O próximo passo que o Inter aguarda dar com Tite | OneFootball

O nome de Tite segue no centro do planejamento do Internacional para a temporada de 2026, e novas informações reforçam que a negociação entrou em um estágio mais concreto. Segundo o jornalista Lucas Collar, a direção colorada já trabalha com uma proposta clara na mesa: contrato de dois anos para o treinador multicampeão, tratado internamente como o nome ideal para liderar o processo de reconstrução esportiva do Clube.

O Inter tem plena consciência do impacto financeiro da possível contratação. O custo da comissão técnica completa de Tite gira em torno de R$ 2 milhões por mês, valor considerado elevado dentro do atual cenário de austeridade, mas que ainda assim é visto como um investimento estratégico. A leitura da direção é de que um treinador com o peso, a experiência e a credibilidade de Tite pode ajudar não apenas dentro de campo, mas também na reorganização do ambiente interno, no mercado e na relação com a torcida.

Neste momento, o Colorado aguarda um sinal positivo do próprio Tite para avançar nas questões contratuais, como tempo de vínculo, cláusulas e composição definitiva da comissão. A ideia é não aprofundar detalhes jurídicos e financeiros antes de uma resposta clara do treinador, que avalia o projeto com cautela.

Um ponto importante nos bastidores envolve a composição da comissão técnica. Matheus Bacchi, filho de Tite e auxiliar direto do treinador, está atualmente de férias após o encerramento da temporada no Santos. Caso Tite aceite o projeto do Inter, a tendência é que Matheus venha junto, mantendo a estrutura de trabalho que acompanha o técnico há anos.

Outro nome relevante é o de Fábio Mahseredjian, preparador físico de confiança de Tite. No entanto, a situação dele é considerada mais complexa. Mahseredjian possui um contrato mais “amarrado” com o Santos, o que pode dificultar uma saída imediata. Ainda assim, nos bastidores, a presença dele no Beira-Rio não está descartada e é tratada como uma possibilidade, dependendo do avanço das conversas.

A tentativa de trazer Tite acontece em meio a um contexto delicado no Inter. O clube assume publicamente que 2026 será um ano de transição, com foco em reorganização financeira, uso da base e mercado criativo. Justamente por isso, a aposta em um treinador de perfil agregador e experiente ganha força, especialmente com o apoio de Abel Braga, que atua como um dos principais articuladores do projeto e trunfos na conversa com o técnico.

Além disso, a concorrência existe. O Cruzeiro também monitora a situação de Tite, o que coloca pressão no tempo de resposta. Mesmo assim, a direção colorada acredita que o projeto esportivo, a estrutura do clube e o peso histórico do Inter podem fazer a diferença.

Os próximos dias serão decisivos. Se o sinal verde vier, o Inter estará disposto a fazer um dos maiores investimentos da sua história recente em comissão técnica, apostando que a chegada de Tite pode representar o ponto de virada de um clube que busca reconstrução, estabilidade e, principalmente, credibilidade dentro e fora de campo.