Pepe quer voltar ao FC Porto, mas não tem “saudades de jogar, para já” | OneFootball

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·12 de outubro de 2025

Pepe quer voltar ao FC Porto, mas não tem “saudades de jogar, para já”

Imagem do artigo:Pepe quer voltar ao FC Porto, mas não tem “saudades de jogar, para já”

Pepe foi uma das presenças mais marcantes no encerramento do Portugal Football Summit e, além de falar sobre a Seleção Nacional, referiu a sua ligação ao FC Porto – clube onde terminou a carreira e pelo qual passou antes de se transferir para o Real Madrid – revelando o desejo de, um dia, regressar ao emblema portuense.

«Eu tenho uma relação com o FC Porto muito bonita. Em 2004, depois de vencerem a Champions, tive a oportunidade de ir para um clube grande em Portugal. O primeiro ano não foi fácil, mas depois adaptei-me à exigência, abriu-me as portas da europa, moldou-me a ser um vencedor e sou muito grato ao que o FC Porto me deu, a cidade. Deu-me uma mulher, três filhos e é uma cidade que tenho muito carinho. Ao deixar o clube, não é fácil para um jogador. Chega esse momento e ter de colocar um ponto final na sua carreira. Aí sinto que poderia ter jogado mais, mais um ano ou outro, mas se calhar as circunstâncias da vida não deixaram, o mais importante é que um dia possa voltar a esse clube e possa dar um contributo, ao clube e à cidade», começou por dizer, em conversa com Pedro Pinto, abordando este final de carreira, passado com a família.


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«É uma fase na vida que é muito importante a família. Eles também compram aquilo que tu queres para o futuro e a partir dos meus 30 anos comecei a reparar. Procurei sempre esses anos todos respeitar aquilo que era o descanso, alimentação, o treino. Era um trabalho muito difícil para quem passa os 40 anos, de 24 horas por dia, sempre a pensar nos 90 minutos», explicou, recordando ainda o início da sua carreira em Portugal, no Marítimo.

«Aos 18 anos tinha um sonho de ser jogador e de poder fazer um jogo que passasse para a televisão para a minha mãe ver. Tive a oportunidade de vir para Portugal cedo, acolheram-me muito bem, o princípio é sempre muito complicado, deixar os pais, irmãos, a tua origem, mas a Madeira e Portugal abraçaram-me. Fiz grandes amigos. Foi um trabalho de sacrifício, resiliência, acreditei e não defraudar as pessoas que sempre acreditaram em mim. Era um jogador muito intenso, porque acreditei sempre que o trabalho compensava. Fui ver que perder também faz parte, desde que coloques tudo em campo e com rigor, desporto é isso mesmo», afirmou, referindo igualmente a sua passagem pelo Real Madrid.

«É verdade, tive essa oportunidade dez anos, para mim no melhor clube do mundo. Exigência brutal, as pessoas e aquelas que têm noção da pressão do Real… nós aprendemos isso muito no Real. Eu falo por mim, quando ganhava no Real até tinha medo da vitória, porque daqui a três dias era outro jogo exigente e não importava se jogávamos contra Bayern ou Man. United, mas se jogássemos com uma equipa média da LaLiga… Eram jogadores com qualidade e no seu melhor nível. Estar 10 anos nesse registo… aprendemos que cada jogo é importante. Quando ganhava um jogo, parecia que não podia desfrutar, portanto procurávamos ser muito lineares para ter os pés bem assentes no chão», garantiu, e contou que atualmente pratica ciclismo para manter a adrenalina que sentia dentro do relvado.

«Essa personalidade nunca se perde, saudade de jogar… para já não. Dei sempre o meu melhor, mas agora a adrenalina… aprendi e ando um pouco de bicicleta, amador de ciclismo, e dá muito isso, essa guerra contigo. Corro bastante, mantenho-me saudável. Já joguei nas Legends, mas o futebol nunca sai da nossa essência, vai estar sempre presente e porque acredito que sou uma mais-valia para ajudar os mais jovens», finalizou.

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