O papel surpreendente de Gabigol no Cruzeiro | OneFootball

Gabriel Barbosa chegou ao Cruzeiro como uma das contratações mais comentadas do futebol brasileiro para a temporada de 2025, mas sua presença entre os titulares ainda não é recorrente. Seu papel no elenco comandado por Leonardo Jardim se consolidou mais como uma peça estratégica do que como referência fixa no ataque, segundo o próprio treinador em entrevista à TV Globo.

Jardim explicou que a escolha pela variação de atacantes passa menos por hierarquia e mais por opções táticas desenhadas pela comissão. Disputando espaço especialmente com Kaio Jorge e Matheus Pereira, Gabigol tem sido chamado principalmente quando há necessidade de modificar o estilo de jogo durante as partidas.

O técnico detalhou a dinâmica de relação com o camisa nove: “Minha relação com o Gabriel é uma relação franca, principalmente, e frontal. Acho que o Gabriel é um grande jogador e um bom ser humano. Em relação aos nossos comportamentos e às nossas funções, dentro do time, com certeza é o que eu falo para o Gabriel: às vezes, é preciso construir um time”, explicou. Ele ressaltou que o respeito mútuo dentro do elenco é fundamental para que, a cada jogo, cada atleta busque seu espaço.

Mesmo sem vaga garantida na equipe inicial, Gabigol lidera o elenco em participação direta em gols na temporada. Ao todo, foram 13 participações: nove gols marcados e quatro assistências. O atacante supera Kaio Jorge, dono de dez gols e duas assistências. Jardim valorizou a presença de Gabigol na área: “Gabriel é um jogador especial, é um jogador que tem uma capacidade de finalização muito grande, entra muito bem na área, mas é necessário às vezes ter um contraste apropriado para isso e nós, em grande parte dos jogos, construímos uma estrutura diferente, uma estrutura com mais movimentos de pressão na frente, mais movimentos dos atacantes”, afirmou o treinador.

O planejamento para o segundo semestre inclui tentar ampliar o espaço de Gabigol no time. Além do camisa nove, jogadores como Marquinhos, recentemente adquirido em definitivo, e Rodriguinho, ex-América-MG, também buscam maior protagonismo. Para Jardim, o equilíbrio entre variações táticas e utilização do elenco segue como prioridade: “A gente busca sempre este equilíbrio de forma a que ele e os outros, todo mundo, joguem, porque temos um grupo de jogadores que, com certeza, todo mundo quer jogar”, disse à Globo.

O contexto tático e a filosofia rotativa de Jardim explicam por que Gabigol, apesar da expectativa e dos números, ainda não se fixou entre os titulares. A perspectiva, porém, é de ajuste contínuo para aumentar ainda mais a contribuição do atacante ao modelo de jogo cruzeirense.

Fontes: Globo.

Photo by Pedro Vilela/Getty Images