Portal dos Dragões
·27 de dezembro de 2024
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A SAD do FC Porto irá ultrapassar o controlo trimestral da UEFA relacionado com o pagamento da massa salarial, transferências a outros clubes, obrigações fiscais e de segurança social. Desta forma, a entidade azul e branca conseguirá manter a suspensão da pena de proibição de participação nas competições europeias durante uma época, que foi imposta pela UEFA após incumprimentos ocorridos em setembro e dezembro de 2023.
Para uma melhor compreensão, após o incumprimento já mencionado dos controlos trimestrais do ano anterior, a SAD irá cumprir com os quatro controlos previstos para 2024. Além do que se aproxima em dezembro, a missão foi igualmente cumprida nos controlos de março, junho e setembro deste ano. Este aspecto é crucial na gestão da equipa de André Villas-Boas, que conta com Pereira da Costa como o responsável pelas finanças, uma vez que a solvabilidade será o critério que determinará se a suspensão se manterá ou não num futuro próximo.
Com a concretização do negócio da Ithaka e o refinanciamento da dívida, que se cifra em 115 milhões de euros, assim como outros negócios, como o recente empréstimo obrigacionista que totalizou 21 milhões de euros, o controlo de dezembro está garantido, assim como a certeza de que a pena suspensa não será aplicada.
Janeiro sem pressão
Com a pressão da UEFA a diminuir, a SAD vê também a pressão para realizar uma grande venda em janeiro a diminuir, ao contrário do que aconteceu há não muito tempo, com a obrigatoriedade de vender Luis Díaz ao Liverpool num momento crucial da época. Desta vez, este cenário não se irá concretizar, pelo que os principais jogadores sob o comando de Vítor Bruno estarão seguros durante o primeiro mês de 2025. No entanto, a situação poderá ser diferente no verão…
Capitais próprios com margem
No final deste ano, a UEFA também realizará o controlo sobre os capitais próprios dos clubes e, a este respeito, a possibilidade de o FC Porto entrar já em terreno positivo está afastada. Lembre-se que os dragões encerraram o exercício de 2023/24, no final de junho, com 113,7 milhões de euros de capitais próprios negativos, ao contrário do que o ex-presidente Pinto da Costa previa.
Este é um parâmetro que provoca um maior desconforto na administração, no entanto, embora a UEFA exija que os capitais próprios se situem em terreno positivo, os seus regulamentos também preveem que, em caso de situações negativas, os clubes possam recuperar de ano para ano com um mínimo de 10 por cento. Com base nas operações financeiras conhecidas, espera-se que os capitais próprios cumpram este limite mínimo, embora mesmo assim não se considere um alarme excessivo, uma vez que em caso de incumprimento, os clubes têm até 31 de março do ano seguinte para corrigir as situações.
Assim, há margem para a SAD melhorar esta situação em particular, sem que isso comprometa a participação nas competições da UEFA. Este cenário, como descrito na peça ao lado, está totalmente afastado, já que os azuis e brancos cumpriram com o parâmetro de solvabilidade. Embora haja trabalho a ser feito, também se notam sinais de uma desejada recuperação financeira.