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·09 de outubro de 2025

Presidente do Famalicão: «Se a liga subir o nível, os três grandes serão os principais beneficiados»

Imagem do artigo:Presidente do Famalicão: «Se a liga subir o nível, os três grandes serão os principais beneficiados»

Um dos vários convidados a integrar o painel do Portugal Football Summit, Miguel Ribeiro, presidente do Famalicão, falou sem reservas de vários temas ao redor do futebol português. Desde a gestão levada a cabo desde que o emblema minhoto viu capital externo entrar, passando pela centralização dos direitos televisivos, o líder dos famalicenses explicou o seu ponto de vista sobre os diversos assuntos.

Famalicão, uma referência para os outros?: «Não tenho a mínima dúvida que somos uma referência para os outros clubes, como os outros clubes são para nós. Porque, se olharmos hoje para o futebol português, o Arouca, o Gil Vicente, o Santa Clara...Temos muitos clubes em que conseguimos ver ali um padrão. Há claramente hoje uma visão muito semelhante. Depois, o que é que o investimento nos permite? Permite a um clube como o Famalicão ter uma capacidade de recrutar mais forte.»


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Centralização dos direitos televisivos beneficia grandes e pequenos: «Vou já introduzir o tema: o Ugarte é um ótimo exemplo que o futebol português tem para entender o equilíbrio pela via da centralização. Tornará os clubes pequenos mais fortes, mas também os grandes mais fortes. O Ugarte foi contratado pelo Famalicão por dois milhões e meio de euros.

Naturalmente, um clube da dimensão do Famalicão não terá capacidade para fazer este investimento. Mas nós tivemos. Vendemos ao Sporting por um valor 3 vezes maior, mas o Sporting vendeu ao PSG por um valor 10 vezes maior. O que é que é importante? É importante que a capacidade que o Famalicão teve de recrutar permitiu ao Sporting recrutar dentro do país e também vender dentro do país.

Se a primeira liga portuguesa tiver a capacidade de, dos três grandes para baixo subir de nível, os três grandes são, na minha opinião, os principais beneficiados. No dia que tivermos o mercado interno a funcionar, são os grandes beneficiados.»

Modelo de compras do Famalicão: «O nosso grande foco de ir buscar bons jogadores é que quem compra no Famalicão sabe que compra bons jogadores. Queremos que os jogadores que saiam do Famalicão joguem, porque temos jogadores de qualidade. E jogadores como Pedro Gonçalves dão crédito para jogadores como Mathias de Amorim, Gustavo Sá

Venda de Gustavo Sá está prevenida?: «Está. É verdade, mudávamos muito, mas agora já não. O Famalicão já atingiu o nível desportivo de contratar suplentes. Não acredito que, de momento, consigamos contratar um titular. O onze suplente de hoje é o próximo onze titular, então vamos tratar do onze suplente seguinte. Temos um verdadeiro break even desportivo. É óbvio para nós que este é o modelo, para que seja sustentável, apresente lucro e vá crescendo.»

Capitão guardado para uma transferência recorde?: «Não, não é uma questão de guardar. O mercado funciona, e no caso dele ainda não funcionou, mas vai funcionar, tem 20 anos, tem 100 jogos de Liga e vai fazer o seu caminho. Não sei se vai ser em janeiro, no verão, mas quando o mercado funcionar.

Vamos ver isto como se fossem carros. Quando vai a um stand da Ferrari ou da Porsche, vai, chega e compra, mas não vai passear. Num da Fiat já vai mais vezes. Acredito que o Famalicão hoje já está segmentado num escalão mais premium. E, no dia que alguém bater à porta para contratar o Gustavo Sá, é uma coisa [a ser feita] de terça-feira para quarta, de um dia para o outro.»

Estádio visto como um problema: «Temos uma âncora no pé chamada estádio. Vem a Juventus ou o Manchester City ver o Gustavo Sá e vê-o num estádio daqueles... Torna-se menos apelativo a quem vê.»

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