Jogada10
·23 de novembro de 2025
Roberto Assaf: Arrascaeta e BH salvam a vida do Rinus Michels nacional

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No Arrascaeta, que não estava sequer no banco na partida anterior, por capricho dessa estupidez que é minutagem – o sujeito tem 30 anos de idade, é atleta, e ganha uma fortuna – abriu, com uma obra-prima, a vitória de 3 a 0 do Flamengo sobre o Bragantino. E construída pelo gênio uruguaio, com grandes atuações de Bruno Henrique – que estava no banco – e de Éverton Cebolinha. Alguma alma, do bem, avise, por favor, a Filipe Luis, que Arrascaeta e Bruno Henrique não podem ficar de fora no momento decisivo da temporada. Arrascaeta divide hoje com Doval o privilégio: ambos são os maiores gringos da história do clube.
O projeto Campeonato Brasileiro do Flamengo, tão citado pela diretoria no começo da temporada como prioridade, foi caindo diante da ausência de um técnico, a insistência com a tal minutagem, que deixou craques à margem do processo. E por conta de resultados negativos que não poderiam – em hipótese alguma – acontecer, notadamente pontos perdidos para clubes que brigam contra o rebaixamento. E outros que visavam apenas encerrar a competição sem sustos. Afinal, não fossem as práticas citadas e o Rubro-Negro já seria o campeão.

Arrascaeta, mais um avez genial. Foto:Gilvan de Souza
Pois é. Quem visse o começo do jogo de hoje, e o da derrota para o Fluminense, imaginou que era outro Flamengo em campo. De dominado em dominador. Mas o problema é que o técnico e os erros são os mesmos. O tempo vai passando e o time não consegue fazer gol. Em dado momento, o gás acaba. Assim, o adversário vai ganhando espaço, e coragem, a possibilidade de vencer diminuiu a cada minuto, e a de levar bola na rede aumenta. Aos 25 minutos, tal quadro já é uma realidade. Aos 26, Gustavo Marques cabeceou livre para fora. No minuto seguinte, Cleiton praticou bela defesa em conclusão de Varela.
Como o empate era confortável para o Bragantino, o Flamengo corria sempre o risco de ficar em desvantagem. Pois a equipe paulista tem bons jogadores e não tem maiores pretensões, jogando sem a preocupação absoluta – e obrigação – de marcar, enquanto o Rubro-Negro – e a torcida presente – jogam na afobação e no desespero. Isso amplia a quantidade de equívocos. Uma das tarefas do técnico é descobrir como levar o time a quebrar a retaguarda contrária e construir a vitória. O Flamengo, na prática, encerrou o primeiro tempo sem ter a menor idéia de como marcar um gol. Tanto que só esteve próximo de fazê-lo uma única vez.
Desta vez, para surpresa geral, Filipe Luis mexeu no intervalo, trocando Plata por Bruno Henrique, que continua sendo – apesar do tempo – um jogador decisivo. Mas é fato que o excesso de toques para os lados e prosseguiu, e foi o Bragantino que quase sai na frente, com Danilo, contra. Sorte do Flamengo. Empolgado por instantes, o time paulista cochilou, e em contra-ataque, com o ferrolho por segundos desarmado, Arrascaeta fez mais um de seus gols fantásticos. Tirou um zagueiro na ginga, e bateu sutilmente no canto esquerdo: 1 a 0. Aos nove, Pedro Henrique mandou cotovelada em Bruno Henrique, por trás, e a coisa passou em branco. Luiz Araújo substitiuiu Carrascal, mais uma vez mal posicionado pelo técnico.
Aos 15, Everton Cebolinha, em dia inspirado, invadiu a área e cruzou. Mas Andrés Hurtado pôs a mão na bola. E Jorginho cobrou o pênalti para enfiar 2 a 0. Aos 22, Gustavo Marques passou sarrafo em Bruno Henrique, que seguiria sozinho na direção da meta, e recebeu apenas o amarelo. O VARmeiras não tomou conhecimento. Mas ainda não seria possível cantar vitória, pois o Bragantino costuma mostrar serviço contra o Flamengo. E a cereja que faltava ao bolo, ocorreu aos 27, quando Arrascaeta, que ficou de fora no Fla-Flu, por capricho do Rinus Michels nacional, pôs Bruno Henrique na cara de Cleiton para fazer 3 a 0, com chute forte à direita.
Restando 20 minutos, Filipe Luis fez mais mudanças, o mesmo erro da partida contra o Santos, cujo placar era o mesmo, e acabou em drama. Aos 48, Praxedes e Bruno Henrique trocaram farpas. E só o rubro-negro ganhou advertência. Desta vez não houve susto. Enfim, o 3 a 0 permaneceu.
Mas a melhor notícia do dia foi a derrota do Atlético Mineiro para o Lanús, na final da Copa Sul-Americana, em Assunção.









































