Reveja: Jogos internacionais do Brasil em 2020 | OneFootball

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·08 de abril de 2021

Reveja: Jogos internacionais do Brasil em 2020

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A Copa América, como a gente sabe, foi adiada por um ano devido à crise da Coronavírus e será somente jogada entre 11 de junho de 2021 e 11 de julho de 2021. Neste artigo queremos nos dedicar ao grande favorito: o Brasil. A equipe do técnico Tite jogou apenas quatro jogos no ano civil de 2020, e venceu todos. O que distingue o pentacampeão mundial e nove vezes vencedor da Copa América dos restante, neste momento?

Adenor Leonardo Bacchi, mais conhecido como Tite, assumiu a Seleção em junho de 2016, e concedeu uma derrota perante os belgas por 1-2 nos quartas-de-final da Copa do Mundo de 2018. Foi a única derrota da Seleção Brasileira nesse ano, que registou, nesse ano, 13 vitórias e um empate. Também no ano seguinte o balanço se revelou bastante positivo, com oito vitórias, seis empates e duas derrotas. No ano passado, a Seleção Brasileira disputou apenas quatro partidas internacionais, por conta da crise do Coronavírus, todas elas com a vitória dos que declaramos favoritos. Com base na história do jogos representada dos gráficos da Overlyzer, é fácil ver que a Seleção dominou claramente os jogos contra Bolívia e Venezuela, enquanto os confrontos contra Peru e Uruguai foram bastante equilibrados. Agora queremos dar uma olhada nessas quatro eliminatórias da Copa do Mundo, pois também elas nos fornecerão informações sobre as próximas etapas que a Seleção Brasileira tem à sua frente.


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A Vitória do Brasil sobre a Bolívia: 5-0

O mister do Brasil, Tite, começou, perante o sistema 4-5-1 da Bolívia, projetado defensivamente, com uma formação 4-2-3-1, que se tornou uma formação 2-3-2-3 em momentos de posse de bola. O lateral-esquerdo Renan Lodi avançou muito e atuou como ponta por longos períodos, dando ao seu time bastante espaço no jogo ofensivo. A grande estrela, Neymar, fletiu para o centro devido à vontade ofensiva de Lodi, onde ele e Coutinho garantiram um meio-campo extremamente fluido. Os brasileiros deixaram a bola correr perfeitamente em suas fileiras, formaram triângulos repetidas vezes e deixaram os adversários correrem para o espaço. O ímpeto ofensivo de Lodi valeu a pena, pois enquanto um total de doze ataques com um valor esperado de gol de 0,53 foram realizados na ala direita, os brasileiros atacaram por 29 vezes impressionantes na ala esquerda com um valor de gol esperado de 2,58. Dados como estes, extremamente relevantes para uma compreensão mais abrangente do jogo, podem ser obtidos através de estatísticas ao vivo. Uma constatação importante a retirar deste jogo é que Neymar e Coutinho se complementam muito bem no meio-campo, pelo menos frente a adversários teoricamente mais fracos.

Gols tardios garantem a vitória frente ao Peru

Os únicos gols sofridos pelo Brasil no ano civil de 2020 foram na vitória por 4 a 2, fora de casa, contra o Peru. O Peru jogou em 4-1-4-1, que se transformou, sem bola, em 4-4-2, providenciando uma grande compactação defensiva. O Brasil apresentou-se com um sistema de 4-1-2-3, com o lateral-esquerdo Lodi mais uma vez desempenhando um papel fundamental e, como na Bolívia, tendo uma posição extremamente avançada no terreno. Como garantia, o meio-campista Douglas Luiz se desviou para o lado esquerdo defensivo ao construir o jogo, permitindo que o lateral esquerdo fizesse longas incursões. O Brasil obteve 68% de posse de bola no primeiro tempo e tentou várias vezes trazer os jogadores individualmente fortes de ataque em situações de desequilíbrio um para um promissor. Como funcionou bem, o técnico do Peru Ricardo Gareca foi obrigado a fazer ajustes táticos que se provaram acertados ao longo do jogo, o que dificultou muito a construção do jogo do seu adversário. Seu time agora defendia contra a bola em um sistema 5-4-1 e o Brasil encontrou menos situações de jogo em que os atacantes pudessem praticar seu drible e mestria técnica. Desta forma, o Peru conseguiu manter o jogo aberto até o final, mas o craque brasileiro Neymar fez a diferença com dois gols no final. O legionário do Paris-Saint-Germain marcou um total de três gols neste jogo e ultrapassou Ronaldo Fenômeno na lista de maiores gols da Seleção Brasileira, tendo apenas agora o lendário Pelé à sua frente.

