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·11 de dezembro de 2025
O clube mais brasileiro do Egito: conheça o Pyramids, rival do Flamengo no Intercontinental

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O Pyramids é praticamente fundado por brasileiros. No primeiro ano de sua história, em 2018, o clube egípcio contratou alguns nomes conhecidos do futebol nacional, como Rodriguinho Keno, Ribamar e o técnico Alberto Valentim. Sete anos depois, os caminhos do clube africano novamente se cruzam com o Brasil: o Pyramids será o adversário do Flamengo na segunda partida do Intercontinental, a Copa Challenger.
Terceira força do país, atrás de Al Ahly e Zamalek, o Pyramids brilhou na última temporada e conquistou o maior título do continente: a Champions Africana. Agora, porém, a pretensão é maior, o foco é eliminar o Flamengo e fazer de 2025 uma das maiores temporadas de sua história.
Em 2018, ano de sua fundação, o Pyramids foi até o Brasil e abriu os cofres para contar com atletas da elite brasileira. Os africanos tiraram Rodriguinho do Corinthians, Carlos Eduardo do Goiás, Ribamar do Athletico e Keno do Palmeiras, tudo isso por pouco mais de 22 milhões de euros. O comandante também seria brasileiro: Alberto Valentim deixou o Botafogo e se mudou para o Egito.
Mas o intercâmbio dos brasucas pouco durou pelo país da África. Todos os quatro atletas permaneceram menos de uma temporada no clube e, então, retornaram ao Brasil. Tal qual Alberto Valentim, que retornou ao seu país natal e daria espaço, mais tarde, para Ramón Diaz.
A ligação do Pyramids com o Brasil não para por aí. Em 2025, sete anos depois da debandada brasileira, o clube conta com um Dunga e um Zico em seu elenco. Dunga é o volante Mahmoud Donga, de 32 anos, que carrega o número 13 nas costas. Zico, por sua vez, é o atacante Mostafa Fathi Zaki, camisa 11 da equipe. Quem revelou o fanatismo dos jogadores foi o único brasileiro atual da equipe Ewerton, em entrevista à ESPN.
"A paixão deles é parecida com a dos brasileiros, gostam do nosso futebol, da forma como jogamos. Eles são apaixonados por ele até hoje. Quando eu cheguei aqui, só se falava do Keno. 'Keno, brasileiro, você conhece?', isso e aquilo. Os caras são apaixonados por brasileiros", disse o atacante, em setembro deste ano.
Passados sete anos da empreitada brasileira no Egito, o Pyramids se manteve como a terceira força do país, atrás de Al Ahly e Zamalek, mas desbancou ambos e outros times da África para conquistar a Champions League da África na temporada passada, quando também foi vice-campeão do Campeonato Egípcio e da Copa do país.
Na atual temporada, as coisas traçam um rumo similar para o clube. Na liga local, a equipe é a segunda colocada, dois pontos atrás da sensação Ceramica Cleopatra; na Champions, o clube tem a classificação encaminhada ao primeiro mata-mata, e venceu a Supertaça Africana, que coloca o campeão da Champions frente ao campeão da Taça da Confederação Africana, uma "segunda" competição no continente.
O Pyramids chegou ao confronto contra o Flamengo pela Copa Challenger após superar o Auckland City, que ganhou projeção no Mundial de Clubes, por 3 a 0, a primeira partida do Intercontinental de 2025, que aconteceu há três meses.
O clube tem alguns nomes conhecidos dentro das quatro linhas. El-Shenawy, goleiro da equipe, foi titular da seleção por alguns anos, Sobhi, ex-atacante do Stoke City, está fora por uma suspensão de doping, e Ali Gabr, zagueiro mais experiente e capitão da equipe, que foi titular do Egito na Copa do Mundo de 2018.
Além deles, outros jogadores de menos alarde se destacam. É o caso de Mayele, artilheiro da equipe nessa e nas últimas duas temporadas, Samy, zagueiro titular que defende o clube há seis anos, Hamdi, lateral esquerdo que é pilar defensivo e ofensivo na escalação, e Atef, jovem ponta veloz que ocupa a terceira posição na artilharia da equipe.
O Pyramids não acumula tanta tradição no futebol egípcio. Fundado em 2018, o clube soma apenas três taças, a Taça do Egito em 23/24, a Champions na temporada passada e a Supertaça nesse ano de 2025. Agora, o clube sonha em eliminar o Flamengo e fazer de 25/26 a temporada mais vitoriosa de sua curta história.









































