PL Brasil
·17 de julho de 2021
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Antes de mais nada, em fevereiro, Lee Power, dono do Swindon Town, declarou que o clube está à beira da falência. Nesse contexto, a raiz dos problemas financeiros da instituição está nos vários processos judicias que assolam a equipe ao longo do último ano. Em suma, a pandemia escancarou os problemas internos administrativos.
Além disso, o time se encontra sem técnico, assistente, nem preparador físico, ao passo que ainda não pagou o salário de junho aos funcionários. Assim, o penúltimo campeão da League Two, parece estar com os dias contados.
Em primeiro lugar, os Robins já possuem uma dívida ativa com a Football Association. Agora, o débito que foi parar no tribunal é com o conselho municipal de Swindon. Nesse cenário, o comitê é dono do County Ground, estádio onde o time recebe seus adversários. Enquanto isso, o clube não paga o aluguel referente ao uso da arena desde abril de 2020.
Por conseguinte, o caso foi parar na justiça, de modo a fazer com que o Swindon Town sane sua dívida, que já passa da casa dos seis dígitos.
De antemão, na última quarta-feira (15), jogadores que estão sem contrato e outros funcionário receberam 60% do salário de junho. Além disso, a previsão é para que o resto seja pago até no final desse mês, isto é, a data do pagamento de julho. Nesse ínterim, a TrustSTFC, porta-voz dos torcedores nas decisões do clube, propôs uma vaquinha. A ideia é fornecer uma ajuda de custo a empregados que estão sem receber.
Nesta terça-feira (17) o Swindon Town levou somente cinco jogadores do plantel principal para enfrentar o Hungerford Town. Sendo assim, o confronto em Berkshire é só um exemplo prático do desfalque que a equipe vêm sofrendo nessa temporada. Nesse viés, o início da pré-temporada foi adiado, uma vez que o clube conta somente nove futebolistas profissionais.
Simultaneamente, o elenco foi preenchido por jogadores da base, bem como aspirantes, que ainda estão em fase de peneira. Ademais, as ausências se estendem para a beira do campo e para os bastidores. Por fim, após quatro tentativas fracassadas de preencher o cargo de treinador nos últimos seis meses, o preparador de goleiros Steve Mildenhall assumiu como atual técnico.
Ainda, vale lembrar que, tanto na League One quanto na League Two, 30% da receita dos clubes vem da venda de ingressos. Contudo, membros do staff e alguns atletas receberam licença de seus postos durante a pandemia do Covid-19. Além do mais, torcedores resolveram boicotar a venda de bilhetes e de mercadorias do clube. Em suma, a atitude se traduz como uma forma de protesto contra a administração de Power.
Antecipadamente, o futuro do Swindon Town está em cheque, por causa de outra disputa. Dessa vez, Clem Morfuni e Lee Power brigam na justiça pela posse do clube. Resumidamente, Clem é um sócio minoritário que detém 15% da holding Swinton Reds. Logo, possui interesse em gerir o time local.
Desse modo, o pedido de Morfuni para ocupar o cargo está em aprovação junto à EFL, que representa os interesses dos times que não estão na Premier League. Todavia, mesmo a melhor das hipóteses não é capaz de solucionar o problema dos Reds. Isso, porque a equipe sofre, sobretudo, com a falta de jogadores no plantel, ao passo que a temporada começa em 22 dias.
Primeiramente, em maio, o clube contratou o ex-treinador do Colchester, John McGreal, para comandar o elenco. Porém, o técnico e seu assistente partiram em um mês, alegando estarem de mãos atadas. Dois dias antes de partir, McGreal enviou uma carta aberta aos fãs.
No documento, ele detalha o plano de trazer seis jogadores à equipe. Contudo, reconheceu que o clube não estava posição de fazê-lo. A disputa pela posse do Swindon Town dificultou quaisquer transações nesse sentido.
Da mesma forma, os problemas se estendem a outros setores em Swindon. Nesse viés, o preparador físico Jack Deaman deixou a equipe em Abril. O cargo está vago, mas um substituto ainda não foi contratado. Em virtude disso, alguns atletas passaram a dar o aquecimento. Por conseguinte, as lesões começaram a ser mais recorrentes entre os jogadores.
Ao The Guardian, um torcedor contou sua decepção: “os rivais riam de nós, por estarmos fazendo nosso próprio aquecimento. Era pior que a Sunday League. Eu estava andando pelo parque, quando vi os jogadores bebendo e fumando, enquanto se aqueciam. Pelo menos era o que parecia”. Logo, apenas um milagre parece ser capaz de salvar o Swindon Town da falência.
Foto em destaque: Reprodução/Harry Trump/Getty Images