Trivela
·04 de novembro de 2020
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·04 de novembro de 2020
O Sevilla conquistou nesta quarta-feira uma daquelas vitórias que formam caráter na Champions League. O Krasnodar pode não ser o adversário mais temível, mas os espanhóis merecem aplausos pela maneira como superaram as adversidades. A equipe era melhor no Ramón Sánchez Pizjuán, quando duas besteiras da defesa permitiram que os russos abrissem 2 a 0 no placar, num intervalo de apenas quatro minutos. Ainda no primeiro tempo, os andaluzes iniciaram a reação, embora também tenham sofrido uma expulsão. E, mesmo com um homem a menos, o time de Julen Lopetegui alcançou a épica virada por 3 a 2. En-Nesyri ganhou motivos para ser idolatrado, ao garantir o gol de empate e também o da vitória após sair do banco.
O começo da partida indicava uma vitória do Sevilla. Os andaluzes dominavam as ações e criavam as melhores chances. O goleiro Matvey Safonov realizou duas ótimas defesas, negando o tento a Lucas Ocampos e Jesús Navas. Além disso, os rojiblancos tiveram um pênalti revogado pela arbitragem aos 10 minutos. Felix Brych marcou um toque de mão, mas uma falta de Joan Jordán pouco antes levou o árbitro a cancelar o penal, depois de rever o lance no monitor. Após sobreviver ao bombardeio, o Krasnodar saiu ao ataque.
A partida começaria a mudar de ares aos 17 minutos, quando Jules Koundé matou um contra-ataque do Krasnodar na entrada da área e recebeu o amarelo. Na cobrança da falta, Shapi Suleymanov bateu com muito capricho e mandou a bola no ângulo, para abrir o placar. E os russos ganhariam um pênalti quatro minutos depois, de novo por falta de Koundé. Marcus Berg, que havia sido derrubado pelo zagueiro, se encarregou da cobrança e converteu.
O Sevilla precisaria se refazer do apagão, por mais que fosse melhor no jogo. Para tanto, Julen Lopetegui tirou Koundé e Sergio Escudero logo aos 34 minutos, para as entradas de Óscar Rodríguez e Marcos Acuña. Os rojiblancos ficaram mais ofensivos e logo descontariam, aos 41. Ivan Rakitic já tinha ameaçado num chute de longe. Então, o meio-campista apareceria na área como um atacante e desviou de cabeça o cruzamento dado por Jordán. Parecia tudo pronto à reação dos sevillistas, até que a situação voltasse a se complicar nos acréscimos. Navas cometeu uma falta sobre Kristoffer Olsson no limite da grande área e recebeu o vermelho direto pela chance manifesta de gol.
Apesar da desvantagem numérica, o Sevilla se manteve em cima para arrancar o empate no segundo tempo. Safonov voltaria a realizar defesas essenciais contra Óscar Rodríguez e Rakitic, este em tiro que ainda explodiu no travessão, embora Tomás Vaclík também tenha evitado o terceiro do Krasnodar contra Berg. A pressão dos andaluzes, de qualquer maneira, daria resultado. E, para tanto, foi fundamental a entrada de Youssef En-Nesyri no lugar de Munir El Haddadi no ataque.
Aos 24, o Sevilla igualou o marcador. O brasileiro Kaio saiu jogando errado e entregou a bola para En-Nesyri, que ficou de frente para o gol e finalizou na saída de Safonov. E a virada não tardou, três minutos depois. Rakitic cobrou falta e Luuk de Jong desviou contra a trave. No rebote, En-Nesyri chegou batendo com tudo, numa pancada que Safonov não conseguiu parar. O centroavante se confirmava como herói. Durante os minutos finais, o Krasnodar tentou abafar pelo empate. Nemanja Gudelj salvou uma bola na pequena área, após saída errada de Vaclík, e Diego Carlos também se agigantou para desarmes vitais, que valeram a vitória.
O Sevilla chega aos sete pontos no Grupo E da Champions e se aproxima da classificação. A equipe está igualada com o Chelsea na liderança, levando a pior apenas pelo saldo de gols. Já o Krasnodar é o terceiro e deve mesmo concentrar sua luta à vaga na Liga Europa. Os russos somam um ponto, tal qual o Rennes, seu principal concorrente neste momento.