O Clássico-Rei que virou retrato de uma era | OneFootball

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·07 de novembro de 2025

O Clássico-Rei que virou retrato de uma era

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O empate em 1 a 1 no Clássico-Rei da última quinta-feira (6), na Arena Castelão, não foi apenas mais um capítulo na temporada tensa do Fortaleza. Foi também o décimo jogo consecutivo sem vitória sobre o maior rival, uma marca que, mais do que estatística, escancara a mudança de papéis entre as equipes nos últimos anos.


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Desde 2023, o Leão do Pici não vence o Ceará. De lá para cá, foram quatro triunfos alvinegros e seis empates, números que contrastam com o período em que o Tricolor dominava o cenário local e acumulava classificações, títulos e participações internacionais. O novo tabu, que se estende por quase dois anos, serve como espelho de um clube que perdeu o brilho competitivo e vive hoje o desafio de reencontrar sua identidade.

Na quinta, o roteiro reforçou essa sensação. O Fortaleza foi superior durante boa parte do jogo, saiu na frente com Adam Bareiro e parecia controlar o clássico. Mas recuou demais, perdeu o controle emocional e viu Pedro Raul empatar aos 44 do segundo tempo.

Um empate que custou caro, pois além de desperdiçar dois pontos preciosos na luta contra o rebaixamento, o time de Martín Palermo ainda manteve viva uma sequência incômoda diante do rival.

Os números atuais no Brasileirão também ajudam a explicar o peso simbólico dessa fase. Enquanto o Ceará, com 39 pontos, já enxerga de perto a permanência, o Fortaleza amarga o 19º lugar, com 29 pontos. É uma inversão de papéis para um clube que, não faz muito tempo, era referência regional e figurava entre os protagonistas nacionais.

Palermo tenta, aos poucos, reconstruir essa confiança. São dez jogos sob o comando do argentino, com quatro vitórias, quatro derrotas e dois empates. O desempenho até mostra sinais de evolução, com o time mais competitivo e seguro defensivamente, mas a falta de resultados concretos mantém a equipe afundada no Z-4.

No Clássico-Rei, o Fortaleza até joga bem, reage, se impõe em parte do duelo, mas não consegue transformar desempenho em vitória. E esse é justamente o dilema que o clube carrega desde o início do campeonato.

Na prática, o tabu que se renova a cada encontro com o Ceará é menos sobre rivalidade e mais sobre identidade. É o lembrete de que o Fortaleza precisa reencontrar o caminho que o levou a ser temido e que, por ora, parece distante da realidade que se impõe em campo.

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