Puxão de orelha em atacante, por que Bernabei não jogava e personalidade do Gabriel Carvalho
Este navegador não é compatível. Use um navegador diferente ou instale o aplicativo
Resumo do que disse o presidente Barcellos, em entrevista na Rádio Bandeirantes:
O episódio das enchentes atrapalhou o Inter. Manteve a comissão técnica, montou uma equipe para ser protagonista, com dois jogadores para cada posição. Não tinha mais nada para fazer além do que fizeram. Foi a enchente que prejudicou.
No ano passado, pensando em ganhar a Libertadores, deixaram de vender até R$ 50 milhões em jogadores. E foi bom porque pegaram 20% a mais na venda do Maurício nesta temporada.
Por tudo que aconteceu no primeiro semestre, tiveram que vender jogadores e reduzir custo. O fora do campo do Inter será muito difícil no final desse ano.
Projetando 2025, precisam começar de maneira diferente a temporada.
As críticas ao Inter trocar muito de treinador são injustas. Motivo? Tem que olhar a realidade do futebol brasileiro. Mostrou números que vários clubes do Brasil trocaram tantos técnicos quanto o Inter. Só o Palmeiras e o Fortaleza mantiveram e porque estavam ganhando.
Não tem como prever se daria para trocar o Coudet antes. Será que o Roger sairia se fosse antes? Será que daria para contratar um treinador português sem nem ter onde treinar e jogando fora do Beira-Rio?
Pelo fato do Grêmio poder ser octa, o Gauchão do próximo ano é importante. É relevante. São os fatos da cultura do nosso estado. Não é contra o estadual, mas precisa ter um calendário mais espaçoso. Tem que encaixar melhor um Campeonato Gaúcho que não atrapalhe a Libertadores, pro exemplo.
Foi o Coudet quem subiu o Gabriel Carvalho, com 16 anos. Depois que ele não jogou contra o Vitória, a direção conversou com o argentino sobre isso, mas o momento não era bom e vários são os jogadores que se queimam em momentos assim. Hoje, conhecendo o Gabriel, até acha que ele não sentiria, mas só sabem isso agora, que o conhecem mais.
Ricardo Mathias esteve no profissional e voltou para a base porque não estava se empenhando. Tomou um puxão de orelha e foi importante.
Bernabei não jogava com o Coudet por alguns fatores: ele gostava de fazer a saída com três defensores e o Renê fazia a saída de bola pela esquerda. Além disso, o Bustos era o ala ofensivo, que jogava espetado. Pra fechar, os dois laterais eram baixinhos (com menos de 1,65cm) e não iria jogar com ambos baixos.
Roger foi muito inteligente ao fazer a marcação sob pressão. O Coudet se manteve muito tempo aqui por conta disso. A torcida gosta disso.
Depois que o Inter voltou a treinar no CT Parque Gigante, não perdeu nenhuma partida. Isso mostra que fez diferença. O Beira-Rio fez diferença, mas nem tanto quanto a estrutura do CT. O Roger encaixou tudo e fez a retomada ser mais rápida.
O Inter não tem o mesmo dinheiro que os outros clubes. Só vai ganhar se contratar melhor, para não errar. E, ao mesmo tempo, ter uma base que alimente mais o time principal.
O Inter, nos últimos 15 anos, reduziu drasticamente a venda de jogadores da base. Motivo? O trabalho na base era ruim. E as vendas eram zagueiros e volantes. Agora, já começam a ter jogadores como Gabriel Carvalho, Yago Noal, Ricardo Mathias e Gustavo Prado. Jogadores do meio pra frente.
Relembrou que o Moisés e o Jhonny eram vaiados no Beira-Rio e deram a volta por cima. Acredita que Valencia e Alario irão fazer o mesmo.
O trabalho psicológico é novo no futebol. Poucos clubes evoluíram nisso. Estão com um trabalho andando agora no vestiário e já ajudou.
Sobre Valencia, não há nada além de futebol. É meramente técnico. Por tudo que já fez na carreira, existe uma expectativa positiva com ele. Relembrou que esteve na Turquia e lá ele era ídolo.
O torcedor sabe que as coisas estão mais perto de acontecer agora do que estavam há alguns anos.
Acha que não é o momento de SAF. O Internacional terá que aprofundar o debate. Estão buscando alternativas de debentures e com uma empresa, que já entregou o trabalho e entregou a consultoria, de um plano de ação que irá aumentar a receita do clube.
O Inter fatura cerca de R$ 400 milhões e precisa vender R$ 135 milhões em jogadores. Ou seja, se não vender, não paga as contas. Chegou a dizer que o Inter vende jogador para pagar a conta de luz do Beira-Rio.
Existe uma conversa para que seja feita uma Liga única, com a união de Libra e Liga Forte.