Trivela
·31 de janeiro de 2022
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·31 de janeiro de 2022
Goran Pandev é um dos jogadores mais queridos do futebol italiano. O macedônio chegou às categorias de base da Internazionale quando tinha 18 anos e construiu sua carreira no país. Viveu grandes momentos por Lazio, Napoli e pela própria Inter, enquanto só teve uma curta passagem no exterior, ficando uma temporada no Galatasaray. O Genoa seria o responsável por trazê-lo de volta em 2015 e, desde então, o atacante também se tornou ídolo no Marassi. Sua história no clube termina seis anos e meio depois, mas a trajetória na Bota continua. Aos 38 anos, Pandev será companheiro de Gianluigi Buffon e tentará melhorar a situação do Parma na Serie B.
A aposentadoria de Pandev até chegou a ser cogitada antes do início da temporada. O atacante tinha vivido um momento histórico com a seleção da Macedônia do Norte, ao disputar a Euro 2020 e se despedir da equipe nacional em grande forma. Sem contrato com o Genoa, a interrogação ficou no ar até que a renovação se confirmasse. Todavia, durante os últimos meses, o veterano pouco contribuiu para afastar a crise dos rossoblù. Disputou 20 partidas pela Serie A, algumas vezes até titular, mas sem marcar gols. O Grifone corre sérios riscos de rebaixamento e realiza uma série de mudanças no mercado de inverno.
Pandev disputou 187 partidas pelo Genoa. É o segundo clube pelo qual mais atuou na carreira, com apenas cinco jogos a menos do que os realizados com a Lazio. O veterano ainda somou 32 gols e 12 assistências. O macedônio teve algumas grandes temporadas individualmente falando, com nove gols em 2019/20 e mais sete em 2020/21. Se não chegou a registrar grandes feitos, ao menos contribuiu para que o Grifone fugisse dos seus piores temores e permanecesse na primeira divisão. O que, neste momento, parece em sério risco com a vice-lanterna da Serie A.
A mudança de Pandev também parece reduzir suas chances de disputar novamente a Serie A. E o atacante possui seu lugar na galeria de nomes importantes da competição. Foram 493 partidas disputadas, com 101 gols anotados e 57 assistências. Entre os atletas na ativa pelos clubes da primeira divisão, somente Samir Handanovic e Fabio Quagliarella o superam em aparições na elite. Pandev é o 19° com mais partidas na história. Já em gols, só outros cinco jogadores que permanecem no campeonato estão à sua frente.
O Parma é um elemento a mais para simpatizar com a sequência da carreira de Pandev. O clube tenta se recuperar na segunda divisão, depois da impressionante reconstrução desde que precisou declarar falência. O momento, todavia, não é favorável aos gialloblù e o time beira a zona de rebaixamento na Serie B, apenas quatro pontos acima da zona vermelha. O atacante garantirá um pouco mais de experiência ao time que já conta com Gianluigi Buffon, 44 anos recém-completados e ainda em ótima forma.
O mercado de inverno do Parma tem sido bastante movimentado também. A lista de reforços ainda é abrilhantada pelo centroavante Simy, emprestado pela Salernitana e que realmente pode causar impacto na Serie B. Por outro lado, os Crociati cederam nomes como o ponta Valentin Mihaila (Atalanta), Maxime Busi (Stade de Reims) e Luigi Sepe (Salernitana). Só fica difícil de imaginar uma guinada tão grande rumo ao acesso, com o time a oito pontos de atingir a zona dos playoffs.
Já o Genoa, se por um lado se despede de Pandev, do outro adiciona nove reforços na atual janela de inverno. O atacante Kelvin Yeboah (Sturm Graz), o lateral Silvan Hefti (Young Boys), o meia Morten Frendrup (Brondby), o ponta Albert Gudmundsson (AZ) e o zagueiro Johan Vázquez (Pumas UNAM) compõem uma vastidão de jovens com até 24 anos comprados em definitivo, em negócios que totalizaram quase €20 milhões. Também veio por empréstimo Nadiem Amiri (Bayer Leverkusen), além de garotos como Roberto Piccoli (Atalanta), Riccardo Calafiori (Roma) e Leo Östigard (Brighton).
A aposta do Genoa é que esse sangue novo garanta uma nova cara ao time agora dirigido pelo alemão Alexander Blessin, substituto de Andriy Shevchenko. Para tanto, o Grifone abriu mão de medalhões como Valon Behrami e Felipe Caicedo. Pandev é o nome mais significativo dos que saem, por seu peso na Serie A e pela relação com o clube. Ainda assim, aos 38 anos, certamente ganhará nova reverência no Parma enquanto escreve os últimos capítulos numa história muito bonita construída no Calcio.