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·02 de julho de 2025

Ricardo Ares despede-se do FC Porto: “Sempre me senti muito identificado com os valores do clube”

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Ricardo Ares despediu-se do FC Porto após conquistar o bicampeonato nacional, deixando uma profunda marca no hóquei em patins português, após quatro temporadas repletas de triunfos e momentos memoráveis.

Na sua última entrevista em Portugal, antes de uma possível transferência para o Barcelona, o treinador espanhol destacou a vitória na Liga dos Campeões como o auge da sua passagem pelos dragões.


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“Foi o título mais especial. Era um sonho antigo, meu e do clube, que conseguimos concretizar. Tinha passado muito tempo desde a última vitória europeia do FC Porto e sabíamos bem o que isso significava”, afirmou em entrevista à agência Lusa.

A emoção foi instantânea, mas foi somente após alguns dias que Ares teve noção da verdadeira importância do feito: “No momento, há uma felicidade enorme, claro. Mas, depois, ao falar com os adeptos e sentir como viveram isso, percebi realmente o impacto. Sentíamos que já tínhamos estado perto tantas vezes, que parecia que nunca ia acontecer”.

Ricardo Ares deixa o clube com um total de nove títulos: três campeonatos nacionais, uma Liga dos Campeões, uma Taça Continental, uma Taça Intercontinental e três supertaças. No entanto, mais do que o seu palmarés, valoriza a ligação que estabeleceu com a comunidade portista.

“Sempre me senti muito identificado com os valores do clube. E agora, ao sair, recebo um enorme carinho dos adeptos. No fim, mais do que treinadores ou jogadores, somos pessoas. E aqui encontrei muitas boas pessoas e levo amigos comigo”, destacou.

A possível mudança para o FC Barcelona ainda não está oficializada, mas o treinador admite que a possibilidade é “muito grande”.

Sobre a última temporada, Ares reconhece que foi a mais desafiante de gerir. A continuidade do plantel parecia promissora, mas o início foi complicado, com um calendário exigente, poucas pausas e um grupo esgotado física e mentalmente.

“Não conseguimos realizar uma pré-época normal devido às seleções. Começámos logo com competições oficiais, como a Elite Cup e a Supertaça, e a exigência de vencer esteve sempre presente. Isso, combinado com algumas lesões e a sobrecarga em certos jogadores, tornou tudo mais complicado”, explicou.

Apesar dos desafios, a equipa respondeu. A pesada derrota contra o Benfica foi um dos momentos decisivos da temporada: “Foi talvez o mais marcante. Fez-nos perceber que tínhamos de mudar alguma coisa. E a partir daí começámos a corrigir o caminho.”

Na Liga dos Campeões, o FC Porto chegou à final, mas foi derrotado nos penáltis. “Talvez ainda não a merecêssemos. Mas fizemos por merecer estar lá. E continuámos a trabalhar com seriedade, dia após dia. Esse esforço acabou por se refletir no campeonato”, comentou.

O bicampeonato, que o FC Porto não conquistava desde 2015, foi o final ideal para um ciclo que ficará na história: “Ganhar dois campeonatos consecutivos era algo que há muito não se conseguia. Sair assim, com um título e com tantas relações humanas que se estabelecem, para mim é sair em grande”.

Ciente do que construiu, Ricardo Ares acredita ter deixado uma marca duradoura no clube e despede-se do FC Porto com a sensação de dever cumprido.

“A Liga dos Campeões foi um marco, claro. Mas conquistar tanto em tão pouco tempo é algo muito difícil de realizar. Os adeptos do FC Porto merecem. Sofrem, acompanham, estão sempre presentes. E é por eles que vale tudo”, concluiu.

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