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·29 de junho de 2025

🗓 Redes repercutem 'cutucada' a atletas sobre calendário

Imagem do artigo:🗓 Redes repercutem 'cutucada' a atletas sobre calendário

Em meio ao debate sobre o calendário, cada vez mais extenso no futebol europeu, especialmente após as críticas de Raphinha e Jürgen Klopp, as redes sociais repercutiram uma declaração atribuída ao ex-CEO do Bayern de Munique, Karl–Heinz Rummenigge.

Em fevereiro de 2025, o ex-jogador – hoje membro do conselho do gigante alemão – disse que não compreendia as reclamações de jogadores e treinadores sobre a carga de trabalho excessiva, por conta do calendário extenso.


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"Nossos jogadores deveriam parar de reclamar! Todas as negociações de contrato que presencio conosco só vão em uma direção: cada vez mais alto, cada vez mais longe, cada vez mais rápido. Mas todo esse dinheiro tem que vir de algum lugar“, disse Rummenigge em uma entrevista ao SPORT BILD.

”É como se fosse outro milagre do mundo o fato de a DFL ter conseguido manter seu status de receita de TV e até mesmo melhorá-lo em 2%. Mas os jogadores e seus agentes estão exigindo mais, portanto não se trata apenas de 2%. O dinheiro terá de vir de outras competições, como a nova Copa do Mundo de Clubes no verão [europeu]. Essa é a armadilha que os jogadores criaram para si mesmos", afirmou Rummenigge.

A declaração que circulou amplamente nas redes, no entanto, é um pouco diferente, e não foi encontrada em nenhum veículo de mídia oficial – pelo menos, até agora.

“Entendo a frustração deles, mas os jogadores e seus agentes tiveram um papel nisso. Ao exigir salários mais altos constantemente, pressionaram os clubes a buscarem receitas maiores. E de onde vem esse dinheiro? De mais jogos”.

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A verdade é que o X viu gente concordando, com alguns usuários também defendendo os jogadores.

E você, de que lado fica nessa história?

Quantos jogos seriam o 'ideal'?

O debate sobre o calendário leva a uma pergunta: o que a ciência diz sobre um "limite" de jogos? No sentido, claro, de manter a saúde (física e mental dos atletas), para que possam entregar um espetáculo.

Um relatório de 2023 da FIFPro, a Federação Internacional dos Jogadores de Futebol Profissional – organização que representa mais de 60 mil jogadores de futebol profissional no mundo todo –, cerca de 55% dos jogadores de elite disputaram mais de 60 partidas oficiais por temporada (clubes, mais seleções).

E este número pode ser, sim, considerado alto. De acordo com a FIFPro, em estudo em conjunto com especialistas em ciência esportiva, algo em torno de 45 a 50 jogos, por ano, seria o limite saudável para performance e recuperação.

Na entrevista dada ao SPORT BILD, Rummenigge sugeriu algumas maneiras de interromper a escalada dos custos no futebol europeu, que estaria ligada ao aumento do calendário.

"Na Europa, precisamos de um teto absoluto nos custos do elenco, como nas ligas profissionais dos EUA [para salários, transferências, honorários de agentes (nota do editor)]. Ou um teto para os salários dos jogadores", disse o dirigente.

"No final das contas, um teto salarial provavelmente seria melhor para o ambiente de trabalho interno, nem que seja para conter o fator inveja no vestiário. Porque se um jogador recebe um salário insano, você só pode pagar muito menos a todos os outros. Além disso, se um jogador do FC Bayern ganhasse ‘apenas’ 15 milhões de euros por ano em vez de 20 milhões, ainda acho que é uma quantia insana de dinheiro", completou.


📸 FREDERIC J. BROWN - AFP or licensors