Jogada10
·18 de dezembro de 2024
In partnership with
Yahoo sportsJogada10
·18 de dezembro de 2024
Se efetuar a contratação de Renato Gaúcho, o Vasco estaria se munindo de um profissional que pode ajudar onde o clube mais tropeça: no Brasileirão de pontos corridos. Afinal, o comandante, que tem proposta em mãos para reassumir o clube pela primeira vez desde 2008, tem grandes campanhas recentes com o Grêmio, onde é ídolo máximo.
Vivendo uma reestruturação e no aguardo por um investidor para comprar parte de sua SAF, o Vasco ainda não conseguiu se habituar com o formato atual do Brasileirão. É, assim, apenas um dos três clubes grandes que ainda não venceram a competição desde a mudança do modelo, em 2003. Ao lado dele, apenas Inter e o próprio Grêmio.
Pelo Tricolor gaúcho, apesar de não conquistar o Brasileirão desde 1996, somou campanhas importantes, mantendo o clube nas posições cimeiras da tabela. Em nove temporadas (somando todas as quatro passagens), só terminou abaixo da décima colocação uma vez. Exatamente na última edição, em 2024 (ano das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul), terminando em 14º.
Destas nove, terminou no G-6 em sete oportunidades. Foram dois vice-campeonatos (2013 e 2023), quatro vezes quarto colocado (2010, 2017, 2018 e 2019) e uma em sexto: na edição de 2020, encerrada em 2021. A única vez em que terminou fora do G-6, à exceção da já citada edição de 2024, foi em 2016, quando terminou em nono. Naquele ano, porém, o Grêmio conquistou vaga na Libertadores através do título da Copa do Brasil.
Diferentemente de Renato Gaúcho, o Cruz-Maltino, para infortúnio da torcida, ainda não se habitou com o Brasileirão de pontos corridos. As únicas vezes que o Vasco superou a marca de 60% de aproveitamento no torneio foi em 2011, quando terminou vice-campeão. A segunda melhor campanha em rendimento desde a instauração dos pontos corridos foi em 2006. O técnico? Renato Gaúcho.
A equipe, porém, bateu na trave e não conseguiu a vaga para a Libertadores de 2007, com Renato saindo após eliminações na Copa do Brasil e Carioca. O próprio treinador voltou na reta final de 2008, sendo o comandante no primeiro rebaixamento da história do Gigante da Colina.
A tônica, afinal, segue parecida, com as campanhas de 2006, 2011, 2012 e 2017 sendo exceções do que se tornou regra: muitas brigas contra o rebaixamento. O Vasco possui campanha inferior a 40% de aproveitamento em oito das 17 vezes que disputou a Série A por pontos corridos. Abaixo da marca de 50%, mais seis vezes. Até em 2017, quando se classificou para a Libertadores terminando em sétimo, obteve aproveitamento de 49,1%.