Palermo celebra virada do Fortaleza: ‘Esse grupo renasceu’ | OneFootball

O técnico Martín Palermo comemorou a vitória do Fortaleza por 2 a 1 sobre o Corinthians, nesta quarta-feira (3), na Arena Castelão, pela 37ª rodada do Brasileirão.

Com gols de Pochettino e Herrera, o Tricolor chegou a 43 pontos, saltou para o 16º lugar e depende apenas de si na última rodada para garantir a permanência.

“Ainda não conseguimos nada”, iniciou Palermo, apesar do clima de euforia no estádio. “Acredito que estamos dando passos importantes para esse grande desafio que nos propusemos desde a minha chegada. Hoje foi um triunfo como temos feito em cada partida: de muita luta, muita entrega e muito sofrimento até o final. É parte do futebol, da adrenalina de viver esses 90 minutos”.

O treinador ressaltou que a equipe vem se moldando à sua identidade. “O time se identifica com a forma como vivo o futebol, com essa paixão. Nunca foi fácil para mim como jogador, e hoje, como treinador, quero que meus times reflitam isso. Gostaria de um espetáculo mais vistoso às vezes, mas hoje o futebol tem que se identificar com o que o time está entregando. E isso me gratifica”.

Palermo elogiou a atuação de Brenno, decisivo mais uma vez. “Que o Brenno tenha sido figura e artífice do resultado final é parte do que se pede aos goleiros: que respondam, que salvem partidas. Assim como se pede aos atacantes que façam gols. Hoje o time está complementado em tudo”, afirmou.

O técnico também valorizou o crescimento coletivo e individual da equipe. “Construímos uma base sólida em todas as linhas”, explicou. “Sabíamos que havia material humano, que era um grande plantel. A cabeça dos jogadores, às vezes, não respondia, a confiança era baixa. Mas fomos fazendo com que o time crescesse coletivamente e individualmente”.

Palermo destacou que o elenco renasceu emocionalmente. “Hoje estamos mais vivos do que nunca, com entusiasmo e segurança no que podemos alcançar”, disse. “Era difícil imaginar isso três meses atrás. E seguimos lutando. Falta um jogo mais”.

Sobre as substituições, o argentino explicou que foram decisões estratégicas e físicas. “Tirei Bareiro porque estava pendurado e sei como ele disputa cada bola; não queria correr o risco. Breno fez um desgaste enorme. Pierre saiu porque vinha com incômodo desde o último jogo. Mantive a base porque o time está forte”, afirmou. “Agora temos que analisar quem chega melhor para o domingo.”

Perguntado sobre por que o time mudou tanto sob seu comando, Palermo destacou simplicidade e confiança. “O que fiz foi trabalhar, acreditar no meu trabalho e principalmente nos jogadores”, disse. “Não fiz mudanças bruscas. Busquei simplicidade. Um jogo desencadeou tudo, aquele contra o Juventude. Ali dissemos: ‘Podemos’. Desde então estamos mais vivos que nunca”.

O treinador também projetou o duelo decisivo contra o Botafogo, no Rio. “Sabemos da dificuldade do campo sintético e da força do rival. Mas ganhamos do campeão da Libertadores”, afirmou. “Por que não acreditar que podemos conseguir o resultado que nos mantém na Série A?”

Por fim, Palermo exaltou o ambiente coletivo. “O que se gerou no clube é muito forte. Jogadores importantes que não estão jogando seguem apoiando. Isso forma grupos que alcançam objetivos”, destacou. “Hoje, quando terminou o jogo, muitos choraram. Estavam estenuados. É a paixão de viver tudo isso. Mas a resposta sempre esteve ali: o time entregou tudo até o final, e hoje não foi diferente”.