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·22 de julho de 2022
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Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, a treinadora Pia Sundhage analisou o desempenho da Seleção Brasileira na goleada sobre o Peru. Além de dar minutagem a jogadoras que vinham ficando no banco, a comandante também experimentou um novo sistema tático, o 3-4-3, e destacou os aspectos positivos da atuação da Canarinho.
“Os seis gols, marcar dois de pênalti e estou feliz por jogadoras jovens como a Dudinha, ela jogou por 90 minutos e foi muito bem. Algumas jogadoras saem desse jogo bastante confiantes, o que significa que não temos 11 jogadoras e sim 23. Isso será muito importante no futuro, porque precisaremos de todas elas e das que vêm do banco contra o Paraguai”, disse.
A técnica também detalhou como pretende preparar a equipe para a semifinal. A partida ocorre na próxima terça-feira (26), às 21h (horário de Brasília).
“Vamos analisar nossa criação de jogadas, como ela funciona quando penetramos a defesa pelo meio e pelas alas, porque, se queremos fazer um bom jogo contra o Paraguai, precisamos marcar das duas formas. Mas também precisamos ser mais eficientes na defesa. Hoje isso não foi uma questão, mas os outros jogos nos mostraram que precisamos afinar um pouco a sintonia entre a linha de trás e as meias”, concluiu.
Confira outros momentos da entrevista de Pia Sundhage:
Mudanças funcionaram?
Sim e não. Na maior parte sim, porque marcamos muitos gols e não cedemos nenhum, as três da linha de frente criaram chances e as três da linha de trás não tiveram muito trabalho. Por outro lado, não foi bom termos jogadoras com cãibras, mas, no geral, fizemos o que tínhamos de fazer e agora vamos jogar a semifinal.
Peru não faz gol desde 1998 e está em último no ranking da Conmebol. O que devem fazer os dirigentes?
Eu provavelmente começaria analisando o que funciona na América do Sul, preparando-as para jogar no nível mais alto passo a passo. Isso significa mudar a atitude em relação ao futebol feminino e apoiá-lo ao longo de todo o processo. Tudo começa com as jogadoras mais novas. Eu disse um dia desses que acredito que a América do Sul melhoraria sua competitividade se começássemos um torneio sub-15. Temos o sub-17 e o sub-20, mas precisamos apoiar as jogadoras mais novas e desenvolver a modalidade. Basta comparar a Copa América com a Euro. A intensidade lá é muito mais alta e, em 2019, tivemos 7 seleções europeias e os EUA nas quartas de final da Copa do Mundo. Em qualquer equipe sul-americana, eu olharia e perguntaria e começaria a cooperar. O que podemos fazer juntos, como podemos competir juntos, qual sua solução para apoiar algo ou resolver um problema ou algo do tipo. Porque o futuro é o futebol feminino, tenho 100% de certeza disso, é só olhar em volta no mundo todo. Na Europa e nos EUA eles já estão mais à frente, então é a hora de a América do Sul se apresentar. Podemos fazer a diferença, todos nós, em todas as confederações.