Jogada10
·26 de novembro de 2025
Oposição critica ação do social do Botafogo na Justiça: “Intempestiva”

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·26 de novembro de 2025

Um grupo de membros do Conselho Deliberativo do Botafogo divulgou nesta quarta-feira (26) uma carta oficial criticando a ação do quadro social contra a Eagle Football. A holding detém 90% da SAF do Alvinegro. Estes conselheiros, aliás, são opositores ao mandato do presidente João Paulo Magalhães, homem-forte do associativo do clube, dono dos 10% restantes desta fatia.
Um dos líderes da oposição, Vinicius Assumpção, que concorreu e perdeu para Magalhães no último pleito para a presidência do social, assina o documento. Tom Meirelles, Mauro Sodré, Marcos Cortesão, Luiz Octávio Baptista Vieira, Jorge Magdaleno e Charles Domingues completam a lista.
No texto, os conselheiros classificam as ações do social como “intempestivas” e, logo depois, saem em defesa da SAF e do controlador do clube-empresa, John Textor. Porém, o grupo lembra que a fiscalização é importante para a saúde do Mais Tradicional.
A oposição afirma também que o associativo não buscou o diálogo antes de ir à Justiça. Afinal, segundo este grupo de oposição, o movimento do Botafogo social foi uma tentativa de retomar a influência perdida no futebol, hoje nas mãos do big boss norte-americano.
Em contrapartida, antes, o presidente João Paulo Magalhães também havia se manifestado. Acima de tudo, o mandatário afirmou que Textor era “uma vítima”.
“Caros amigos alvinegros,
O Botafogo vive um momento crítico. A disputa entre acionistas da EAGLE e da SAF Botafogo já prejudicou a atual temporada e ameaça agora comprometer o planejamento para 2026. É natural que todos nós, apaixonados pelo Clube, estejamos preocupados. No entanto, é justamente em momentos assim que responsabilidade, diálogo e serenidade devem prevalecer.
O Clube Social, detentor de 10% das ações da SAF e com assento no Conselho de Administração, poderia – e deveria – exercer sua influência por meio de conversas francas, internas e construtivas, buscando contribuir para a solução rápida desse impasse. Infelizmente, o que se viu foi a adoção de uma medida judicial sem qualquer diálogo prévio com a SAF ou mesmo com os Poderes do próprio Clube. Essa atitude não apenas prolonga o conflito, como enfraquece a relação institucional entre as partes. E expõe o Botafogo a uma mídia que, em verdade, deseja ver o “Glorioso” voltar a ocupar um papel subalterno.
Os defensores da ação afirmam atuar para proteger o Acordo de Acionistas e os interesses do Botafogo. Mas é legítimo perguntar: quais interesses estão de fato buscando proteger? Na última reunião do Conselho Deliberativo, quando conselheiros cobraram informações sobre a relação com a SAF, muitos dos que agora se dizem defensores do “controle e da fiscalização” criticaram firmemente qualquer questionamento. Até outro dia, repetiam que a SAF, por deter 90% do capital, não deveria ser cobrada por quem possui apenas 10%. Agora, apresentam um discurso inverso. O que mudou de lá para cá? Que interesses foram contrariados? A quem serve esse movimento?
Desde sua criação, há três anos, a SAF promoveu investimentos evidentes em infraestrutura, profissionalização e nas equipes de futebol, visível até para os mais céticos. Se há ajustes a fazer, o debate deve ocorrer internamente, com transparência e responsabilidade, nunca por meio de ações intempestivas que podem fragilizar o Botafogo.
A iniciativa da atual direção do Clube Social de recorrer à Justiça não protege o Botafogo: ela representa um movimento político de grupos que, após conduzirem o Clube a uma situação de insolvência, buscam agora retomar a influência perdida no futebol.
A torcida e os grandes botafoguenses não podem, portanto, ser novamente enganados por aqueles que já destruíram nosso futebol, deixando um rastro de dívidas, crises e humilhações.
Reafirmamos, então, nosso apoio à profissionalização do futebol do Botafogo, à SAF e ao trabalho liderado por John Textor. Isso não significa ausência de questionamentos – ao contrário, defendemos compliance, transparência e relações institucionais maduras, como demandamos na última reunião do Conselho Deliberativo. Mas entendemos que o caminho construído na gestão passada, com resultados claros, deve ser mantido e aprimorado. Ajustes são necessários, mas devem ser fruto do diálogo, nunca de ações intempestivas.
Queremos, assim, reviver dias como o 30 de novembro de 2024, quando o Botafogo voltou a, enfim, mostrar ao país a grandeza que lhe é própria. E é certo que não será por meio dos mesmos que já afundaram o Clube no passado que construiremos o futuro que desejamos.
Que prevaleçam, finalmente, a razão, o bom senso e o compromisso genuíno com o Botafogo. Saudações Alvinegras!”









































