Renato Gaúcho revela bastidores táticos da vitória, defende uso de três volantes e explica “risco calculado” contra o Bahia | OneFootball

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·11 de setembro de 2025

Renato Gaúcho revela bastidores táticos da vitória, defende uso de três volantes e explica “risco calculado” contra o Bahia

Imagem do artigo:Renato Gaúcho revela bastidores táticos da vitória, defende uso de três volantes e explica “risco calculado” contra o Bahia

A vitória por 2 a 0 sobre o Bahia e a classificação para a semifinal da Copa do Brasil não foram apenas fruto do talento individual, mas de um minucioso plano tático, como revelado pelo técnico Renato Gaúcho. Em coletiva, o comandante tricolor detalhou a lógica por trás de suas escolhas, em especial a opção por iniciar a partida com três volantes, e o momento certo para o “risco calculado” que mudou o rumo do jogo.

Questionado sobre por que não optou por começar com Lucho, um meia mais ofensivo, em vez de manter os três volantes, Renato ofereceu uma aula de estratégia e gestão de grupo. “A pergunta é muito boa, mas eu vou te explicar”, começou o treinador. “Quando eu tenho alguma dúvida, eu converso sempre com três, quatro jogadores. É meu modo de trabalhar. Eu gosto de ouvir dos jogadores, dou a liberdade para que eles falem como se sentem melhores em campo, dentro de uma determinação da parte tática, com três volantes ou com um meio.”


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Três volantes: mais segurança, não menos ofensividade

Renato desafiou a percepção comum de que três volantes tornam o time defensivo. Ele argumentou que, na verdade, sua equipe se mostra mais ofensiva com esse esquema. “Eu costumo falar para vocês assim, mesmo quando a gente joga com três zagueiros, muita gente acha que o time está defensivo. Às vezes, com três volantes, você é mais ofensivo do que com dois, às vezes com três volantes, você é mais ofensivo do que com um meia. Depende da construção dos seus volantes”, explicou.

O técnico ressaltou as características de seus jogadores de meio-campo. “Os meus volantes jogam e marcam, marcam e jogam”, frisou. Como prova, ele citou o desempenho no jogo de ida. “Nós jogamos da mesma forma contra o Bahia em Salvador e fomos melhores que o Bahia lá. Nós cochilamos no final do jogo e tomamos o gol que não poderíamos ter tomado. Hoje nós não cochilamos, não tomamos o gol e dominamos o Bahia o tempo todo.”

A paciência e o “risco calculado” no intervalo

A decisão de não começar com Lucho foi pautada pela cautela e pela leitura do adversário. Renato sabia que o Bahia se postaria de forma defensiva. “Eu sabia que o Bahia ia se retrancar e ia jogar no 4-5-1 como eles costumam jogar. Isso tem jogadores velozes lá na frente e a gente não podia dar essa liberdade para eles”, ponderou.

A prioridade era a segurança, mesmo precisando reverter o placar. “O que não poderia acontecer é eu entrar com o Lucho e, de repente, tomar um gol do Bahia. Aí a coisa ia ficar feia para o nosso lado. Quando coloquei os três volantes, sabia que nós iríamos jogar, sabia que nós iríamos construir e nós iríamos ficar seguros lá atrás. Nós tínhamos 90 minutos para jogar”, afirmou.

O momento de “arriscar” foi planejado para o intervalo. A entrada de Lucho no lugar de Nonato foi uma mudança estratégica para aumentar a capacidade de construção e quebrar as linhas defensivas do adversário. “Eu falei para o meu grupo, na hora certa eu vou começar a arriscar. Então, nós começamos a arriscar no intervalo do jogo”, revelou o treinador, que viu sua equipe concretizar o domínio e balançar as redes.

Ao final, a decisão de Renato Gaúcho, baseada na segurança inicial e na mudança planejada, mostrou-se acertada, garantindo não apenas a vitória, mas também a demonstração da flexibilidade tática e da profundidade do elenco tricolor.

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