibrado, mandou para fora e deixou de marcar um gol feito, num daqueles lances que fazem o jogador pedir desculpas ao estádio.

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Bernardeschi marcou seu primeiro gol pelo Bologna em torneios continentais e foi importante no triunfo sobre o Salzburg (Getty)

A reparação veio no minuto 26. Em nova pressão, a defesa austríaca rebateu mal e Odgaard, espreitando dentro da área, não perdoou: chute seco, bola na rede, vantagem merecida. O Salzburg, mesmo encurralado, respondeu como costuma, de maneira rápida, vertical e agressiva. Aos 33, Lucumí cortou mal um lance simples e entregou o contra-ataque. Vertessen avançou e serviu Baidoo, que bateu forte, exigindo defesa de Ravaglia. O rebote sobrou para o próprio garçom belga, que empatou a partida num golpe quase acidental, mas eficiente. O 1 a 1 devolveu tensão ao jogo.

O Bologna não se abalou. Seguiu atacando e, especialmente pela esquerda, encontrou campo fértil com Bernardeschi e Miranda. Dois cruzamentos quase recolocaram o time na frente: primeiro Dallinga chegou de frente, depois Pobega apareceu com liberdade. Ambos, porém, desperdiçaram chances claras. O Salzburg sobrevivia mais por deficiência de mira italiana do que por solidez defensiva própria. O duelo subia em temperatura e caminhava para o intervalo com os rossoblù à frente no volume, mas não no placar.

A segunda etapa começou com o mesmo roteiro, mas com execução mais fria – tranquilizado, o time da casa deslanchou. Logo nos primeiros movimentos, Miranda encaixou um passe perfeito entre a marcação, milimétrico, rasgando o campo e encontrando Dallinga em diagonal. O holandês bateu cruzado, tirando Schlager da jogada e recolocando o Bologna na dianteira, aos 51. Era o 2 a 1, e dali em diante a equipe emiliana transbordou. Os mandantes ampliaram apenas dois minutos depois, dessa vez pela direita, setor até então discreto. Zortea levantou com precisão e Bernardeschi subiu como centroavante, emendando cabeçada limpa e firme para anotar seu primeiro gol em torneios europeus após seis anos; o anterior fora pela Juventus. O estádio Renato Dall’Ara, então, parecia respirar outro ar – ar de Europa, de maturidade.

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O prolífico Orsolini fechou a goleada no Dall’Ara (Getty)

O Salzburg tentou reagir e encontrou espaços quando o Bologna, dominante com a bola, se expôs. A linha alta abriu corredores, e Ravaglia precisou operar dois milagres em sequência para impedir novos sustos. Ratkov chegou a balançar a rede, mas o VAR apontou impedimento. Italiano percebeu o momento frágil e refrescou o time com Vitík, Domínguez e Fabbian, buscando energia sem abdicar da proposta ofensiva. A partida virou troca frenética de golpes: o Bologna criando, o Salzburg contra-atacando, e o travessão salvando os italianos quando Ratkov emendou um arremate perigoso.

Faltava o último tiro – e ele chegou. Empurrado pela torcida e ciente de que mais um gol mataria de vez o jogo, o Bologna continuou acumulando volume até que, em bola viva na área, Orsolini apareceu para empurrar de perto e fechar o placar em 4 a 1. Sem contestação, sem discussão, sem dúvida: triunfo amplo, enérgico e convincente sobre um time que vem decepcionando na Liga Europa. O Salzburg, que disputou a Copa do Mundo de Clubes, no verão do hemisfério norte, é apenas o 29º colocado, com três míseros pontos, e ainda visitará o Freiburg (quarto, com 11) na próxima rodada.

Para o Bologna, o apito final selou uma noite que pode marcar a sua virada mental na Europa League. Os rossoblù foram protagonistas, criaram muito mais do que anotaram e exibiram recursos táticos e técnicos que justificam ambições maiores. Hoje, o time está na 18ª posição, na zona de playoffs, mas a apenas dois pontos do pelotão que se classificaria diretamente para as oitavas – afinal, a competição está bem equilibrada. Na próxima rodada, os felsinei viajarão até a Espanha para um duro confronto direto com o Celta de Vigo, décimo. O continente olha para o time emiliano e ele olha de volta sem piscar.

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