Trivela
·29 de abril de 2023
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·29 de abril de 2023
Roma e Milan prometiam um jogo grande no Estádio Olímpico. São duas equipes de tradição, que vivem ótimas temporadas nos torneios continentais e brigam por um lugar no G-4 da Serie A. Durante 90 minutos, porém, as expectativas de uma partidaça foram quebradas. Os lances de perigo eram bem escassos, num duelo em que nenhum dos dois times acertava o pé. Os acréscimos finais, em compensação, foram insanos. As únicas duas finalizações no alvo em todo o duelo saíram depois dos 49 minutos do segundo tempo. E terminaram em gols. Tammy Abraham parecia se tornar herói ao abrir o placar para a Loba no apagar das luzes, mas Alexis Saelemaekers garantiu a reação agonizante do Diavolo. O placar de 1 a 1, entretanto, não é tão útil para ambos. A concorrência por uma vaga na Champions agradece.
O primeiro tempo foi bastante pobre no Estádio Olímpico. Manteve-se o equilíbrio, com pouquíssimas chances de gol. Era um duelo muito pegado, com uma postura mais reativa da Roma, enquanto o Milan não produzia tanto com a posse de bola. Os giallorossi até chegaram um pouco mais nos 20 primeiros minutos, mas sem criar nada contundente. No máximo, o time da casa contou com alguns tiros para fora. Marash Kumbulla ainda saiu lesionado, causando problemas a José Mourinho pela falta de zagueiros – Chris Smalling e Diego Llorente são outros no departamento médico.
O Milan se tornou um pouco mais agressivo na sequência do primeiro tempo, mas a bola girava a área sem que ninguém finalizasse. A melhor chegada aconteceu num cruzamento rasteiro de Davide Calabria que ninguém desviou na pequena área. Já o principal lance da Roma surgiu numa bola na área aos 33, mas o chute de Lorenzo Pellegrini, que tinha endereço, pegou em Tammy Abraham e não entrou. Apesar do lance, a reta final esteve mais nas mãos dos milanistas, o que não significou tanto em termos de perigo.
O segundo tempo voltou com problemas aos dois times. Fikayo Tomori e Andrea Belotti foram substituídos por lesão. Apesar disso, a partida em si melhorou, com um ritmo mais alto. A Roma se adiantou em campo, o que gerou mais espaços. A trocação aumentou. Mike Maignan foi muito bem numa saída nos pés de Stephan El Shaarawy, que entrava sozinho na área. Logo depois, Rafael Leão serviu Alexis Saelemaekers, que bateu por cima. As defesas ainda se davam melhor, mas eram mais testadas.
A reta final da partida, porém, voltou a cair de ritmo. A Roma deixou de encaixar seus ataques rápidos, enquanto o Milan também não rompeu a defesa dos giallorossi. As oportunidades seguiam a conta gotas. Saelemaekers teve mais um bom lance aos 39, mas errou o pé. Os rossoneri pareciam mais inteiros para uma pressão derradeira. Já numa falta frontal, Olivier Giroud mandou por cima. Neste momento, os romanistas até estavam mais satisfeitos com o empate.
Os acréscimos, contudo, viram o jogo se tornar uma loucura. Primeiro, graças ao ressurgimento da Roma. Depois de 20 minutos sem finalizações da equipe, Mady Camara teve a chance para os giallorossi e o chute saiu sem direção, ao lado da trave. Já o gol surgiu aos 49, na primeira finalização certa da noite. O avanço romanista começou numa recuperação contra Charles De Ketelaere. Zeki Çelik acelerou pela direita e conectou com Tammy Abraham. O atacante foi muito bem no lance, ao se desvencilhar da marcação já no domínio e bater rasteiro. Mas, se naquele momento a vitória da Loba parecia certa, a defesa sucumbiu justo no final.
Restavam dois minutos de acréscimos para o Milan tentar o empate. O time seguia em cima, mas o duelo não parecia propenso a uma reviravolta, pela forma como a Roma se defendia. O desleixo aconteceu aos 52, quando o tempo adicional acabara de estourar. O cruzamento de Rafael Leão beirou a perfeição e encontrou Saelemaekers entrando sozinho no segundo pau. Desta vez o belga não desperdiçou, num chute que Rui Patrício não conseguiu pegar. A arbitragem até concedeu mais uns minutos adicionais, pelas comemorações, mas não rolaram mais chances.
O Milan continua na quarta colocação e a Roma vem em quinto. Os dois times somam 57 pontos e, com os dois empates nos confrontos diretos, a vantagem no saldo de gols fica com os milanistas. Todavia, os mais satisfeitos com o resultado são os concorrentes. A Juventus pode abrir uma vantagem de cinco pontos, enquanto Inter e Atalanta podem encostar.