Preciso admitir um erro que eu cometi após o jogo do Inter
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Quando acabou o jogo contra o Botafogo, eu fui um dos que pensou: que bom que Ramón e Emíliano acharam a formação nova para ter um norte do que fazer na parada. Foi um baita engano. Pelo menos essa primeira amostra, foi decepcionante. Não teve aquela evolução no jeito de jogar que imaginávamos.
E isso fica configurado no intervalo da partida. Bastaram 45 minutos pra comissão técnica tirar um zagueiro (Victor Gabriel) e colocar um centroavante (Ricardo Mathias), desmanchando o jeito anterior de jogar, com três zagueiros e um falso 9.
A real é que desde o começo se via que o Mirassol era um time com movimentos muito mais naturais do que a do Inter. Por justiça, o Fernando Prazz viu isso e falou na transmissão oficial da TV. Ali, antes dos gols, já se notava que um lado jogava com naturalidade e outro fazia força.
Só que os gols têm um grande protagonista. E ele se chama Anthoni. Penso que é tranquilo cravar que ele falhou em dois gols e, quem for mais criterioso, ainda vai ver que falhou no terceiro. Pelo menos dá pra dizer que poderia ter defendido. Agora, o primeiro ele mesmo jogou pra rede e no segundo levou no seu lado. Então, não há como defendê-lo. Sua atuação foi decisiva pra derrota. E a situação é tão impactante que não sei nem se ele será titular na próxima rodada.
De resto, o Inter só fez gol por conta de uma jogada de falta. Confesso que ainda tenho dúvida se foi algo treinado, essa jogada do gol, mas o fato é que só chegou com essa bola parada. Nada muito além disso.
Gente, o Reinaldo foi o melhor da partida. Jogou livre, é verdade, mas foi disparado o melhor em campo. O Aguirre vai sonhar com ele. O Reinaldo fez o que quis.
Fora isso, a marcação do Inter era espaçada. Todo mundo distante entre si e dos jogadores adversários. Marcação a distância.
As bolas na área quase sempre eram cabeceadas por alguém do Mirassol e não por um colorado.
Olhando pro campo, era como se estivéssemos vendo com Roger Machado, que o próprio Paixão admitiu pra gente que não conseguia remobilizar mais depois das eliminações. Um time completamente desligado, desfocado e sem aquela intensidade que o jogo contra o Botafogo.
Entre os jogadores, são diversos os problemas. O símbolo do jogador que não conseguiu render foi o Ricardo Mathias. Sua entrada não mudou em nada o que aconteceu em campo. Completamente sem intensidade de uma partida de alto nível. Mesmo que tenha feito um gol (anulado) de centroavante, na pequena área e tal, é pouco.
E aqui cabe falar dos treinadores. Se a gente cobrava evoluções do Roger após as paradas, a cobrança precisa acontecer na família Díaz. Nesse primeiro jogo, nada aconteceu.
O Inter é o 15ª colocado do Brasileirão. Em qualquer outro cenário, era desespero total. Por sorte, a pontuação ainda mostra que são sete pontos do Z4. Não fosse a projeção ser mais baixa nesse ano (deve se salvar com 40 pontos) e o Inter estaria neste momento na zona. Terrível.