RESSURREIÇÃO DO SÃO PAULO: Com ‘salvador’ Ferreirinha, Tricolor domina o Santos, vence a 1ª e deixa o Z4 do Brasileirão | OneFootball

Camisa 11 do Tricolor brilhou com mais um gol (Foto: Ricardo Moreira/Getty Images)

MARCIO MONTEIRO

@avantmtricolor

O São Paulo entrava cheio de problemas antes do clássico com o Santos na tarde deste domingo (20). Para começar, dormiu na zona de rebaixamento do Brasileirão. Além dos já sabidos desfalques, ganhou também Arboleda e Henrique do Carmo. Mas, inspirado pela Páscoa, conseguiu sua ressurreição ao vencer no Morumbi lotado por 2 a 1.

Com tantas preocupações, o Tricolor apostava em seu salvador em campo.Ferreirinha foi as redes mais uma vez, anotando seu quinto gol nos últimos quatro jogos, abrindo o caminho para a primeira vitória no torneio, que levou o time aos 7 pontos na tabela, momentaneamente na 10ª colocação.

André Silva, o substituto do lesionado Calleri, também foi destaque. Serviu Ferreira no primeiro gol e completou o passe de Alves no segundo, ainda no 1º tempo, em que o Santos chegou a diminuir em cobrança de pênalti de Tiquinho Soares.

O São Paulo soube se defender bem na segunda etapa e apostou em alguns contra-ataques, mas o mais importante, não se abateu o suficiente com o gol sofrido para deixar o campo novamente sem vitória. Ela, enfim, veio.

O SALVADOR FERREIRINHA

O San-São começou parelho, com as duas equipes buscando o ataque. Mas o Tricolor tinha um iluminado em campo. Com 9 minutos, Ferreirinha avançou pelo meio, tocou para André Silva na ponta esquerda, que devolveu em cruzamento rasteiro na área.

Como um típico centroavante, Ferreirinha apareceu por trás da marcação e empurrou para as redes, marcando seu quinto gol pelo São Paulo nos últimos quatro jogos.

Como esperado, o rival do litoral se lançou mais ao ataque e apertou a marcação. O São Paulo, porém, não se abalou. Seguiu apostando em seus pontas Ferreiras nas brechas defensivas santistas.

OLHA O CAMISA 10 AÍ!

E não demorou muito para o Tricolor ampliar. O habilidoso Alves recebeu pela direita, disparou ao ataque e deu passe milimétrico na área para André Silva. Após ser garçom no primeiro gol, o atacante agora completou bem para fazer 2 a 0 no placar, ainda com 22 minutos de partida.

No instante seguinte, Ferreira avançou pela ponta direita, entrou driblando na área e cruzou para trás, mas a zaga santista cortou para escanteio. O Morumbi incendiava cada vez mais.

O São Paulo jogava fácil, como há muito tempo não se via. Aos 33’, novo contra-ataque puxado pela molecada. Lucas Ferreira disparou pelo meio e acionou a referência André Silva, que disparou forte de esquerda, para defesa de Brazão para escanteio.

PÊNALTI PRA ELES

Já nos instantes finais, o senhor Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti absurdo na área são-paulina. Enzo Díaz subiu para disputar bola aérea com Leo Godoy, obviamente com os braços abertos.

A bola tocou no lateral tricolor, que nem viu direito o lance. Pênalti anotado com muitas reclamações. Tiquinho Soares foi para a batida e cobrou forte, indefensável para Rafael, diminuindo o placar já nos acréscimos da 1ª etapa. A regra, no entanto, recomenda a marcação da infração nessas situações de jogo.

O Santos ainda assustou em bola parada, pouco antes do apito final para o intervalo. O Tricolor levou um balde de água fria nos últimos minutos. O técnico Luis Zubeldía não gostou nada da marcação da penalidade e foi tirar satisfação com Wilton ainda no gramado. Resultado, mais um cartão amarelo para o treinador argentino.

E NÃO FOI PÊNALTI PRA NÓS?

A etapa complementar começou truncada, e o primeiro lance perigoso foi do rival. Tiquinho recebeu na entrada da área e disparou forte, mas a bola passou à esquerda do goleiro Rafael. O Tricolor tentava algumas bolas esticadas, sem sucesso. A boa chance veio em jogada de André Silva com Alves, que parou nas mãos do goleiro. Teve ainda reclamação de pênalti de Brazão sobre o jovem meia são-paulino.

O time precisava de mexidas, e elas vieram. Mas não do jeito que a torcida queria. Os garotos Alves e Lucas Ferreira saíram, para entradas de Bobadilla e Ferraresi, fechando bastante a equipe após as mudanças do Santos em busca do gol de empate.

Pouco depois, Zubeldía faria mais uma alteração, promovendo a estreia do jovem Lucca, no lugar de Ferreirinha na ponta esquerda. Porém, o camisa 11 falou com o técnico, que brecou a substituição.

No fim, fez duas mexidas, colocando Igor Vinícius e Rodriguinho. O São Paulo se segurou nos minutos derradeiros e enfim presentou os mais de 50 mil tricolores no Morumbi com a primeira vitória no Brasileirão. Para isso, o milagreiro Rafael precisou aparecer novamente em defesa absurda realizada em bola de cabeça no canto, aos 48'.