Os caras estão trabalhando pro Inter cair!

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JB Filho Repórter

·06 de novembro de 2025

Os caras estão trabalhando pro Inter cair!

O primeiro tempo é um exemplo claro de como não jogar futebol com solidariedade. Pareciam inimigos em campo. Ninguém se ajudava. Coisa meio os “penerão” de antigamente, que cada um tinha que fazer sua jogada e ninguém jogava pra se ajudar.
O Vitória fez algo bem básico. Espelhou o esquema do Inter. O Jair ventura meteu três zagueiros e fez a mesma forma de jogar. Resultado? O primeiro tempo foi todo deles. Foram melhores. Não dá pra dizer que muito melhores porque o time deles tem sérias limitações. Mas dentro da limitação da partida, eles foram superiores.
Tanto é verdade que o Emíliano fez duas trocas no intervalo. Tirou Tabata e Ricardo Mathias, meteu Prado e Carbonero. Primeiro que poderia escolher quem tirar. Foi todo mundo mal. Depois, a estratégia mudou. As trocas foi como assumir que não tinha como jogar com a bola e iria apostar no contra-ataque mesmo.
Por incrível que pareca, o Inter teve um pouco mais de intensidade. Demonstrava estar mais movimentado ao menos. E faço apenas um registro disso.
Gol dos caras de bola aérea. Pra vaiar. O ano inteiro o Inter foi mal nesse lance. Com Roger, a marcação era por setor. Com Emíliano, é mista. Nada soluciona.
Pior ainda, o gol dos caras foi de costas. O camarada cabeceou de costas. Não há nem como comentar muito um lance destes.
Só que o Vitória teve outras chances. Teve bola que furou a rede, teve o Vitão que quase meteu contra e o Kayser, que errou frente a frente com o Ivan. Ah, teve um lance aos 44 do segundo tempo que é emblemático. Eles viraram o jogo e o Inter todo desalinhado. Bernabei entrou correndo na marcação e levou um corte. O cara errou na finalização, mas foi lance claro de gol. Resumindo, o Vitória foi muito superior.
O Baralhas foi destaque dos caras. Dono do meio-campo deles. O Cantalapiedra, ponta-esquerda espanhol, que nos brincamos com o nome no Debate Raiz, foi bem também.
Vivemos para ver a bola morder o Alan Patrick o jogo todo. Que coisa maluca estamos observando! Um jogador da qualidade dele tá tendo dificuldades de dominar uma bola. Nem vou falar no gol errado na marca do pênalti. O cara não consegue manter a bola no pé. O grau de dificuldade já é outro. E aqui tá o símbolo do problema.
Carbonero deu esse gol que o Alan Patrick não fez e perdeu um na pequena área. Fez mais do que o Ricardo Mathias, ainda assim, pouco ou quase nada para a necessidade do Inter.
Por curiosidade, o Jair Ventura foi apresentado dia 25 de setembro. Ramón/Emíliano, exatamente no mesmo dia. Hoje, o Vitória saiu da zona de rebaixamento. E o Inter só não entrou por conta do Santos. E nem dá pra usar que o elenco do Inter é ruim. Afinal, o Vitória tem bem menos recursos. É trabalho mesmo.
Eu sempre insisto que a diferença do futebol profissional para o amador precisa ser os movimentos coordenados. Tem que ter uma lógica nos movimentos. Um passa, outro aparece, enfim, coisas básicas. Quando tu olha pro campo e tu vê qualquer um fazendo qualquer coisa, é porque não tem trabalho do treinador.
Aliás, na minha visão, o Inter só não vai cair porque o Santos tem uma tabela péssima pela frente. Só que a tabela tá mostrando o Inter a três pontos da zona. Se, por ventura, o Santos inventar de ganhar do Palmeiras, pode ficar a dois pontos de distância somente. Já passou do tempo que era brincar com o perigo. Estão dando tapinhas na cara de um leão e pedindo pra ser mordido.