O que você precisa saber da 7ª rodada do Campeonato Francês? | OneFootball

Após uma longa Data FIFA, com a seleção francesa disputando três jogos em um intervalo de sete dias, enfim voltamos às atenções para o futebol de clubes. E, logo de cara, teremos uma agitada 7ª rodada da Ligue 1, que promete mexer nas primeiras colocações da tabela de classificação.

O líder Rennes, por exemplo, joga fora de casa já com a cabeça na estreia da UEFA Champions League na semana que vem. Se bobear, pode ser ultrapassado pelo vencedor do Derby du Nord, entre Lille e Lens, que será disputado no domingo. Além disso, há equipes como Paris Saint-Germain, Monaco e Nice que fazem jogos importantes que podem lhe render mais posições na tabela.

Confira abaixo os principais destaques para o fim de semana:

Atenções divididas

Esta será a primeira rodada da Ligue 1 onde os times que disputam as competições UEFA precisarão dividir suas atenções. Até por isso, as equipes que jogam a Champions League na próxima semana pisam em campo primeiro para que tenham tempo para recuperar seus atletas antes do debute na fase de grupos. São os casos de Rennes e Paris Saint-Germain, que jogam na sexta-feira (16), logo na abertura da 7ª rodada.

Os Rubro-Negros, líderes da Ligue 1, abrem sétima página da temporada logo às 14h, contra o lanterna Dijon, no Gastón Gerard. A equipe dirigida por Julien Stéphan permanece invicta, com quatro vitórias e dois empates, mas viu o Lille colar nos mesmos 14 pontos na rodada passada após vacilar em casa e empatar por 2 a 2 com o Stade de Reims.

Com o Krasnodar pela frente na próxima terça-feira, na estreia da Champions League, e muitos atletas voltando da Data FIFA, a tendência é que Stéphan rode bastante a formação inicial. Nzonzi e Da Silva cumprem suspensão e já não jogam. Nyamsi e Léa-Sliki, voltando de lesão, ainda não estarão aptos para pisar em campo. No gol, Alfred Gomis não está pronto para estrear, enquanto Romain Salin é dúvida. Já Aguerd voltou da seleção marroquina com problemas físicos e também tem presença incerta. “Diante dessas grandes questões, testamos coisas diferentes durante a semana, opções diferentes. Vamos decidir na quinta-feira e talvez até vamos esperar até sexta-feira para decidir definitivamente”, admitiu Stéphan.

Logo em seguida, às 16h, quem joga é o PSG. Com quatro vitórias seguidas, o time de Neymar tenta manter o pique no Stade de las Costières diante do Nîmes Olympique. A expectativa da imprensa parisiense é de que o recém contratado Rafinha Alcântara ganhe espaço entre os titulares e já faça a sua estreia pelos atuais campeões franceses.

“Rafinha conseguiu treinar conosco por dez dias. Ele é um jogador muito técnico e muito humilde, muito simpático. Sei que ele se adaptará rapidamente e poderá jogar”, contou o técnico Thomas Tuchel, que já vislumbra também a partida de terça-feira contra o Manchester United, em Paris.

Quem quebra a sina?

No sábado (17), chama a atenção o encontro de duas das camisas mais pesadas do futebol francês: Olympique de Marseille e Bordeaux, que juntos somam 15 títulos da Ligue 1. Os dois times se enfrentam a partir das 16h, no Stade Vélodrome.

Esse jogo colocará em xeque dois tabus para as duas equipes. O Marseille, treinado por André Villas-Boas, está há quatro jogos sem vencer. Coincidentemente, três partidas foram no Vélodrome, período onde o máximo que conseguiu foram dois empates. “Temos que estar no nosso melhor nível”, avisou AVB na entrevista coletiva pré-jogo.

Já o Bordeaux tenta quebrar um longo jejum no Vélodrome. A última vez que o GdB venceu o OM como visitante foi na temporada 2007/08, pela 36ª rodada da Ligue 1. Na ocasião, o Marseille saiu na frente com o senegalês Mamadou Niang, mas Wendel, de falta aos 79’, e Pierre Ducasse, num chutaço histórico, que ficou marcado para o clube, deu a vitória no minuto 90.

De lá pra cá, os dois times se encontraram 12 vezes pela Ligue 1, com sete vitórias do Marseille e cinco empates. Vale ressaltar, porém, que esse jejum de 12 temporadas não é tão longo como o do OM visitando o Bordeaux, que completou 42 anos no último dia 1º de outubro.

