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·14 de abril de 2024

Roberto Assaf: Flamengo, Brasileiro, Copa América

Imagem do artigo:Roberto Assaf: Flamengo, Brasileiro, Copa América

O Flamengo não apresentou qualquer novidade em sua estréia no Brasileiro, praticando um futebol bastante abaixo do tão propalado orçamento, deixando Goiânia com uma vitória sofrível de 2 a 1 sobre o Atlético. Vamos concordar que o time carioca raras vezes conseguiu convencer em 2024. E isso vai até o fim do ano, caso não seja contratado um técnico que tenha afinidade com o clube. O Flamengo, no frigir dos ovos – como se dizia antigamente – não viu a cor da bola. Vale lembrar que o time local desperdiçou um pênalti.

Na realidade, o Brasileiro 2024 será estuprado pela maldita Copa América, que roubará atletas dos principais concorrentes por mais de um mês. Curiosamente, os comentaristas do SporTV não tocam no lamentável torneio continental. É óbvio. É produto da casa. Não dá para criticar.


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De La Cruz marca de falta o primeiro gol do Flamengo – Foto: Marcelo Cortes / CRF

Copa América para o Flamengo

Vejamos, pois, o que é a tal Copa América: a absurda competição começa em 21 de junho e termina em 14 de julho. Levando-se em conta que há a cessão antecipada de jogadores, e pelo menos três dias para o retorno completo deles aos clubes, serão praticamente nove rodadas do nosso campeonato sem as principais estrelas. A 11ª delas está prevista para 16 de junho, e a 19ª, que fecha o turno, para 17 de julho. Assim sendo, o Flamengo terá uma partida em campo neutro – o Fla-Flu do dia 16, quatro fora e quatro efetivamente em casa. Aí vão os compromissos: Fluminense (16/6, N), Juventude (19/6, Caxias do Sul), Cruzeiro (23/6, casa), Atlético / MG (26/6, BH), Cuiabá (30/6, casa), Fortaleza (3/7, casa), Internacional (7/7, Porto Alegre), Criciúma (10/7, casa) e Vitória (17/7, Salvador).

A maldita Copa América será realizada em 13 ou 14 cidades dos Estados Unidos – uma delas é New York / New Jersey – em pontos extremos do país, de Los Angeles a New York, passando por Dallas e Kansas City, no centro do país, e até em Miami, na ponta de baixo. Haja viagem. O Brasil está no Grupo D, com Colômbia, Paraguai e Costa Rica, e jogará em Inglewood e Santa Clara, ambos na Califórnia, e em Glendale, no Arizona. O Chile no A, com Argentina, Peru e Canadá, e o Uruguai no C, com Estados Unidos, Panamá e Bolívia.

Como deixaram isso rolar?

O que há de pior em relação a essa Copa América: não é possível que os cartolas não tenham percebido que a maldita competição atropelava o Brasileiro por longo tempo. Outra questão, que pode ser discutida, mas que no nosso entendimento é real: o Palmeiras, principal favorito e provável campeão, é o clube que tem sempre a maior facilidade para montar times mistos com eficiência, e o Flamengo é o apresenta eventualmente a maior dificuldade, o que é terrível, pois será sem dúvida o mais prejudicado com esse torneio sul-americano fora de hora, levando-se em conta que sofrerá o maior número de desfalques, cedendo atletas para Brasil, Chile e Uruguai, quem sabe até 10 deles. O Flamengo não tem reservas à altura. Quem substituirá Arrascaeta e La Cruz? Não é necessário responder.

Em resumo: se o Flamengo ganhar vaga na Libertadores de 2025 será milagre. Chegar à Sul-Americana é previsível. Se ficar no meio da tabela, normal. Nada além. O quadro talvez possa mudar se o Brasil e o Uruguai – que assim seja – caírem na primeira fase da maldita, o que parece difícil, quando observamos os adversários. Mas pelo o que o confronto de hoje mostrou, o Flamengo não vai a lugar algum.

Flamengo x Atlético-GO

O primeiro tempo foi equilibrado. Mas ficou marcado por quatro fatos distintos. Pela surpresa geral com o péssimo estado do gramado. Pelas confusões que terminaram com duas expulsões, ambas do Atlético. Vermelho um: o técnico Jair Ventura xingou a mãe do juiz, logo aos 13 minutos, protestando porque o árbitro não assinalou falta por trás, de Pulgar em Luiz Fernando, que merecia advertência. Dois: Alix derrubou Pedro, que seguiria sem marcação, já nos acréscimos. Pelo gol de La Cruz, cobrando a tal falta, acertando o lado direito de Ronaldo, o que deu a vantagem parcial ao rubro-negro carioca.

Bruno Henrique substituiu Éverton Cebolinha. O Atlético procurou reorganizar o time. O Flamengo voltou tentando cadenciar o jogo, para driblar o calor e mau estado do gramado, dado que vencia por 1 a 0, com um jogador a mais. Mas, como ocorre habitualmente, o time carioca parou de jogar e o adversário, sem muita dificuldade, empatou aos 17 minutos, na cabeçada de Luiz Fernando, após cruzamento de Maguinho. Aos 23, Léo Pereira empurrou Luiz Felipe na área, sem a menor necessidade, e Shaylon cobrou o pênalti na trave direita.

Vitória no fim

As mudanças prosseguiram, e Tite embaralhou tudo, trocando Viña por Gérson e Léo Pereira por Carlinhos, sem que fosse possível esclarecer o objetivo do sempre simpático treinador. Aos 40, Baralhas apanhou sobra e fez 2 a 1, mas a arbitragem anulou, pois Emiliano estava em posição irregular. Prosseguiram as substituições, que serviram apenas para deixar evidente que o banco do Flamengo é de lascar. Mas eis que com 10 minutos de acréscimo, o árbitro marcou pênalti – cotovelada – de Maguinho em Bruno Henrique. E Pedro fez 2 a 1. O Flamengo mal justifica a sua riqueza e a grandiosidade de sua torcida.

Terça-feira é o São Paulo, no Maracanã. Será duro suportar o resto de 2024.

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