O Napoli está definitivamente irresistível: sapecou impiedosos 6×1 no Ajax em plena Johan Cruyff Arena | OneFootball

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·04 de outubro de 2022

O Napoli está definitivamente irresistível: sapecou impiedosos 6×1 no Ajax em plena Johan Cruyff Arena

Imagem do artigo:O Napoli está definitivamente irresistível: sapecou impiedosos 6×1 no Ajax em plena Johan Cruyff Arena

O Napoli é um dos times mais legais de se assistir nesta temporada. Vários símbolos do clube saíram na janela de transferências, mas bons reforços foram trazidos sem tanta badalação e o coletivo de Luciano Spalletti funciona demais. A maré boa se nota na liderança da Serie A e ainda mais na fase de grupos excepcional dentro da Champions League. A goleada por 4 a 1 sobre o Liverpool na Itália e os 3 a 0 fora diante do Rangers eram sinais expressos de que os celestes estão embalados. E a valorização sobre a equipe aumenta pelo estrago que os napolitanos fizeram nesta terça-feira em plena Johan Cruyff Arena: golearam o Ajax por 6 a 1. O detalhe é que os Godenzonen até abriram o placar e equilibraram o duelo em parte do primeiro tempo, mas o Napoli virou o jogo com um ataque veloz e insaciável, bem como uma marcação sufocante que forçava os erros. Nomes como Raspadori, Zambo Anguissa e Kvaratskhelia fizeram muito estrago.

O Ajax entrava em campo com uma equipe bastante leve, com destaque para o quarteto ofensivo. Dusan Tadic e Steven Bergwijn eram os pontas, com Steven Berghuis por dentro e Mohammed Kudus adaptado no comando do ataque. Mais atrás, Remko Pasveer, Jurriën Timber e Edson Álvarez também eram figuras importantes. Já o Napoli chamava atenção pelo trio ofensivo formado por Khvicha Kvaratskhelia, Giacomo Raspadori e Hirving Lozano. O meio contava com Piotr Zielinski, Stanislav Lobotka e André Zambo Anguissa. Na defesa, Giovanni Di Lorenzo carregava a braçadeira de capitão na lateral direita, com Kim Min-jae em ótima fase no miolo da zaga.


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Napoli apresentou seu cartão de visitas desde os primeiros minutos. A marcação alta incomodava o Ajax e Raspadori teve a primeira finalização da partida, logo aos três minutos, mas sem direção. Apesar do desconforto, os Ajacieden conseguiram respirar um pouco mais na sequência do primeiro tempo. Não demorou para o gol sair, aos nove minutos, numa investida pelo lado esquerdo do ataque. Bergwijn seria travado na área, mas a sobra ficou com Kenneth Taylor. O jovem bateu para o gol e, quase em cima da linha, a bola desviou na perna de Kudus antes de entrar. Ficava a dúvida sobre a maneira como os napolitanos reagiriam, poucas vezes atrás no placar durante a atual temporada.

Entretanto, o Napoli logo apresentou suas virtudes. Os celestes eram muito velozes nas transições, sempre com gente chegando de trás para apoiar os atacantes. Kvaratskhelia quase surpreendeu num chute de fora, que buscou o ângulo com Pasveer fora do gol, mas a bola saiu ao lado da meta. Logo na sequência viria o gol, aos 18, com participação de Kvara. Mathias Oliveira tabelou com o georgiano e cruzou na medida para o meio da área. Lozano não alcançou a bola, mas Raspadori estava lá para mergulhar de cabeça e anotar o gol. A partida ficava muito corrida neste momento, lá e cá, com os dois times abertos. Ainda assim, os italianos eram mais contundentes.

