Esporte News Mundo
·20 de novembro de 2025
Olaria prega respeito, igualdade e vira referência na gestão esportiva

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·20 de novembro de 2025

Não é incomum acompanhar casos de injúria racial e racismo no mundo do futebol. A cada semana, casos de intolerância se amontoam nos estádios pelo mundo. Mas afinal, o que está sendo feito para que as próximas gerações vivam um mundo mais saudável dentro e fora do esporte?
Enquanto muito se debate sobre o tema na busca por uma solução, o Olaria AC dá exemplo e se torna referência num cenário onde o negro está cada vez mais distante de cargos de gestão.
Desse modo, quase que sem querer, o clube que disputa a Série A2 do Campeonato Carioca, e que jogou as últimas duas edições da Copa do Brasil, vem sendo comandado, nos últimos cinco anos, por um departamento de futebol composto por homens negros.
Antes de mais nada, quando a Ric’s assumiu a gestão do futebol sob o comando do CEO Ricardo Gonzaga e do diretor-executivo Fernando Santos, não houve qualquer pensamento neste sentido. Não havia, e não há a ideia de se levantar essa ou aquela bandeira, mas apenas fazer um grande trabalho de gestão.
Quando foram ao mercado, optaram exclusivamente pela busca de profissionais capacitados para desempenhar as funções do departamento de futebol. Desse modo, o grupo que comanda o futebol do clube Campeão Brasileiro da Série C de 1981, sem perceber estava rompendo uma barreira.
No futebol, o esporte mais popular do Brasil, e que tem como Rei, Edson Arantes do Nascimento, falta a representatividade de homens negros no comando. No Olaria, Ricardo Gonzaga uniu um grupo forte, de liderança e qualidade.
Diretoria foca na qualidade e capacitação
Com Fernando Santos na direção executiva, Wellington Caluta como gerente de futebol, Marcelo Souza na função de coordenador, e Rhay Gonzaga como vice-presidente da Ric’s, o Olaria não quer passar lição. Mas, mostra o abismo que existe entre a teoria e a prática pela igualdade.
“A análise que eu faço é de uma sociedade, e não somente do clube. A curiosidade é que o clube está dentro de um país que de maneira geral tem mais pessoas brancas do que pretas nos cargos executivos. A diretoria foi montada por pessoas qualificados, de valores impares, que respeitam as Diretrizes e os planejamentos para os melhores resultados no desporto. Não olhamos para a cor, olhamos para a competência”, disse Fernando Santos.
Com um trabalho sólido, o clube já alcançou resultados expressivos nos últimos anos de gestão da Ric’s. O futebol profissional, pela primeira vez na história, disputou a Copa do Brasil (2024 e 2025). A base acumula conquistas e voltou a revelar jogadores. Tudo isso, é apontado como fruto das boas escolhas realizadas pelos nomes que comandaram a gestão do futebol. Olhando apenas capacidade, currículo e preparo, deixando de lado qualquer distinção de cor ou raça.
“Qualificação é prioridade dentro dos setores do Departamento de Futebol. Na diretoria buscamos todos os dias, ser os melhores nas funções e responsabilidade que temos no clube” afirmou o executivo.
Ainda sobre os desafios para a sociedade em pleno ano de 2025, está a erradicação do preconceito: seja por raça, cor, gênero, nacionalidade. É comum acompanhar, nos estádios de futebol, gritos que extrapolam o limite da provação, e se tornam crime.
Para o gerente de futebol, Wellington Caluta, não há outro caminho para a mudança da mentalidade que não seja através do ensinamento para a formação de uma nova sociedade.
“Educação é fundamental. O investimento nesse setor vai ter como consequência melhorias e progresso nos outros setores. Não militamos, mas temos muitas referências negras e também brancas. Tivemos em nossa formação professores negros e brancos, e agradecemos a todos eles” ponderou o gerente de futebol do clube.









































