Ponte Preta joga por seu primeiro título nacional diante de um Londrina valente e “vivo até o fim” | OneFootball

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·23 de outubro de 2025

Ponte Preta joga por seu primeiro título nacional diante de um Londrina valente e “vivo até o fim”

Imagem do artigo:Ponte Preta joga por seu primeiro título nacional diante de um Londrina valente e “vivo até o fim”

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Campinas vai parar no próximo sábado. Às 17h, o Estádio Moisés Lucarelli será o palco de um duelo que carrega o peso da história e o coração do torcedor. Ponte Preta e Londrina decidem o título da Série C do Campeonato Brasileiro de 2025, após o 0 a 0 no jogo de ida, no VGD.


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O campeão sairá de um jogo que é muito mais do que uma final. É a chance de eternidade para dois clubes com trajetórias distintas, mas movidos pela mesma urgência de glória.

Para a Ponte, o cenário é quase cinematográfico. São 125 anos de história e nenhum título nacional.

A Macaca, uma das instituições mais tradicionais do futebol paulista, vive o sonho de transformar o acesso em conquista e a ressaca de antigas frustrações em festa.

O estádio já é promessa de caldeirão. Em apenas 20 minutos, 10 mil ingressos foram vendidos, e as filas dobraram quarteirões do Majestoso. A procura foi tão intensa que gerou tumulto nas bilheterias e travou o sistema online, como um reflexo da ansiedade de uma torcida que sente que este pode ser “o jogo da vida”.

Os caras vieram de longe, ficaram do lado de fora e ainda apoiaram. No sábado, serão 19 mil empurrando a gente”, disse o técnico Marcelo Fernandes, que traçou uma estratégia cautelosa no Paraná e agora promete um time com alma de decisão em Campinas.

O comandante pode ter força máxima, já que nenhum jogador pendurado foi suspenso e o atacante Jeh trabalha contra o tempo para estar, pelo menos, no banco. “Jamais o colocaria em risco, mas se puder contar com ele, será muito bem-vindo”, afirmou.

Do outro lado, o Londrina chega sem medo do Majestoso. Com seis vitórias fora de casa na competição e um discurso ousado, o técnico Roger Silva aposta na coragem e na fé no elenco. “Somos um visitante indigesto, corajoso, que coloca a bola no chão. O gramado da Ponte vai nos favorecer. Que a sorte esteja conosco mais uma vez”, declarou.

O treinador também evocou uma frase de José Mourinho para inspirar o elenco: “Numa final, a equipe que não é favorita precisa estar viva nos últimos 45 minutos”.

O Tubarão promete estar vivo até o fim. A preparação em Londrina incluiu treinos de pênaltis. Afinal, em caso de novo empate, o campeão será definido nas penalidades. Mas o time paranaense não esconde o desejo de resolver antes da marca da cal: “Se tiver que tirar um volante e colocar um atacante, eu vou arriscar”, garantiu Roger.

Historicamente, decidir em casa pesa. Um levantamento realizado pelo Globo Esporte mostra que, desde 2009, 10 dos 16 campeões da Série C ergueram a taça diante da torcida. E, em finais que começaram com empate, como agora, o mandante levou a melhor em cinco das oito ocasiões.

Curiosamente, nunca houve uma decisão de Série C decidida nos pênaltis no atual formato, um tabu que pode ser quebrado justamente em um confronto tão equilibrado.

No jogo de ida, o equilíbrio foi a marca. Após muita disputa, poucas chances e tensão em cada bola dividida, o 0 a 0 foi o retrato de duas equipes que se estudam, se respeitam e se preparam para o tudo ou nada.

A Ponte tentou explorar contra-ataques, enquanto o Londrina dominou a posse e empurrou o rival para trás, mas parou em uma defesa segura e nas boas intervenções de Diogo Silva.

A cidade de Campinas já respira a final. O Majestoso, com 16 mil ingressos disponíveis, deve ter lotação máxima, e o entorno do estádio será monitorado por um forte esquema de segurança. A diretoria da Ponte espera repetir a festa do acesso, mas agora com o gosto do título.

É o jogo mais importante da história da Ponte Preta”, dizem os torcedores nas redes sociais, em um sentimento que mistura ansiedade e fé.

De um lado, a Ponte tenta fazer história e encerrar uma espera centenária. Do outro, o Londrina quer relembrar os tempos de glória da Taça de Prata de 1980 e coroar a campanha do acesso à Série B com o troféu.

O duelo é simbólico: tradição, resiliência e o peso de quem sonha alto mesmo vindo da Série C. Sábado, o relógio vai marcar mais que 90 minutos. Vai marcar a chance de um clube se libertar da espera e de outro reafirmar sua força fora de casa. No Majestoso, não será apenas futebol, mas sim a história sendo escrita.

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