Renato Gaúcho prega respeito ao Chelsea, mas destaca: 'Viemos fazer história' | OneFootball

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·07 de julho de 2025

Renato Gaúcho prega respeito ao Chelsea, mas destaca: 'Viemos fazer história'

Imagem do artigo:Renato Gaúcho prega respeito ao Chelsea, mas destaca: 'Viemos fazer história'

Na véspera do confronto contra o Chelsea, na semifinal do Mundial de Clubes, Renato Gaúcho concedeu entrevista coletiva para falar sobre o confronto. Comandante do único clube brasileiro vivo na disputa, o treinador exaltou a confiança no trabalho e almejou objetivos ainda maiores.

"Nós viemos para fazer história. Desde o início eu falei, a gente precisa acreditar na gente, a gente precisa acreditar no nosso trabalho, vamos sempre respeitar nossos adversários, são poderosos, financeiramente eles são bem melhores do que a gente, agora o futebol é decidido dentro do campo. Sempre respeitando o adversário, o que mais tem me deixado satisfeito no meu grupo são as atitudes, a entrega deles dentro do campo e os resultados estão aí", enalteceu o técnico.


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Depois de passar por Internazionale nas oitavas e Al Hilal nas quartas, Renato reforça que não há limites para o Fluminense. O treinador destacou a força do Chelsea, que eliminou o Palmeiras, mas valorizou a trajetória do Flu até aqui.

"Não viemos só para participar, mas para vencer. Tão deixando, degrau a degrau, estamos em uma semifinal, e muitos não acreditavam na gente. Estou feliz por tudo, pelo meu grupo, torcida... Tenho que viver esse momento, meu grupo também. Temos que continuar fazendo história. Já fizemos até aqui? Sim. Estamos felizes? Sim. Representando bem o nosso clube? Sim. Mas queremos mais", reforçou Renato.

"Respeitamos muito o Chelsea, tem um grande time, não à toa está em uma semifinal também, terá sempre nosso respeito. Mas o nosso objetivo é fazermos a final. Temos adversários poderosos e vamos ver o que vai dar no final", completou.

Renato Gaúcho surpreendeu a Internazionale com o esquema com três zagueiros e manteve a estratégia contra o Al Hilal. O treinador reforçou que se adapta ao adversário para encontrar um antídoto para se defender.

"Depende muito do estilo de jogo também do adversário, depende dos atacantes que eles têm em campo, depende da maneira que eu coloco o meu time em campo, porque muitas vezes quando você joga com três zagueiros, o adversário também tem dois atacantes. Então sempre fica na sobra e é importante que os outros dois saem na caça, porque não adianta no momento que um atacante sai do adversário sempre para receber essa bola. Se o meu zagueiro não sair com ele, ele vai receber essa bola, vai virar e aí vai com certeza vai trazer problemas para a gente", explicou Renato.

"Então muitas vezes é essencial isso. No momento que você tem esse esquema contra os zagueiros, é natural que um dos zagueiros do lado saio na caça, justamente porque ele sabe que tem a sobra do libero. Então por isso que eu falo, depende muito também do esquema do adversário e eu tenho visto também exatamente isso nessa Copa do Mundo, duelos individuais. Eles são jogadores com uma capacidade muito alta que você tem que evitar o máximo de dar espaço para eles, para que eles possam pensar", completou.

O Fluminense entra em campo nesta terça-feira, às 16h (de Brasília) para encarar o Chelsea por uma vaga na semifinal.

Veja outras respostas de Renato:

  1. Poder financeiro

"Eu não gosto de falar dos outros clubes brasileiros (que eram melhores), eu gosto de valorizar o meu grupo, acho que foi com muita competência que nós chegamos, com muito trabalho, muita humildade e, acima de tudo, acreditando na gente. Desde o início eu falei pra eles que era uma oportunidade, que muitos treinadores gostariam de estar no meu lugar, muitos jogadores gostariam de estar no lugar deles, então a gente tem que viver esse momento aqui. A gente não sabe quando a gente vai ter um outro momento desse, então é importante a entrega, o foco no trabalho, nos treinamentos, nos jogos, porque nós vamos enfrentar equipes superiores a gente, jogadores muito diferenciados. Se perder a atenção, voltaríamos logo para o Brasil. Então essa concentração foi fundamental, eles estão conscientes disso, por isso que hoje o Fluminense é o semifinalista dessa Copa do Mundo. Quando eu falo que é o "patinho feio", com todo o respeito a todos os outros clubes, eu falo em termos financeiros, porque a gente tem que viver a realidade".

  1. Parte tática

"Aí depende do ponto de vista de cada um. Alguns enxergavam, alguns não queriam enxergar e alguns enxergavam, mas não queriam elogiar. Aí eu respeito a opinião de cada um, e cada um tem que saber seu patamar, onde se encaixam nesses três que eu falei. Eu não conquistei vários títulos como treinador comprando os títulos, mas trabalhando. No Grêmio mesmo teve ano que eu implementei três ou quatro esquemas de jogo que deram certo. Nessa Copa do Mundo mudei o esquema duas vezes e deu certo. Estamos conseguindo os resultados em função do nosso trabalho".

No momento em que assisto aos jogos, estudo o meu próximo adversário e preparo eles na parte tática, e faço com que eles façam o que é pedido, acho que isso é memorável. É um treinador que enxerga o jogo. Muita gente gosta de criticar, de falar de parte tática, mas a pergunta que faço é: quantos de vocês entendem de parte tática para criticar os treinadores? Será que vocês entendem tanto assim de tática? Será que entendem mais que um treinador? A gente convive com os jogadores quase 24 horas por dia. Essa pergunta vocês têm que fazer também porque é muito fácil criticar. Quando sai uma escalação vocês têm que dar uma opinião antes de começar o jogo. "Ah, não vai dar certo por isso". Porque é muito fácil ser engenheiro de obra pronta. Terminou o jogo e ganhou, "ele acertou na escalação, o esquema foi muito bom". Perdeu o jogo, "errou no esquema, escalou mal". Aí fica muito fácil. Será que se pegarmos alguns de vocês e uns quatro ou cinco treinadores, ao vivo, e discutir parte tática e nós, treinadores, perguntarmos a vocês sobre tática... Vocês se garantem?"

  1. Estudo sobre o Chelsea

"Sem dúvida alguma eles têm o ataque muito poderoso. E, em tese, todo o time deles é muito bom, mas eu destaco o ataque deles. Dois atacantes muito rápidos pelos lados de 1x1 que eu gosto muito, tem o João Pedro que é um grande atacante, um meia que pensa muito o jogo. O ataque é muito poderoso. Eles têm muita velocidade e qualidade com a bola nos pés".

"Procurei analisar bem a equipe do Chelsea, não foi uma vez só, mas umas três ou quatro vezes. Conversei com meu grupo, os preparei taticamente para que a gente possa neutralizar as principais jogadas do Chelsea, que não são fáceis de serem neutralizadas. A gente sempre procura tirar as jogadas principais do adversário, mas com a bola a gente vai jogar. É o que temos feito nesse Mundial. Eu não posso tirar, de maneira alguma, a confiança que eu passo para o meu grupo. Gosto da posse de bola, que meus jogadores sejam objetivos. A gente vai respeitar o Chelsea, mas podem ter certeza que a gente vai jogar. É o que temos feito nessa Copa do Mundo".

"Em relação ao esquema que vou colocar em campo amanhã vocês vão ver no momento. Estou conversando com meu grupo, com os líderes, e achamos que foi a melhor forma para neutralizar essas jogadas do Chelsea".

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