Multiplicação de problemas

Não bastasse o paupérrimo começo de temporada, com o indigesto 14º lugar, com 7 pontos, o Lyon passou a viver dias extremamente duvidosos com a multiplicação de problemas provocados pela Covid-19. A formação inicial é uma séria dúvida para a partida de domingo (17), às 8h, contra o Strasbourg, no Meinau.

A questão maior está no gol. Titular, Anthony Lopes foi cortado da seleção portuguesa depois de testar positivo para a Covid-19. O problema é que o reserva imediato, o alemão Julian Pollersbeck, recém-contratado, também contraiu a doença e não vai jogar. Ou seja, a bomba vai cair no colo de Malcom Barcola, de 21 anos, ou Kayne Bonnevie, de 19, goleiros da base, que sequer esperavam tão cedo uma chance na equipe principal.

Os problemas com os goleiros se somam aos de Leo Dubois e Maxence Caqueret, que estavam com a seleção francesa – principal e sub-21 – e também testaram positivo. Bruno Guimarães, suspenso, também não joga.

Azar de Rudi Garcia, que tem uma tarefa hercúlea para escalar o Lyon para encarar o Strasbourg.

Querendo colar em cima

Ainda no domingo, dois jogos colocam frente a frente quatro equipes que querem colar na briga pelas vagas continentais. O primeiro deles será às 10h, no Stade Louis II, entre Monaco e Montpellier. Os dois times têm exatamente a mesma campanha: três vitórias, um empate e duas derrotas, mas o MHSC leva vantagem nos critérios de desempate e ocupa a 5ª colocação, com os monegascos vindo uma posição abaixo. Ambos perderam na rodada passada e entram em campo no Principado em busca da reabilitação.

Duas posições abaixo vem os times que se enfrentam a partir das 12h, no Geoffroy Guichard, com o 7º Saint-Étienne recebendo o 8º Nice. A exemplo do duelo de Monaco, os dois adversários têm campanhas espelhadas, com três vitórias, um empate e duas derrotas.

A diferença fundamental está na fase das duas equipes. O ASSE teve largada impressionante, mas vem ladeira abaixo. Já são duas derrotas seguidas e três jogos sem vencer. O Nice começou bem também, declinou rodadas atrás, mas ensaia uma recuperação. Vem de um 2 a 1 sobre o Nantes, primeira vitória após três partidas.

Promessa de mexidas nas primeiras colocações com esses dois confrontos.

A volta do Derby du Nord

Maior rivalidade do norte francês, Lille e Lens voltam a se enfrentar após cinco anos. A última vez foi em maio de 2015, com vitória lillois pelo placar de 3 a 1. Desde então, os Sangue e Ouro passaram a frequentar a Ligue 2 e nunca mais os dois rivais se enfrentaram. O reencontro será domingo, às 16h, no Stade Pierre Mauroy – com portões fechados.

E o derby número 111 tem tudo para ser um dos melhores dos últimos tempos, haja vista o empolgante início de temporada das duas equipes. Por exemplo, podemos conhecer o novo líder da Ligue 1 ao término dos 90 minutos. Para isso, bastaria o Rennes tropeçar na sexta-feira e o jogo no norte ter um vencedor.

Hoje, quem se avizinha mais do topo da tabela é o Lille. Em 2º lugar, com 14 pontos, o time dirigido por Christophe Galtier está invicto na temporada, com quatro vitórias e dois empates e divide a liderança com os Rubro-Negros. A aposta de Galtier vai principalmente para a força defensiva. Em seis rodadas, a meta do LOSC foi vazada apenas duas vezes. É a melhor defesa da Ligue 1 ao lado do Bordeaux.

O Lens também não tem do que reclamar. Recém promovido à elite, a equipe de Franck Haise vem logo abaixo do maior rival, com 13 pontos, e vem apostando firme na dupla Gaël Kakuta e Ignatius Ganago, que juntos somam 8 dos 10 gols da equipe na temporada.

Domínio dos Dogues

Em 110 jogos, o domínio do Derby du Nord é todo do Lille. São 42 vitórias neste período, com 34 empates. O Lens, além de estar no prejuízo, com 34 triunfos, ainda amarga um longo jejum sem bater seu grande rival. A última vez foi em setembro de 2007, pela Copa da Liga, vitória por 1 a 0. São oito jogos de domínio do LOSC, que tem nesta atual a maior série invicta da história do clássico.

Na Ligue 1, o jejum se prolonga por mais um ano, batendo em abril de 2006, quando os Sangue e Ouro fizeram 4 a 2 nos Dogues. Agora, com mando do Lille, não há uma vitória do Lens desde 2003, ainda no antigo Stade Grimonprez-Jooris.

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