Promessa no Milan, Rodrigo Ely chegou a defender Itália e Brasil na base e se encontrou no Alavés | OneFootball

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Trivela

·30 de julho de 2021

Promessa no Milan, Rodrigo Ely chegou a defender Itália e Brasil na base e se encontrou no Alavés

Imagem do artigo:Promessa no Milan, Rodrigo Ely chegou a defender Itália e Brasil na base e se encontrou no Alavés

Rodrigo Ely surgiu como promessa no futebol brasileiro e foi muito cedo para a Itália. Com a nacionalidade do país, o zagueiro, nascido em Lajeado, no Rio Grande do Sul, foi para o futebol italiano ainda adolescente. Em entrevista à Betway, ele contou como foi o início no Milan, que o contratou, os empréstimos a times menores, a escolha de defender Itália e Brasil e também sobre o Alavés, clube que defendeu nas últimas quatro temporadas. Ele deu a entrevista quando ainda parecia mais provável continuar no clube, mas o jogador, de 27 anos, acabou ficando sem contrato neste mês de julho e ainda não tem destino definido.

Como marcar Messi? Rodrigo Ely dá a dica: “Faz o sinal da cruz e torce para ele chutar para fora”, brinca, rindo. “Tem que trabalhar em equipe, porque individualmente é muito difícil. É um cara muito habilidoso. É complicado. Nessa liga tem grandíssimos jogadores, Messi, Suárez, Cristiano Ronaldo passou aqui, Benzema… Não só jogadores individualmente, mas times incríveis”.


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Ele foi perguntado sobre Deyverson, jogador que passou pelo Alavés recentemente, emprestado, antes de voltar ao Brasil. “Deyverson é uma figura. Ele vive muito a coisa, ele vive muito o jogo, então ele chega com a adrenalina lá em cima e às vezes acaba fazendo coisa que até ele depois diz ‘não sei por que eu fiz’. É uma pessoa que tem um coração incrível e demos muita risada com ele aqui durante o ano, ele cantando, dançando. É uma pessoa que faz muito bem para o vestiário”.

O zagueiro contou como é estar no Alavés, clube que defende há quatro anos. “É um clube familiar, um clube humilde, mas é um clube com pessoas incríveis aqui no dia a dia. Uma torcida maravilhosa, um estádio que tem um ambiente fantástico. Não é dos maiores, mas tem um ambiente que é um dos melhores de jogar com a torcida”, conta.

“Em termos de estrutura, o clube vem evoluindo muito nos últimos anos, já são seis anos na primeira divisão, estrutura de centro de treinamento foi evoluindo bastante, melhorando as instalações. Acho que quanto mais tempo o clube passar na primeira divisão vai continuar crescendo e melhorando e brigar cada vez por coisas melhores, não só por permanecer na primeira divisão.

Ele comentou sobre a temporada 2020/21 do Alavés, que terminou em 15º e sentia que poderia ter feito mais. “Foi um ano complicado e o principal desse ano foi o coronavírus, sem gente no estádio, querendo ou não isso afeta o rendimento da equipe, porque em casa nós éramos muito fortes. Teve muita troca de treinadores, então, óbvio, queríamos ter chegado mais em cima, mas no fim das contas, era um ano importante para conseguir o objetivo, que era o ano de centenário do clube, queríamos dar esse passo, mas devido às circunstâncias que foram acontecendo, as coisas não foram da maneira esperada. Então acho que foi fundamental a permanência [na primeira divisão]”.

Início de carreira

“Comecei no Grêmio, fomos disputar um torneio, um torneio em Votorantim, que é sub-15, ganhamos o torneio, eu me destaquei, teve interesse de alguns clubes da Europa, então, quando surgiu a oportunidade, mesmo sendo jovem, eu pensei: às vezes o trem passa uma vez só na nossa vida e não sabemos quando é o momento certo ou não, eu achei que foi o momento certo e era um sonho sendo realizado, tão jovem”, comentou.

“Eu lembro a primeira vez que eu cheguei, tinha 16 anos. Eu fui treinar e olhei para um lado, tinha Beckham, do outro lado, tinha Ibrahimovic. Inzaghi, Ambrosini, Seedorf, Pirlo, Nesta, Thiago Silva, fiquei até meio assim, né (risos)”, contou.

Embora tenha sido contratado pelo Milan, ele pouco jogou pelo rossonero. Foi emprestado a clubes menores para ganhar experiência. Jogou por Reggina, Varese e Avellino. “Tinha feito 17 anos no meu primeiro empréstimo. Não é algo normal, é algo um pouco raro, mas eu sempre fui um pouco acelerado, sempre quis que as coisas acontecessem pra ontem, tomei essa decisão e foi uma experiência incrível, poder jogar com jogadores de 30, 35 anos, lutar contra o rebaixamento, algo que quando você tá nas categorias de base isso não existe, então te dá experiência disputar para subir para primeira divisão. São experiências que são muito importantes na vida de um atleta”, afirmou o jogador.

Seleção de base: Itália x Brasil

“Eu já tinha vestido a camisa da seleção italiana de base, sub-19 e sub-20, mas quando eu tive essa oportunidade de vestir a camisa da seleção brasileira, o coração falou mais forte. Nasci no Brasil, sou brasileiro, minha família vive no Brasil, meus pais… Foi incrível. Lembro a primeira vez que me ligaram dizendo que eu ia para a Seleção, eu chorei, chorei de emoção porque todo jogador tem o desejo de vestir a camisa da seleção brasileira, mesmo que a Olímpica, foi um prazer incrível. Tinha jogadores que agora estão fazendo a diferença há anos em grandes clubes”, contou.

A chegada ao Alavés

Rodrigo Ely foi contratado inicialmente por empréstimo pelo Alavés, em janeiro de 2017. Agradou nos primeiros meses de clube e foi contratado em definitivo pelos espanhóis, que pagaram € 2,8 milhões ao Milan para assinar com ele.

“Eu era muito novo no Milan e eu não tinha a paciência de esperar. Comecei jogando, talvez não tive as atuações que eu queria, mas eu era muito jovem, talvez não estivesse pronto para aquela responsabilidade de jogar pelo Milan naquele momento. Eu não tive a paciência de esperar chegar o meu momento mais à frente, porque eu queria jogar”, disse o jogador.

“O futebol espanhol sempre me atraiu muito porque é uma liga bonita de ver jogar, outros grandes jogadores estão aqui. Em um clube que tinha uma ambição muito grande e encaixou meu perfil, tanto que eu vim aqui, joguei, jogamos uma final de Copa, e foi algo muito bonito, tanto que eu tive depois a oportunidade de voltar para cá e disse que era para cá que eu queria vir. Minha família se sentiu bem aqui, é um clube muito familiar, me sinto bem aqui, então aqui me sinto em casa”.

O diretor de futebol do Alavés, Sergio Fernández, disse que é “muito difícil” renovar com Rodrigo Ely. Fez elogios ao brasileiro, descrevendo como um jogador exemplar, mas disse que o clube precisa baixar a massa salarial e, por isso, estava difícil renovar com o jogador. Com isso, Rodrigo Ely fica livre no mercado e precisa achar outro destino. Já foi especulado no Internacional, rival do seu clube de formação.

Com 1,88 metro de altura, ele viveu uma temporada se recuperando de lesão. Teve um rompimento do ligamento cruzado anterior, o que o afastou do final de temporada. Foram apenas oito partidas em toda temporada 2020/21, com um gol marcado. Sua última partida foi no dia 20 de dezembro, quando se machucou.

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