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·08 de agosto de 2025
O dia em que Ter Stegen caiu em desgraça no Barça

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A direção do FC Barcelona tomou uma decisão que evidencia uma ruptura cada vez mais difícil de contornar com Marc-André ter Stegen. O clube anunciou oficialmente a retirada temporária da braçadeira de capitão do goleiro, medida tomada após ele se recusar a autorizar o envio de seu relatório médico à LaLiga. Segundo o Mundo Deportivo, essa negativa impediu o Barça de utilizar 80% do salário do alemão para inscrever novos jogadores, entre eles os recém-chegados Joan García e Wojciech Szczesny, que agora ultrapassam o camisa 1 no ranking técnico da equipe.
A mídia alemã repercutiu fortemente o episódio, destacando o abismo entre atleta e diretoria. O Bild classificou a decisão como um “ataque de arrogância” do clube e mencionou que o Barça avalia até mesmo medidas legais contra Ter Stegen. O Kicker ressaltou que a perda da braçadeira foi imposta apesar da vontade do elenco e representa mais um revés para o goleiro, envolto em uma disputa aberta com seu clube de longa data. Já o Frankfurter Allgemeine criticou abertamente a gestão de elenco do Barcelona, apontando para os problemas financeiros crônicos e destacando que, na Espanha, há quem atribua o impasse à postura do próprio Ter Stegen – mas para muitos na Alemanha, o clube age de maneira desastrada e já não se vê o goleiro voltando a atuar pelo Barça.
O Süddeutsche Zeitung observou que a demissão do goleiro da capitania, com respaldo do técnico Hansi Flick, tornou o cenário ainda mais tenso e lembrou que alguns dos colegas do camisa 1 se manifestaram publicamente em solidariedade a ele nos últimos dias.
Internamente, a insatisfação também veio a público. Joan Camprubí, porta-voz da plataforma ‘Som un clam’, manifestou, via comunicado, que a decisão pode criar tensões desnecessárias no vestiário pouco antes do início das competições. Camprubí pediu mais transparência da diretoria e criticou a ausência de diálogo direto com Ter Stegen, afirmando que “as ações do capitão podem agradar mais ou menos, mas retirar a capitania concedida pelos seus companheiros não ajuda neste momento”, conforme publicou o Mundo Deportivo.
Além do desgaste com o goleiro, a saída inesperada de Iñigo Martínez para o Al Nassr também gerou críticas à condução da gestão, fortalecendo um clima de instabilidade nos bastidores. Camprubí cobrou participação dos sócios em decisões consideradas cruciais para o futuro do clube.
No momento, Ter Stegen foi relegado ao terceiro posto entre os goleiros, e o futuro de sua relação com o Barcelona é cada vez mais incerto. Entre cobranças por transparência e gestões de crise, o caso ilustra o delicado equilíbrio entre a necessidade urgente de manobras financeiras e a manutenção de um ambiente estável no vestiário blaugrana.
Fontes: Mundo Deportivo (com referências a Bild, Kicker, Frankfurter Allgemeine, Süddeutsche Zeitung, ZDF)
Photo by Florencia Tan Jun/Getty Images