Jogada10
·11 de agosto de 2023
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·11 de agosto de 2023
Não vamos nos estender muito nos comentários sobre Jorge Sampaoli, pois o evidente e necessário sobre o nefasto personagem, sucessor do fenômeno Vitor Pereira, já foi dito. O fato é que o Flamengo entrou 2023 com oito títulos para conquistar – Taça GB, Estadual, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Mundial, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores – e oito meses depois da entrada do ano só tem um. Hoje – com a derrota de 3 a 1 para o Olimpia – a sétima possibilidade foi para o além. Não é preciso dizer mais nada. Mas a culpa não é só do argentino, mas da direção do clube, que contratou e manteve a sua tosca criatura para comandar o maior orçamento do Brasil. E das estrelas – à exceção de Bruno Henrique – que jogaram nada.
O Olimpia, previsão óbvia, dissolveu o ferrolho do Maracanã, disposto a desfazer sem tréguas a desvantagem. E deixou tanto espaço que tomou um gol aos oito minutos, de Bruno Henrique, após falta – cobrada por Arrascaeta – que surgiu de um dos contra-ataques velozes explorados pelo Flamengo. Mas o problema é que sair na frente, tão cedo, em uma partida dessas, não é suficiente para tranquilizar. Aos 12, o time paraguaio forçou jogo pela direita, e Ivan Torres surgiu, sem marcação, para igualar: 1 a 1. Curiosamente, a pressão não era intensa, e o Olimpia continuou a oferecer seu campo ao Rubro-Negro, que não aproveitava o convite, embora a equipe carioca tenha conseguido cadenciar o duelo. Com meia hora, a equipe carioca tirou proveito de erro adversário, e Gabriel marcou, mas estava em posição irregular.
Somente Btruno Henrique jogou alguma coisa no vexame em Assunção – Foto: Norberto Duarte AFP via Getty Images
Na realidade, não era exatamente um bicho de sete cabeças surpreender os gringos, um tanto ansiosos, pelas circunstâncias, mas faltava capricho no último passe. É nesses momentos que entra o dedo do técnico, que o Flamengo não tem, pois Jorge Sampaoli é apenas um cidadão que caminha – como um animal impotente – para os lados dentro da jaula. Gérson, Éverton Ribeiro e Arrascaeta não eram efetivos, e Gabriel, apesar do esforço, não acertava o posicionamento. Bruno Henrique era um leão solitário e faminto em busca de quem pudesse saciá-lo. Dentro do quadro, e como não fez mais, e também não levou, o primeiro tempo foi apenas razoável para o Flamengo, dada a vantagem que o time manteve, no resultado agregado, é claro.
Era de se esperar que o andarilho argentino percebesse o problema no intervalo. E que o Olimpia, que continuava tendo ótima oportunidade para obter a classificação, fizesse uma partida mais racional na etapa derradeira. Os times voltaram sem substituições. O Flamengo pareceu disposto a exercer marcação mais adiantada, o que poderia facilitar a troca de passes que levasse ao segundo gol. Mas o time não conseguia fazê-lo. Aos seis minutos, o árbitro colombiano Wilmar Roldan expulsou Sampaoli por ofensas. Vale lembrar que eles falam o mesmo idioma.
O jogo, como um todo, não fluía, e caminhava muito lentamente para uma indefinição que poderá provocar fortes emoções nos minutos finais. Não seria exagero afirmar, contudo, que a equipe brasileira poderia explorar melhor a sua maior habilidade. Restam 20 minutos regulamentares. Vitor Hugo está em campo. Mau presságio. E o Olimpia tem um punhado de atacantes, além de abusar de um recurso banal, as bolas levantadas na área.
Como o Flamengo demora a fazer, acaba levando, numa dessas, na cabeçada de Richard Ortiz, após escanteio, outro gol: 2 a 1 para os paraguaios. A partida passa a ser francamente favorável ao time da casa, que não desistirá de construir o resultado. A equipe visitante troca jogadores e já não vê a cor da bola. Aos 35, novo córner, e Facundo Bruera, em nova cabeçada, mete 3 a 1. Aos 46, Vitor Hugo marca, mas Gabriel estava impedido, e o gol é anulado.
Desnecessárias mais palavras sobre o fracasso anunciado desde as péssimas atuações e os resultados mentirosos anteriores. Fim de papo.
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