Portal dos Dragões
·07 de novembro de 2024
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“Nos dias 7 (hoje) e 8 de novembro, entre as 11h00 e as 13h00, a responsável pelos processos disciplinares, relatora de contencioso do CFD (Sofia Pimenta Azeredo), estará nas instalações do clube para permitir, dentro dos parâmetros legais e estatutários, a consulta dos processos aos mandatários que já o solicitaram”, anunciou, através de um comunicado publicado na página oficial dos azuis e brancos na Internet.
O FC Porto pronunciou-se horas após algumas pessoas se terem apresentado às 12h00 na sede da SAD, “intitulando-se mandatários de vários sócios arguidos” na Operação Pretoriano, com o intuito de consultar os processos disciplinares abertos pelo CFD, na sequência dos incidentes e agressões que ocorreram durante uma Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube, a 13 de novembro de 2023.
“Estes processos estão sob a responsabilidade do CFD e a consulta aos mesmos só pode ser autorizada por este. Os membros do CFD não são colaboradores do clube e, por isso, não se encontram de forma permanente (ou sequer regular) nas suas instalações, pelo que as consultas a estes ou a outros processos sob a responsabilidade do conselho devem ser previamente agendadas”, alertou.
O órgão, liderado por Angelino Ferreira, contradisse a versão apresentada aos jornalistas por António Caetano, representante de Fernando Saul, ex-funcionário do FC Porto e um dos arguidos da Operação Pretoriano, que afirmou que o clube impediu o acesso.
“É incorreta a informação de que ‘não foi permitida a consulta’ dos processos. Foi comunicado às pessoas em questão que a consulta poderia ser naturalmente autorizada e que se tratava apenas de agendar a mesma, de forma que os membros do CFD (ou um representante) pudessem garantir a sua presença para esse efeito”, destacaram os “dragões”.
António Caetano contesta
À chegada ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, onde se encontra a decorrer a fase de instrução da Operação Pretoriano, que envolve entre os nove arguidos Fernando Madureira, antigo líder da claque Super Dragões, António Caetano afirmou que os mandatários pretendiam solicitar um livro de reclamações, um pedido que não foi atendido pelo FC Porto, levando-os a chamar as autoridades ao Estádio do Dragão.
“O CFD não se encontra em condições de se pronunciar, uma vez que não é claro quais as iniciativas processuais que seriam pretendidas no contexto dos processos disciplinares em questão através do acesso a um ‘livro de reclamações’”, observou o emblema portista.
Em agosto, a direção liderada por André Villas-Boas anunciou que iria participar formalmente junto do CFD dos sócios acusados na Operação Pretoriano, com António Caetano a admitir que o prazo para contestar as respetivas notas de culpa “está a acabar”.
“Até à data, o CFD do FC Porto não havia recebido qualquer pedido de consulta dos processos por parte das pessoas que se apresentaram no Estádio do Dragão, apesar de todas as notas de culpa terem sido enviadas há quase duas semanas”, concluiu.
O TIC continuou hoje a análise de mais de 20 horas de gravações das câmaras de videovigilância do pavilhão Dragão Arena, onde ocorreu a AG do clube, na presença de Fernando Madureira, o único arguido em prisão preventiva, e de Sandra Madureira, sua esposa e antiga vice-presidente dos Super Dragões.
Em questão está a designada Operação Pretoriano, cuja acusação do Ministério Público (MP) alega uma possível tentativa daquele grupo organizado de adeptos do FC Porto de “criar um clima de intimidação e medo” numa assembleia magna azul e branca para que fosse aprovada uma revisão estatutária “do interesse da direção” do clube, que na altura era liderada por Pinto da Costa.