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·20 de agosto de 2024

Pedrinho revela procura por Rayan e destaca interessados em comprar SAF do Vasco: “Situação complexa”

Imagem do artigo:Pedrinho revela procura por Rayan e destaca interessados em comprar SAF do Vasco: “Situação complexa”

O Vasco da Gama vive uma situação financeira delicada – realidade que é conhecida por boa parte da torcida. Assim, não é surpresa que o clube carioca acabe precisando negociar algumas de suas principais peças, como o jovem Rayan, para fazer caixa e se equilibrar financeiramente.

Presidente do Vasco, Pedrinho concedeu entrevista após o sorteio dos confrontos das quartas de final da Copa do Brasil, na sede da CBF. Em conversa com os jornalistas, o dirigente afirmou que já recebeu consultas de algumas equipes pelo atacante.


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“O clube gera algumas receitas e precisa gerar mais para que a gente possa finalizar o ano honrando nossos compromissos e os salários em dia. O Rayan é um ativo do clube. Obviamente alguns clubes procuram, mostram interesse, e obviamente nós avaliamos com muito carinho, porque é um jogador que pode gerar bons frutos, não só momentaneamente, mas também para o futuro financeiro do Vasco”, declarou.

O mandatário também revelou que existem interessados na compra da SAF do Vasco, mas nenhuma conversa mais aprofundada. Ele negou que houve qualquer contato de um fundo árabe para tal venda e deixou claro que precisa agir com responsabilidade para não cometer os mesmos erros da gestão anterior.

“Mentira. Nunca teve nada com fundo árabe. O problema é que surge uma matéria, que eu não sei da onde, de um fundo árabe. Até onde eu sei, ninguém da minha gestão foi consultado, e isso é debatido como se fosse uma verdade única. Não tem fundo árabe. Existem alguns interessados, só que é uma conversa muito complexa, porque é uma situação complexa e eu tenho que ter uma responsabilidade enorme para não errar como erraram anteriormente. Acho que estou sendo muito claro. Então assim, não é nada imediato, não é nada concreto. São avaliações, são pesquisas, são procuras, mas superficiais”, afirmou.

Pedrinho ainda destacou que a situação do Vasco é bem pior do que a torcida imagina e enfatizou seu compromisso em trazer a verdade para os torcedores cruzmaltinos.

“Se eu tivesse um fundo árabe, eu seria o primeiro a falar. Eu não vou contar história para o torcedor, vou falar a verdade. Se o torcedor quer a verdade, ele vai entender o que eu estou falando. E eu preciso do apoio do torcedor neste momento. O que aconteceu com o Vasco foi muito maior do que a torcida tem conhecimento, mas eu não vou lamentar. Eu entro justamente para isso. As pessoas que estão do meu lado são muito preparadas e já me ajudaram muito a tomar uma decisão para dar outra direção ao Vasco. Era necessário e urgente fazer o que nós fizemos. Se não, seria uma situação muito mais complicada”, disse.

Pedrinho prega responsabilidade financeira e fala em folha salarial “superfaturada”

Também em entrevista após o sorteio da Copa do Brasil, Pedrinho deu mais detalhes sobre a situação financeira em que o Vasco se encontra e pregou responsabilidade em sua gestão, uma vez que não fará loucuras para contratar jogadores.

“Eu vou ser muito respeitoso com as finanças do clube. Eu não vou fazer nada que possa prejudicar ainda mais o clube financeiramente. Nós tivemos gestões anteriores, inclusive a do antigo sócio, de muita irresponsabilidade financeira. Para mim, seria muito fácil ter a mesma prática, de ser irresponsável financeiramente e me garantir fazendo a vontade de todo mundo. Tenho que ser responsável, tenho um CEO, um CFO, que me dão todo o respaldo do que eu posso e do que eu não posso. Parece que as pessoas ficam falando que estamos ali no dia a dia e não sabemos todas as nossas necessidades. É lógico que a gente sabe todas as responsabilidades que temos, só que temos dois caminhos: o financeiro e a oportunidade de mercado. Algumas posições, que de repente não seriam tão emergenciais, aconteceram e podem acontecer de uma forma antecipada a outras. Não quer dizer que nós não estejamos em busca de outras condições. É que eu não posso deixar de negociar uma e dar preferência para outra. Tudo acontece ao mesmo tempo, só que toda negociação é difícil. Mas algumas negociações que não tiveram finais felizes foram por escolhas dos próprios atletas que procuramos”, apontou.

O dirigente complementou: “A gente se movimenta, mas de forma muito respeitosa com a situação financeira. Se as pessoas se acostumaram com pessoas irresponsáveis dentro do Vasco, não vão encontrar isso em mim. Não vou ser irresponsável com o Vasco como outras pessoas foram. Se o Vasco chegou nesse momento delicado, foi por irresponsabilidade financeira dessas pessoas. Se ninguém quer pagar esse preço, eu quero, mas preciso que o torcedor esteja do meu lado e entenda isso”.

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Por fim, Pedrinho ainda revelou que, mesmo com os esforços da diretoria, a folha salarial do Cruzmaltino se encontra “superafaturada”. De acordo com ele, muitos jogadores recebem salários considerados altos e não são nem relacionados para as partidas.

“Muitas pessoas dizem que precisamos enxugar a folha. Elas não têm a noção dos valores dos contratos, e de uma forma muito rasa e muito vazia, dizem isso, como se nós não soubéssemos disso. Só que nós estamos falando de uma folha superfaturada, de um orçamento financeiro que não é compatível com as receitas, orçamento que foi feito contado com um aporte que nunca iria acontecer. Então foi uma folha completamente exagerada financeiramente. Jogadores que, dentro de uma avaliação da gestão esportiva, que precisariam buscar outros caminhos, não são fáceis de serem diluídos. São valores desproporcionais ao rendimento”, contou.

“É superficial falar que é só aliviar a folha. Mas para você aliviar a folha, é muito difícil. Nós estamos falando de jogadores que ganham R$ 480 mil e nem relacionados são. E aí como é que você faz essa negociação? Como é que você dilui isso, qual time que tem condição de pagar metade disso? É lógico que a gente conseguiu esvaziar um pouquinho a folha, mas muito aquém de diminuí-la com o pagamento integral desses atletas, aonde a gente teria uma brecha na folha de R$ 1 milhão, R$ 1 milhão e meio. É muito distante disso”, finalizou Pedrinho.

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