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·05 de dezembro de 2025
Os adversários de Portugal no Mundial 2026: um grupo de estreias

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·05 de dezembro de 2025

Na tarde desta sexta-feira, em Washington, realizou-se o sorteio do Mundial 2026, que será jogado nos Estados Unidos, no México e no Canadá. Portugal, cabeça-de-série, ficou no Grupo K.
A Seleção Nacional vai partilhar o grupo com Colômbia e Usbequistão. A quarta e última equipa só será conhecida em março, através do playoff disputado por Nova Caledónia, Jamaica e RD Congo. As duas primeiras defrontam-se no dia 26, com o vencedor a disputar a última vaga com a seleção africana.
O grupo fica assim marcado pelas estreias, uma vez que a Seleção Nacional nunca enfrentou estas nações na sua história. A nível de adversários, a Seleção das Quinas tem todas as condições para somar a pontuação máxima, com a Colômbia a ser o oponente de maior grau de dificuldade.
O adversário mais complicado - na teoria - é a seleção sul-americana, onde constam vários jogadores que atuaram em solo português. Desde logo, o ponta de lança do Sporting, Luís Suárez, e o médio do Benfica, Richard Ríos, que têm sido opções recorrentes do selecionador Néstor Lorenzo. No entanto, as duas maiores figuras jogaram pelo FC Porto, com James Rodríguez ainda no papel de capitão e Luis Díaz como a principal ameaça do ataque cafetero.
A fase qualificação foi muito competente, com a Colômbia a terminar na terceira posição, com 28 pontos conquistados. Foram sete vitórias e sete empates nas 18 jornadas, onde ressalta o empate na Argentina e os triunfos caseiros sobre a Albiceleste e o Brasil. Invicta nas últimas nove partidas, costuma alinhar com uma defesa a quatro, com um duplo pivot defensivo e um quarteto ofensivo.
Com uma Copa América no currículo, conquistada em 2001, a seleção colombiana quererá, certamente, chegar longe nesta competição, fruto da mais recente forma e desta geração talentosa. Este duelo com Portugal será, curiosamente, o primeiro duelo entre as duas nações.
Outro duelo inédito será com a seleção do Usbequistão, que se classificou para um Mundial pela primeira vez na história. Apesar de agora liderados pelo selecionador Fabio Cannavaro, um dos grandes responsáveis por este histórico apuramento foi Timur Kapadze. O treinador de 44 anos esteve à frente da seleção asiática durante toda a fase qualificação, que culminou no segundo lugar do grupo A, com 21 pontos - dois a menos do que o Irão.
Apesar de ser uma seleção muito desconhecida no mundo do futebol, esta geração apresenta alguns nomes interessantes no presente e, sobretudo, para o futuro. O capitão é Eldor Shomurodov, o ponta de lança da Roma de 30 anos, que está emprestado ao Basaksehir, onde soma 20 golos nesta temporada.
Já o líder defensivo é Abdukodir Khusanov, defesa central de 21 anos, que atua no Manchester City e demonstra excelente capacidade defensiva no um para um. Destaque ainda para Abbos Fayzullaev, médio ofensivo de 22 anos, que se destaca pela capacidade técnica e pelo facto de ter sido o MVP da Taça da Ásia sub-20, conquistada pelo próprio Usbequistão.
O principal objetivo - e sonho - já está cumprido, mas a seleção asiática terá como missão disputar o terceiro lugar do grupo. Independentemente de como as coisas correrem, a experiência adquirida será sempre positiva para o desenvolvimento do futebol usbeque.
Roberto Martínez ainda terá de esperar mais algum tempo para conhecer o grupo completo. Até lá, estará atento ao playoff que definirá o quarto integrante.
A Jamaica terminou em segundo lugar na fase de qualificação da Concacaf, atrás de Curaçau por apenas um ponto. Esta seleção surpreende pela quantidade de jogadores com passagem pela Premier League: Rico Henry, Ethan Pinnock, Mason Holgate e Amari’i Bell na defesa; Bobby Reid, Demarai Gray e Leon Bailey no ataque. A principal figura é Michail Antonio, ponta-de-lança do West Ham, que tem sido menos utilizado desde o acidente que sofreu.
Já a Nova Caledónia venceu o seu grupo de apuramento, mas perdeu por 0-3 frente à Nova Zelândia na final, tendo assim de disputar este fase de qualificação. Grande parte do plantel atua no campeonato nacional, sob o comando do francês Johann Sidaner. Realisticamente, a qualificação é um desafio hercúleo, tanto pela limitada experiência internacional como pela diferença de qualidade.
O vencedor do duelo entre Nova Caledónia e Jamaica enfrentará depois a RD Congo, que surge como favorita. Tal como a Jamaica, apresenta vários jogadores do principal escalão inglês: Aaron Wan-Bissaka, Axel Tuanzebe, Noah Sadiki e Yoane Wissa. Este último tem sido o maior destaque, apesar da recente lesão e da ausência de minutos no Newcastle. Ainda assim, é expectável que esteja disponível para este momento decisivo. O capitão é Chancel Mbemba, ex-FC Porto, e Charles Pickel, que passou pelo FC Famalicão, também tem sido convocado com alguma frequência.
Face às três possibilidades, a RD Congo seria o adversário mais complicado para Portugal, apresentando um nível competitivo superior e jogadores habituados a enfrentar seleções de maior dimensão - já eliminaram Camarões e Nigéria.
A participação na CAN 2025, em Marrocos, poderá também servir de motivação adicional para um grupo de jogadores que quer fazer história.









































