Portal dos Dragões
·12 de dezembro de 2025
Qual seria o vosso escolhido para a posição 6 no FC Porto: Alan Varela ou Pablo Rosario?

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·12 de dezembro de 2025

O FC Porto somou mais uma vitória na Europa League ao vencer o Malmö por 2-1 no Estádio do Dragão. À partida, considerava-se que a formação sueca seria o opositor mais acessível para os dragões, devido aos maus resultados na última época, à recente alteração de treinador e à ausência de competição nas duas semanas anteriores. Contudo, a organização defensiva do Malmö contrariou essa perceção até aos dois golos dos azuis e brancos.
Para esta partida, Francesco Farioli optou por alinhar Pablo Rosario como número 6, em detrimento de Alan Varela, que tinha completado os 90 minutos contra o Tondela. O médio dominicano esteve em bom plano, preenchendo o terreno tanto na circulação de bola como nas tarefas defensivas.
Sem posse, o Malmö apresentou-se num 4-3-3 que por vezes passou a 4-4-2, com os extremos Adrian Skogmar ou Sead Haksabanovic a juntarem-se a Salifou Soumah para condicionar a saída de bola dos centrais do FC Porto e a influência de Pablo Rosario. Antecipando a habitual pressão alta dos portistas, o adversário igualou a intensidade nos primeiros 30 minutos e criou alguns sobressaltos na área portista, recuperando bolas em zonas perigosas. Na fase inicial, os suecos colocaram cinco jogadores para limitar a construção portista. Ainda assim, à exceção de um passe mais arriscado de Jakub Kiwior, Pablo Rosario respondeu bem à pressão, oferecendo sempre uma opção segura.
Como tem sido comum contra o FC Porto, os adversários tendem a fechar o corredor central – algo já visto, por exemplo, frente ao Gil Vicente de César Peixoto na 2.ª jornada da Primeira Liga – e o Malmö não fugiu a esse padrão. A diferença em relação a encontros anteriores residiu, porém, na tranquilidade com que Pablo Rosario recebeu a bola e na clareza nas suas decisões. Em várias ocasiões enfrentou triângulos de pressão (2+1 ou 1+2) sem perder a compostura. Mais do que noutros jogos, notou-se o FC Porto, sobretudo através de Jan Bednarek ou Jakub Kiwior – principais lançadores do jogo portista e responsáveis por escolher o momento de atacar – a arriscar passes verticais que encontraram em Pablo Rosario um elemento capaz de resistir, rodar, ligar e acelerar a manobra ofensiva.
A partir dessa base, o médio distribuiu passes laterais para Francisco Moura ou Alberto Costa, que ofereciam apoios curtos devido às subidas interiores dos laterais na ideia de Francesco Farioli. Combinou bem com Rodrigo Mora, também em bom plano, iniciou as incursões de Samu e Victor Froholdt e serviu os extremos Borja Sainz e Pepê com passes medidos.
Comparado com Alan Varela, Pablo Rosario mostra maior segurança a receber de costas e a gerir pressão adversária. Se analisarmos as aparições de Alan Varela a 6 esta época, percebemos que, quando as equipas começaram a fechar mais o corredor central e a condicionar os seus movimentos, o médio argentino perdeu influência. Parece que, deliberadamente, o treinador dos dragões procurou poupar Varela dessas situações, evitando colocá-lo tantas vezes a receber desse modo. Na época passada, com Martín Anselmi, víamos um Alan Varela mais desconfortável nessas circunstâncias; Francesco Farioli tem gerido esse aspeto com mais sensibilidade. Por exemplo, no encontro com o Tondela, Varela lateralizou com maior frequência para a direita, recebendo o jogo de frente e evitando exposição excessiva à pressão. Trata-se de uma nuance táctica discreta, mas que amplia as soluções na saída de bola do FC Porto e aumenta a confiança do jogador com a posse.
No geral, nota-se maior predisposição dos jogadores do FC Porto para passar por Pablo Rosario, porque confiam na sua capacidade de ligar o jogo e de enfrentar a pressão em comparação com Alan Varela. Em compensação, sem bola, Alan Varela continua a oferecer vantagens importantes: é mais leve e eficiente nas transições defensivas. O médio dominicano, por seu turno, é fisicamente mais pesado e reage mais lentamente nessas situações, embora tenha demonstrado boa capacidade de antecipação e recuperação contra o Malmö. Além disso, o médio argentino percebe melhor quando cair entre os centrais para formar a linha de cinco habitual de Francesco Farioli quando o Porto baixa no terreno, ou quando deve ocupar rapidamente a posição 6.
Outro ponto a favor de Pablo Rosario é a sua versatilidade. Tendo trabalhado anteriormente com o treinador italiano no Nice e conhecendo bem as suas exigências, adapta-se com facilidade a diferentes funções. Esta época já atuou como defesa-central, médio interior, médio defensivo e até como lateral, como na vitória frente ao Rio Ave.









































