Ritsu Doan se acostumou a sair do banco de reservas para fazer história pelo Japão | OneFootball

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·01 de dezembro de 2022

Ritsu Doan se acostumou a sair do banco de reservas para fazer história pelo Japão

Imagem do artigo:Ritsu Doan se acostumou a sair do banco de reservas para fazer história pelo Japão

Toda equipe tem um talismã, e o do Japão não é difícil de identificar. O atacante Ritsu Doan saiu do banco de reservas e, ao lado de outros companheiros, ajudou o Japão a virar contra a Alemanha na primeira rodada da fase de grupos da Copa do Mundo. E nesta quinta-feira, foi além: em um intervalo de três minutos, marcou e deu o cruzamento da jogada do segundo gol, que garantiu à seleção japonesa a vitória por 2 a 1 sobre a Espanha e a passagem às oitavas de final pela segunda vez seguida.

O técnico Hajime Moriyasu gosta de rodar o seu setor ofensivo. Usou trios diferentes em todos os sete amistosos deste ano. Na Copa do Mundo, seguiu rodando e até mudou a formação contra a Espanha. Entrou com cinco jogadores na defesa. O ataque teve Daichi Kamada ao lado de Daizen Maeda e Takefusa Kubo, mais parecido com a escalação da primeira rodada. Doan havia começado contra a Costa Rica, mas saiu aos 22 minutos do segundo tempo, sem ter feito muita coisa.


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Cria do Gamba Osaka, o ponta direita chegou ao futebol europeu novinho, ainda com 19 anos. Mostrou um ótimo cartão de visitas, com nove gols no Campeonato Holandês pelo Groningen. Emprestado, fez o bastante para ser contratado em definitivo e ficou no clube por mais uma temporada antes de chegar ao PSV, um dos maiores emblemas do país. Foi apenas reserva e saiu para a Alemanha.

Passou uma temporada cedido temporariamente ao Arminia Bielefeld. Se não teve grandes números, fez cinco gols e deu três assistências. Decidiu uma vitória contra o Mainz, outra sobre o Stuttgart e ajudou em uma terceira diante do Bayer Leverkusen. Para um time que se salvou do rebaixamento por dois pontos, foi bastante importante. Retornou ao PSV, teve um pouco mais de espaço e impressionou um pouco mais. No último mercado de transferências, foi comprado pelo Freiburg e tem sido titular do vice-líder da Bundesliga.

Essas são suas credenciais pelos clubes. Pela seleção, começou a ser utilizado por Moriyasu logo depois da Copa do Mundo da Rússia. Estreou em setembro de 2018, em amistoso contra a Costa Rica. Foi deixado um pouco de lado durante metade do ciclo, mas voltou a ganhar chances em junho, a tempo de fazer parte da convocação para o Catar, e Moriyasu parece ter percebido que talvez seja melhor tê-lo como opção para o segundo tempo.

Os jogos contra Alemanha e Espanha lhe dão motivo. Em apenas cinco minutos em campo na estreia, pegou o rebote do cruzamento de Takumi Minamino e mandou às redes para empatar contra os alemães. Também causou um impacto imediato nesta quinta-feira. Entrou no intervalo no lugar de Kubo e, em dois minutos, dominou a sobra no bico esquerdo da grande área, abriu para a canhota e soltou uma bomba para vencer Unai Simón. Logo em seguida, recebeu pela direita, deu a sambada contra Alejandro Balde e cruzou rasteiro para Mitoma alcançar (por um milímetro) na linha de fundo e cruzar para o gol de Ao Tanaka.

Um, dois, três lances que marcam uma campanha maravilhosa do Japão. Duas vitórias contra campeões do mundo, liderança do grupo e a classificação às oitavas de final. Primeira vez na história que chega duas vezes consecutivas ao mata-mata. Será que Ritsu Doan fez o bastante para ser titular contra a Croácia? Na realidade, ele fez o bastante para nunca mais ser titular e sempre sair do banco de reservas com a expectativa de decidir.

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