Jogada10
·18 de setembro de 2025
Organizada endurece o tom contra Textor e cobra “profissionais qualificados” no Botafogo

In partnership with
Yahoo sportsJogada10
·18 de setembro de 2025
A Fúria Jovem, principal organizada do Botafogo, endureceu o tom em um comunicado oficial nas redes sociais após o empate em 3 a 3 com o Mirassol, no Nilton Santos. No manifesto, os alvinegros fizeram cobranças direcionadas especialmente ao dono da SAF do clube, John Textor, e o planejamento para temporada. A postura da equipe em jogos decisivos também passou por questionamentos.
Os torcedores destacaram que o clube “não pode ser vítima de experimentos”, referindo-se ao trabalho de Davide Ancelotti, e que a atual temporada está marcada por fracassos. A revolta se intensificou após o confronto atrasado do Brasileirão na noite da última quarta-feira (17).
O Alvinegro desceu para o intervalo com uma vantagem tranquila no placar, visto que vencia o jogo por 3 a 0. Contudo, o Glorioso sofreu o empate antes mesmo dos 20 minutos da etapa final e se perdeu por completo. O placar, aliás, interferiu diretamente na briga pelo G4 do Brasileiro.
“Somos gratos pelo ano de 2024. Mas é claro e notório que o fracasso esportivo do Botafogo neste ano passa preponderantemente pelas escolhas erradas de John Textor”, dizia um trecho.
A torcida ainda reiterou sua exigência por “profissionais qualificados” à frente da SAF, novamente em protesto ao trabalho de Ancelotti. Isso porque trata-se do primeiro trabalho de Davide como técnico, que antes atuava como auxiliar de seu pai.
A Fúria também não poupou o grupo de jogadores e fez críticas diretas ao comportamento da equipe dentro de campo. O comunicado faz menção à eliminação na Copa do Brasil para o Vasco — dentro do Nilton Santos — e o empate recente com o Mirassol.
“Uma eliminação patética para o falido Vasco da Gama em casa. Depois, um empate com o Mirassol após estar ganhando de 3×0, demonstra um comodismo que tomou conta do futebol alvinegro este ano”.
No mesmo comunicado, a organizada afirma que o elenco não tem demonstrado “coragem e vontade” para defender o clube. A linha usada pela torcida reforçou a necessidade de realinhamento completo no comportamento geral do grupo. Por fim, exigiu explicações detalhadas e transparentes de Textor sobre o rumo da SAF.
O norte-americano também se mostrou incomodado com a postura da equipe na etapa final do empate com o Mirassol. Apesar disso, reforçou a confiança interna no trabalho de Davide Ancelotti e, ainda de acordo com o ge, não houve qualquer debate interno sobre uma possível troca de comando.
Ancelotti não agiu diferente e também demonstrou insatisfação com a instabilidade da equipe. Após o jogo, ele admitiu que o time “desapareceu no segundo tempo” em consequência de uma mentalidade frágil.
“Oscilar tanto é uma questão de mentalidade, nas adversidades não soubemos reagir bem”, avaliou o treinador.
General Severiano inegavelmente já viveu dias melhores. Com o empate, a relação entre torcida, grupo e comissão ficou ainda mais insustentável e o clima no fim de jogo refletiu isso. Davide deixou o gramado do Nilton Santos sob vaias e gritos de “burro” oriundos das arquibancadas.
O público no Nilton Santos também reforça a crise no relacionamento. Isso porque o duelo contra o Mirassol registrou o pior número de presentes da temporada no Brasileirão — o mais baixo desde a implementação da SAF.
A equipe acumula sete vitórias, cinco empates e quatro derrotas sob o comando de Ancelotti. Nos bastidores, porém, tem recebido elogios pela forma como blinda o elenco diante dos imbróglios envolvendo a SAF do clube. Já a pressão externa segue crescente, e torcedores também tem responsabilizado suas escolhas pela má fase.