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Substituições enfraqueceram o Brasil contra a Venezuela

Na vitória por 1 a 0 sobre a Venezuela, o técnico brasileiro Tite teve que sentar jogadores importantes ao lado de seu super astro Neymar, Casemiro e Coutinho, para que Gabriel Jesus, Éverton Ribeiro e Allan fossem titulares. O técnico da Venezuela, José Peseiro, apresentou uma formação em 4-5-1 com um meio-campo extremamente compacto, que recuou poucos metros à frente de sua própria cadeia de quatro jogadores na sua estratégia sem bola. A Venezuela deixou a bola para o seu adversário, recuou para o meio-campo e só conseguiu 27% da posse de bola. Durante todo o jogo, os convidados só dispararam um tiro à baliza adversária. Assim como no jogo contra a Bolívia, Tite apostou em 2-3-2-3 em posse de bola e o lateral-esquerdo Lodi voltou a atuar como ala. O Brasil realizou 20 ataques pela esquerda, mas a Venezuela soube fechar as zonas mais importantes e evitar passes eventualmente perigosos. Isso significou uma menor presença ofensiva de Lodi. Lodi conseguiu encontrar nenhum momento de passe relevante ofensivo e fez a maior parte dos mesmos para o zagueiro Thiago Silva. Deu para sentir a falta de criatividade e dinamismo de Neymar e Coutinho no meio-campo para a equipe. Foi Firmino que contribuiu com o único gol do jogo aos 66 minutos, garantindo à Seleção três pontos importantes neste jogo.

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Uma vitória aborrecida frente ao Uruguai

Quatro dias após a árdua vitória por 1 a 0 sobre a Venezuela, estava em equação o jogo fora de casa da Seleção Brasileira, frente ao Uruguai, em que Tite teve de sentar novamente de Neymar, Coutinho e Casemiro. O treinador ainda teve que compensar a lesão de Allan, contundido num curto prazo de tempo de jogo, e contou com Douglas Luiz e Arthur no meio-campo, que se complementaram perfeitamente neste jogo. Arthur controlou o ritmo de jogo enquanto Douglas Luiz estava um pouco mais ofensivo do que nos jogos anteriores, já que o lateral-esquerdo Lodi esteve bem mais contido ofensivamente desta vez. Tite reconheceu que os ataques do lateral do Atlético, contra a Venezuela, eram muito fáceis de prever e, além disso, preferiu compactar a sua defesa frente a um adversário com maiores argumentos.

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De certa forma, o Brasil foi uma muito mais pragmática neste jogo do que nos anteriores. Muita importância foi atribuída à organização defensiva e o Uruguai dificilmente trouxe problemas aos favoritos durante todo o jogo. Diante das inúmeras falhas pode-se falar de um desempenho maduro da Seleção, que trouxe uma vitória certa, sem grande  brilho ou jogo bonito. Quando Neymar e Coutinho voltarem à titularidade nos próximos alinhamentos, poderemos contar com um toque de extravagância novamente. A folha limpa de 2020 prova que a seleção brasileira também pode compensar as falhas de seus jogadores mais importantes.

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