A balança pesou para os visitantes nos 15 minutos finais do primeiro tempo. Foi o momento em que o Napoli conseguiu chegar ainda mais forte no ataque. A virada seria possível aos 33 minutos, na sequência de um escanteio. Kvaratskhelia cruzou pela direita e Di Lorenzo estava na área, para ganhar da marcação e testar no barbante. E à medida que o Ajax tentava recobrar o prejuízo, acabava se tornando mais exposto. Zielinski poderia ter marcado o terceiro aos 40, mas parou em grande defesa de Pasveer. Na sobra, Zambo Anguissa mandou por cima. O tento viria mesmo aos 45, quando Zambo Anguissa acelerou no meio com a defesa adversária bagunçada. Zielinski recebeu o passe em profundidade e, de frente com Pasveer, só deslocou o goleiro para marcar.

O Napoli perdeu Zielinski para o segundo tempo, com a entrada de Tanguy Ndombélé na volta do intervalo. A mudança, contudo, não atrapalhou o ritmo dos celestes. O quarto gol seria instantâneo, aos dois minutos, de novo com a participação de Zambo Anguissa na pressão. O meio-campista aproveitou uma bobeada de Pasveer e Calvin Bassey para roubar a bola na entrada da área. Entregou para Raspadori anotar mais um, em chute rasteiro. A situação ficava ainda pior para o Ajax, e faltava calma. Os Godenzonen não penetravam contra a defesa mais recuada dos celestes e corriam riscos nos contragolpes.

Diante da falta de repertório do Ajax, o Napoli poderia esperar o momento certo para atacar. Quando a equipe subia, avançava todas as suas linhas. E de novo forçava erros dos adversários na construção, o que se repetiu para o quinto gol, aos 18. Kvaratskhelia gingou diante da marcação dupla, tabelou com Raspadori e recebeu de volta na área, para finalizar com calma diante de Pasveer. Neste momento, torcedores dos Godenzonen já deixavam as arquibancadas e alguns até agitavam panos brancos. Spalletti daria um descanso a seus protagonistas, com Kvara e Raspadori substituídos por Eljif Elmas e Giovanni Simeone.

Não que isso diminuísse o ímpeto do Napoli. Pasveer precisou fazer grande defesa aos 24, em cobrança de escanteio, num desvio de Amir Rrahmani. Logo depois Gio Simeone recebeu na área e não bateu com tanta força. O Ajax nem se esforçava mais e a insatisfação nas arquibancadas era audível. Berghuis e Taylor foram vaiados, com as entradas de Brian Brobbey e Davy Klaassen, mas era tarde demais para as primeiras trocas. E nem deu para saber o real impacto, porque a melancolia se tornou maior quando Tadic foi expulso com o segundo amarelo aos 28. Também saiu vaiado, em atuação muito ruim do sérvio. A coisa estava tão feia que logo vieram gritos de olé nas trocas de passes dos partenopei.

Spalletti poupava destaques, mas quem estava em campo queria participar da festa. E a goleada não passaria batida por Gio Simeone, que tem o símbolo da Champions até tatuado no braço. O argentino cravou o sexto, aos 36. Ndombélé deu um passe difícil com a bola no alto, mas Bassey cochilou de novo. Simeone apareceu na área e chutou firme para deixar a angústia ainda mais expressa na face dos adversários. Elmas ficou perto de pintar o sétimo aos 41, em arremate da entrada da área que passou bem perto do pé da trave. Zambo Anguissa não parava no meio nem com a situação sacramentada e com sua grande atuação. Já aos 44, Ndombélé mandou uma pancada que explodiu no travessão, após leve desvio de Pasveer. Só mesmo o apito final, com apenas um minuto de acréscimo, garantiria um consolo aos anfitriões, com o pesadelo das redes balançando cessado.

O Napoli permanece com 100% de aproveitamento no Grupo A da Champions. São nove pontos em três rodadas, com a classificação já próxima. O Ajax precisa correr atrás do prejuízo. Com três pontos, os Godenzonen ficam três atrás do Liverpool, que bateu o lanterna Rangers na rodada. Ainda há tempo para tirar a diferença, mas pensar na Liga Europa parece mais realista. Quem se sugeria o concorrente pela segunda vaga, afinal, é o adversário que atropelou em Amsterdã nesta terça.


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