Calciopédia
·22 de janeiro de 2025
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Em jogo válido pela sétima rodada da Champions League, o Bologna encarou mais um campeão europeu em sua trajetória na competição. Depois de perder para Liverpool e Aston Villa e empatar com o Benfica, foi a vez de encarar o Borussia Dortmund, da Alemanha. Na Itália, o time rossoblù até levou a melhor, com uma virada construída em poucos minutos, mas a vitória por 2 a 1 não mudou o seu destino: os bolonheses entraram em campo virtualmente eliminados do torneio e acabaram seguindo sua sina mesmo com o triunfo.
O duelo prometia ser tenso para o Borussia Dortmund, favorito no confronto, pelo fato de o time alemão estar em crise em seu campeonato nacional. O elenco perdeu a confiança no treinador Nuri Sahin, e a sua permanência dependia de um resultado positivo no estádio Renato Dall’Ara – o que não aconteceu e ocasionou a sua demissão, no dia seguinte. Por outro lado, o Bologna também não vinha bem na competição europeia. Sem nenhuma vitória até então, a equipe italiana jogaria mais por sua honra e para ganhar cancha, na expectativa de dar a sua torcida um motivo de felicidade em nível continental. Afinal, os emilianos ainda não haviam somado um triunfo sequer em sua primeira participação na fase moderna da Liga dos Campeões.
No primeiro tempo, até os 10 minutos, o Bologna tentava ir para cima do Borussia Dortmund, que estava desorganizado em campo. A primeira chance dos rossoblù foi aos 8, quando o atacante Ndoye arrematou de fora da área e a bola passou por cima da meta defendida por Kobel.
Entretanto, a situação do jogo mudou aos 11 minutos, quando o time da casa passou a explorar os contra-ataques, enquanto os aurinegros detinham mais a posse da bola. E, assim, após cobrança de escanteio, Holm segurou a camisa de Anton na área e cometeu pênalti. Na cobrança, Guirassy chutou de cavadinha, com categoria ou irresponsabilidade, e a bola quase foi defendida por Skorupski. Porém, morreu no fundo das redes e o BVB saiu em vantagem, aos 15.
Orsolini era um dos mais ativos jogadores do Bologna na partida – até sair de campo machucado (Getty)
Aos 17, em boa jogada trabalhada pelos alemães, Reyna finalizou na entrada da área, obrigando Skorupski a espalmar a bola pela linha de fundo. Essa, porém, foi a última grande chance de gol criada pelo Dortmund, que viu os mandantes se imporem dali em diante. Logo aos 23, Orsolini fez a sua primeira jogada mais aguda na partida, embora tenha chutado fraco, sem perigo. Três minutos depois, o mesmo cruzou rasteiro e Ferguson arrematou de primeira, para fora. O Bologna, de fato, explorava muito bem o corredor pelo lado direito. O maior exemplo de tal efetividade se deu aos 27, quando Orso finalizou forte e parou apenas em Kobel.
Os rossoblù não se abalaram com a desvantagem no placar e foram para cima, mesmo com suas limitações. Orsolini novamente chutou de primeira para fora, aos 29 minutos, e era o jogador que mais criava chances para o time italiano. A marcação do Borussia Dortmund não era compacta, sempre deixando o camisa 7 livre, e Ndoye também conseguia trabalhar sem muita oposição. Assim, as chances apareciam. Como aos 31 minutos: após lançamento em profundidade da defesa, a bola sobrou para Castro, que arriscou o chute no canto de Kobel, mas sem dar um grande susto no suíço.
O grande erro dos aurinegros era não acalmar o jogo: os alemães erravam passes e se desesperavam em ligações diretas. No entanto, aos 34 minutos, pareceram levar sorte, já que o ativo Orsolini sentiu incômodo na parte posterior da coxa e precisou ser substituído por Iling-Junior – o ponta rossoblù deixou o campo chorando. Com a saída do camisa 7, a partida esfriou consideravelmente até o intervalo.
Dallinga entrou bem no jogo e, além de marcar o primeiro do Bologna, participou do segundo (Ansa)
No segundo tempo, o técnico Vincenzo Italiano promoveu uma substituição de imediato: o atacante Odgaard no lugar do volante Freuler. Mais ofensivo, o Bologna continuou a criar chances ante um Borussia Dortmund pouco agressivo, que não fazia valer a sua urgência em vencer. Aos 63 minutos, os rossoblù mexeram novamente no time – saíram Lucumí e Castro, para a entrada de Casale e Dallinga, em trocas de “seis por meia dúzia”. Mesmo com poucas chances criadas, o BVB teve a chance de matar o jogo logo em seguida, aos 67, em um escanteio cobrado. Skorupski saiu mal do gol e Guirassy cabeceou livre, mas para fora.
Os aurinegros sofreriam um duro baque aos 71. Em uma esticada nas costas da defesa alemã, Odgaard recebeu o passe, viu a área adversária e cruzou para Dallinga, que não perdoou e empurrou a bola para o fundo do gol. No minuto seguinte, o Bologna virou a partida. O próprio centroavante holandês ganhou a jogada na lateral da área do Borussia Dortmund e finalizou, Kobel defendeu e, no rebote, Iling-Junior arrematou sem piedade e com precisão. Era a virada relâmpago dos rossoblù.
Ao contrário do Dortmund, o time italiano não ficou confortável com a virada e não queria ficar apenas na vantagem de 2 a 1: mesmo com seus vários problemas defensivos e limitações, almejava dar um motivo de felicidade a sua apaixonada torcida. Os alemães, por sua vez, se acomodaram no jogo, que ficou morno devido a um Bologna que tentava atacar na boa, conservando sua supremacia no placar, e não era combatido. A última chance, já nos acréscimos, foi dos próprios mandantes, num arremate de Ndoye que passou ao lado da meta de Kobel.
No entanto, mesmo com a vitória histórica, que jamais será esquecida pela torcida dos veltri, a noite foi de eliminação para o Bologna. Por conta da combinação de resultados de outros jogos da sétima rodada e dos confrontos já agendados da oitava, o time italiano acabou eliminado da Champions League. Mesmo com a campanha ruim, certamente houve motivos de aprendizado para a equipe emiliana, que está competindo fortemente na Serie A para alcançar uma outra vaga em competição europeia na próxima temporada. Ainda na Champions League, pela última jornada da fase de liga, os rossoblù cumprem tabela contra o Sporting, enquanto o Borussia Dortmund enfrenta o Shakhtar Donetsk.