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·09 de abril de 2025

‘Resultadista’, Botafogo evita catástrofe e testa paciência do público

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Dizem os profetas do futebol que a ardilosa Libertadores não se joga, se vence. É claro que, com desempenho, o triunfo fica mais próximo. É uma questão aritmética. No entanto, a Copa reserva armadilhas e nuances que a lógica não dá conta. É aquela famosa aura que complica tudo. Atual campeão continental e com R$ 500 milhões de investimento, o Botafogo flertou com um fiasco retumbante diante do Carabobo, nesta terça-feira (8), no Estádio Nilton Santos. Até os 42 minutos do segundo tempo, o score acusava um intrincado 0 a 0 para as pretensões do Mais Tradicional. Se o placar permanecesse inalterado, a torcida alvinegra estaria quebrando a cabeça para encontrar uma combinação matemática pela classificação. Provavelmente como segundo lugar do Grupo A, avançando em algum critério de desempate. Sem contar o desespero daqueles que ficariam batendo a fuça contra a parede.

Não há mais Carabobos e tontos no esporte bretão? O time venezuelano veio ao Engenho de Dentro com uma proposta defensiva clara e quase aproveita as brechas deixadas pela equipe da casa. Para o Botafogo, os três pontos eram inegociáveis. Estão, agora, na conta. O Glorioso, porém, com desempenho abaixo da crítica nesta Copa Libertadores, escapou de ser a chacota da noite. “Resultadista”, o Alvinegro evitou uma verdadeira catástrofe.


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Tacada de sinuca

O empate seria, de fato, uma tragédia esportiva no Colosso do Subúrbio. Ainda por cima, com a equipe não se apresentando bem diante do “fiel da balança” da chave. A possibilidade de eliminação precoce pairando no ar. Agonia. Ou um sinal de “oi, sumido” para o mata-mata da Sul-Americana, apesar de sempre aparecer um otimista de plantão e lembrar que, em 2024, nas primeiras duas rodadas da fase de grupos, o Botafogo de Artur Jorge não tinha nenhum ponto na tabela.

Estas incertezas se dissiparam, contudo, quando De Paula assumiu a bronca, pegou a bola e, com uma tacada de sinuca, rompeu os cordéis da cidadela venezuelana. Com a peleja nas mãos, Martins empunhou a faca e decretou o 2 a 0. O técnico Renato Paiva, que, na jornada anterior, havia levado um nó tático da Universidad de Chile, desta vez, ganhou o jogo com as mudanças ao lançar os dois renegados na etapa final. “Nada como um tempo após um contratempo”, ensinava Julinho da Adelaide, pseudônimo de Chico Buarque nos Anos de Chumbo.

Ansiedade x paciência

Aproveite a referência musical, caro internauta, e coloque Lenine na vitrola. “Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Até quando o corpo pede um pouco mais de alma. A vida não para. Enquanto o tempo acelera e pede pressa. Eu me recuso, faço hora, vou na valsa”. O nome da canção é “Paciência”, a palavra-chave que define o contexto da vitória do Botafogo sobre o Carabobo. Ou a falta dela durante 87 minutos. Mastriani e Santi eram claros exemplos de ansiedade por conta de finalizações desastrosas. Paiva idealizava circulação, bola de pé em pé e jogo apoiado. Mas o Glorioso insistiu em atirar bolas na área, na ânsia de sair logo na frente. “Uma tentação”, definiu o técnico lusitano. Até o momento em que o próprio treinador resolveu entrar na onda e meter mais um centroavante para ganhar volume na área, diante dos chuveiros. Não precisou. Afinal, o time anfitrião suou sangue e chegou ao gol.

A paciência do público também foi testada. Houve sinais de irritação, como é de praxe no Niltão. Em contrapartida, a torcida respondeu com apoio incondicional quando o encontro se aproximava daquela fase crítica, dos 70 minutos em diante. Uma prova de maturidade de uma arquibancada altamente exigente.

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