
Gazeta Esportiva.com
·08 de agosto de 2025
Prefeitura de Santos aprova projeto da nova arena do Santos em cerimônia

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·08 de agosto de 2025
O aguardado projeto da nova arena do Santos teve sua aprovação oficializada nesta sexta-feira (8), em cerimônia realizada no Palácio José Bonifácio, sede da Prefeitura de Santos. O evento marcou um passo fundamental rumo à concretização de um antigo sonho da torcida santista: a construção de um estádio moderno, multiuso e com maior capacidade de público no mesmo espaço onde hoje está o Estádio Urbano Caldeira, a tradicional Vila Belmiro.
A previsão é que a construção da nova arena leve entre 36 e 42 meses, ou seja, aproximadamente 40 meses até sua conclusão total, incluindo a demolição da estrutura atual.
Estiveram presentes na cerimônia o prefeito Rogério Santos, o deputado federal Paulo Alexandre Barbosa, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, e o diretor de Novos Negócios da WTorre, Luiz Otávio Alves. A aprovação do projeto pela Prefeitura é uma etapa legal imprescindível para que o clube e a construtora avancem com o cronograma da obra.
“O Santos tem, finalmente, um estádio à altura da sua tradição. Ganhará com isso todos aqueles que estiverem sempre frequentando e acompanhando a vida e a história do clube”, disse Marcelo Teixeira, em cerimônia.
O anúncio oficial estava inicialmente previsto para o dia 1º de agosto, mas foi adiado em respeito ao incêndio de grandes proporções que atingiu moradias sobre palafitas na comunidade Caminho São Sebastião, na Zona Noroeste da cidade.
“Era uma obrigação do Santos Futebol Clube. Assim como os dirigentes transformaram as arquibancadas de madeira naquelas que hoje nós estamos, era igualmente necessário, nesse processo de reconstrução, o clube ter uma arena multiuso”, continuou o presidente.
Com previsão de investimento de cerca de R$ 700 milhões, a nova arena do Santos será construída em uma área de aproximadamente 68 mil metros quadrados e terá capacidade para 30 mil espectadores. O estádio será multiuso, com estrutura adequada para receber, além de partidas de futebol, grandes shows, eventos culturais, corporativos e sociais. A obra, segundo o clube, só será iniciada quando os recursos forem totalmente arrecadados.
A captação será feita por meio da venda de cadeiras e camarotes especiais, operação liderada em parceria com a construtora WTorre. A meta inicial é comercializar seis mil unidades. A gestão da arena será compartilhada entre o Santos e a WTorre por um período de 30 anos, com divisão das receitas para partidas e demais eventos realizados no local.
O projeto passou por análise de diversos órgãos da Prefeitura de Santos, incluindo a Secretaria de Obras e Edificações (Seobe), o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU), a Vigilância Sanitária e o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Condepasa). A aprovação também levou em conta o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), cuja análise apontou poucos impactos negativos, considerados de baixa a média significância.
Entre as medidas mitigadoras e compensatórias exigidas estão a modernização da iluminação pública, a instalação de câmeras de segurança conectadas ao Centro de Controle Operacional (CCO), revitalização das vias do entorno, ampliação do sistema de drenagem, criação de áreas de convivência e implantação de 100 vagas para bicicletas. Também foi determinado o plantio de ao menos 300 árvores nativas, preferencialmente da Mata Atlântica.
Detalhes da nova arena
O novo estádio do Santos será dividido em quatro setores principais: arquibancada, arquibancada superior, deck premium e camarotes. Também está prevista a instalação de áreas comerciais, como lojas, restaurantes e coworkings, além da modernização do Memorial das Conquistas, com homenagens aos ídolos do clube e destaque especial para Pelé. Pela primeira vez, o estádio contará com estacionamento próprio, com vagas para carros, motos, bicicletas e espaços reservados para idosos e pessoas com deficiência.
A licença para o início das obras deve ser solicitada em até um ano, prorrogável por igual período. A previsão é que a construção leve entre 36 e 42 meses, a partir do início efetivo, incluindo a demolição da atual estrutura.