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·26 de outubro de 2021

Opinião: Até novembro, o Palmeiras há de abaixar o preço dos ingressos

Imagem do artigo:Opinião: Até novembro, o Palmeiras há de abaixar o preço dos ingressos

A partir do dia 1º de novembro, os estádios no Estado de São Paulo poderão receber lotação máxima. Hoje, o limite é de 50% da capacidade das arenas esportivas. A política de ingressos do Palmeiras, porém, caso não seja alterada até lá, continuará afastando os palestrinos das arquibancadas do Allianz Parque.

Além de jornalista assumidamente palmeirense, falo como um torcedor que frequenta quase todos os jogos do clube desde 2014, pelo menos. Após a inauguração da nova e belíssima arena, os ingressos se tornaram mais caros — no Gol Sul, setor no qual costumo assistir às partidas, a inteira girava por volta de R$ 80. Até aí, é válido. Afinal, se nós queremos um Palmeiras forte e competitivo, o clube tem de gerar receita com bilheteria. Contudo, depois do decacampeonato brasileiro, de 2018, os preços praticados pelo clube passaram a, muitas vezes, serem inviáveis ao torcedor comum.


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Atual tabela de preços e descontos por setor e Plano Avanti (que é caríssimo). Foto: Reprodução/IngressosPalmeiras.com

Desde 2019, a inteira no Gol Sul quase dobrou: custa, desde então, R$ 150. Nos jogos mais demandados, como clássicos e disputas na Libertadores, o valor alcança os R$ 250. Agora, seguindo esse raciocínio, em eventos com menos procura as entradas deveriam ser mais baratas, certo? Não. O preço mínimo sempre é o da tabela acima.

Considerando que a maior variação anual do PIB, de 2015 pra cá, foi de míseros 1,7% e a atual crise econômica em decorrência da pandemia de coronavírus, o atual preço é impraticável para a maioria da família palmeirense.

Rodrigo Pereira, torcedor assíduo e também frequentador do Gol Sul desde 2014, mostra insatisfação: “A gente não pode cair no discurso hipócrita de querer que seja tudo muito barato, mas, poxa… o ingresso de um jogo de segunda-feira, 21h30, num campeonato cujo título o Palmeiras já não disputa, não poderia ser R$ 150”. Referindo-se à partida do último dia 25, ele completa: “Vão ter 11 mil pessoas de novo, e olhe lá…”.

Na vitória de virada alviverde, público de 13.367 pessoas e renda de R$ 788.538,85. Como a atual porcentagem liberada pelas autoridades é de metade do estádio, cerca de 20 mil ingressos foram colocados à venda.

Vale lembrar que, dessa vez, algumas centenas de torcedores visitantes estiveram no Palestra Itália.

Já na primeira partida com espectadores, quando somente 30% dos assentos poderiam ser ocupados, o Maior Campeão do Brasil levou somente 8.884 torcedores e arrecadou R$ 538.312,34. Como o custo de operação no Allianz é de aproximadamente R$ 600 mil, houve prejuízo.

Diante do Internacional, quando a ocupação permitida já era de 50%, somente 11.111 palmeirenses compareceram. É muito pouco para um clube que, desde 2015, tem uma média de público de aproximadamente 30 mil pessoas, algo em torno de 70% do que o estádio comporta. Muito pouco.

Portanto, para fazer bom uso da lotação máxima, que será permitida a partir de novembro, o Palmeiras tem de, sem demagogia populista, mudar a política de preço de ingressos do clube. Caso contrário, continuará afastando uma boa parcela da torcida alviverde.

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