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·30 de outubro de 2025

Roberto Assaf: Flamengo supera tudo e chega à final da Libertadores

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Foi o jogo mais sofrido desde a decisão com o River Plate, em 2019, quando o Flamengo venceu por 2 a 1, com dois gols de outra galáxia. Raras vezes um time consegue agüentar tanta pressão, principalmente na casa do adversário, com torcida infinitamente inferior, diante de um rival qualificado, que realizou 38 cruzamentos – sim, 38 – sobre a área carioca. Curiosamente, e por ironia, um argentino, Rossi, foi o melhor em campo, não só pelas defesas que praticou, mas pela experiência e sangue-frio que mostrou, em momentos cruciais. E a expulsão de Plata? Sem sentido.

O empate de 0 a 0 em Avellaneda é um misto de tudo, notadamente raça e camisa, ou seja, muita tradição. Hoje vamos evitar críticas a Filipe Luis. Mas é fundamental lembrar que o Flamengo teve que passar por este sofrimento por que perdeu do Central Córdoba no Maracanã – por erros do técnico – o que o levou ao segundo lugar no grupo da fase de classificação e a obrigação de jogar a partida de volta na semifinal na Argentina.


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Flamengo com chances no primeiro tempo

Os times realizaram um primeiro tempo equilibrado, embora tenham jogado de formas distintas, ambos correndo riscos. O Racing tentava impor o ritmo na força, procurando ligação direta da defesa com o ataque, e cruzamentos em sequência, como faz habitualmente. O Flamengo, mais cauteloso, tocou a bola por um bom tempo, embora tenha, por conta da pressão do ambiente, errado passes nos últimos dez minutos, o que permitiu um breve domínio dos locais.

Na realidade, a equipe carioca criou mais oportunidades, em chutes longos de Luiz Araújo, e em conclusões de Varela e Arrascaeta. O Racing, na prática, teve duas chances, em cabeçada de Conechny, para grande defesa de Rossi, e em pancada de Solari, que saiu alto demais. Suportar reclamações de argentinos não é fácil. Zuculini passou a primeira etapa ameaçando a arbitragem. Eles fazem isto há mais de um século.

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Rossi recebe o abraço de Filipe Luís após a grande atuação que ajudou o time a alcançar afinal da LIbertadores. Foto: Divulgação / Conmebol

Façanha do Fla. E de Rossi

Os times voltaram sem substituições. E o Flamengo excessivamente recuado, devolvendo a bola ao adversário, que começou a tomar conta da partida. Era preciso cadenciar o ritmo, e acertar um contra-ataque, o que parecia difícil, pois a equipe carioca não conseguia jogar. Aos 10 minutos do segundo tempo, Plata deu um tapa na perna – imagem sem nitidez para tal – de Marcos Rojo, e foi expulso. Francamente, não havia necessidade para tal. Um exagero.

Filipe Luis trocou Arrascaeta e Carrascal respectivamente por Bruno Henrique e Danilo. O óbvio: um velocista – que já correu muito mais – para buscar uma saída em velocidade e um zagueiro para fechar de vez. O Racing passou a lançar homens de frente. E o Flamengo mudou de novo: entraram Emerson Royal e Saúl nos lugares de Varela e Luiz Araújo. Já não havia como encontrar um meio de ligar defesa e ataque, pois as circunstâncias não permitiam. Nos acréscimos, Rossi fez defesa espetacular em conclusão de Vietto. Mais dois cruzamentos e outros dois chutes errados e fim de papo.

Não chamaria de milagre. Mas foi sem dúvida uma façanha. Levando-se em conta que a LDU é mais fraca que o Palmeiras, e que o Flamengo sofre muito contra times menos qualificados – Central Córdoba e Fortaleza são exemplos – talvez fosse até negócio decidir com o clube paulista…

E o Zuculini, hein? Para quem não sabe, é cria do Racing e vestiu a camisa do River Plate, tomando atitudes típicas de River Plate, pressionando a tudo e a todos. Terá a noite inteira para chorar.

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