Os caras conseguiram fazer algo quase que inacreditável com o Grêmio
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O Grêmio está eliminado da Copa Sul-Americana. Nem a energia positiva da Arena conseguiu mudar o futebol apresentado pelo time do Mano. E antes que a gente pense que a queda aconteceu pelo jogo no Peru, ela tem muito a ver com o jogo aqui também.
Gente, um time que precisa pelo menos vencer de dois, fez apenas quatro finalizações no primeiro tempo. E nenhum destes chutes foi sequer em direção ao gol. Foi um primeiro tempo de um jogo normal, como se nada especial estivesse em disputa.
No segundo tempo, Mano tirou Kike e colocou André Henrique e é preciso dizer que melhorou um pouco. Porém, o único gol gremista aconteceu de novo em um escanteio. Jogada trabalhada, jogo jogado, evolução de futebol, nada aconteceu.
E a bem da verdade é que o golpe de misericórdia só não aconteceu na metade do segundo tempo porque o Volpi conseguiu fazer uma defesa de goleiro de futsal e, com o pé, tirou uma bola que seria gol.
O Grêmio ainda teve chances com André Henrique, que meteu na trave sobre o gol. O Braith também perdeu na cara do goleiro, de virada, na pequena área. Teve chances de gol. Também, se não criar contra um Alianza Lima, não tem como debater, né?
Decisão de Sula e a salvação para o ataque é o André Henrique. Que entrou bem, tá? Só não deveria ser ele a esperança de salvação.
Outra, as opções do banco são Amuzu, que ainda não desembarcou, e o Pavón, que claramente não aconteceu.
O Gustavo Martins jogou de lateral-direito e, mesmo tendo feito o gol, a realidade de saída de jogo com ele é duríssima. É tenso vê-lo se esforçando pra fazer uma saída de bola qualificada. Não consegue. Não estou nem falando em cruzamento, apenas no jogo de apoio, troca de passes. Dá uma tensão.
Do outro lado, Marlon também decaiu. Começou muito bem, acima dos demais. Foi perdendo rendimento com o restante da equipe. Isso é sintomático.
Pra ajudar, o Edenilson foi protagonista no gol do Barcos. Ele que é tão criticado pelo meu parceiro Bagé nas suas jornadas e no Debate Raiz. Não é culpa do Edenilson. É apenas simbólico que pare nele um lance capital da partida. Até isso dá errado.
Se bem que, se formos citar jogador por jogador, quase ninguém se salvaria. O Kannemann é o mostro de entrega sempre. O Riquelme foi titular e jogou o tempo inteiro. Não foi o diferente e nem tem que ser cobrado por isso. Apareceu agora, do nada. É mais uma prova de que as coisas não estão legais. Cristaldo nem no banco estava e o Riquelme foi jogado no campo “do neida”. Difícil achar que vai ganhar assim.
Nem chegamos em agosto e talvez o ano tenha acabado. A única coisa que resta é sonhar com uma vaga na Libertadores. E olha que é bem difícil, hein? Com o que estão jogando atualmente, é duro prever grandes melhorias. A gestão do Guerra precisa pelo menos deixar uma vaga na Libertadores para ver se o Marcelo Marques ajusta as coisas no ano que vem.
Isso vale para os jogadores e o treinador. Mano caiu pro CSA na Copa do Brasil e para o Alianza Lima, na repescagem da Sul-Americana. Veja bem, repescagem. E qual foi a evolução em relação ao Quinteros? Diria que bem pequena. Pouca coisa mudou em relação à qualidade de jogo. A única diferença sensível é que o seu jeito de jogar é mais parecido com o que todos estamos acostumados. Agora, o efeito prático disso é quase nulo. Não adianta nada jogar a moda brasileira, porém, sem qualidade. Ai não adianta.
Por tudo isso, é impossível falar nada da torcida que chamou o time de “sem vergonha” após a eliminação. Cair na repescagem é terrível. Fica pior ainda se pensarmos que o ano poderá ter acabado antes de agosto. Uma temporada que vai até o natal, basicamente. O Brasileirão terminará em 21 de dezembro. E, em julho, cinco meses antes, tudo pode estar acabado.