Rosana adota estilo agressivo na conquista do decacampeonato do Sul-Americano | OneFootball

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·05 de maio de 2024

Rosana adota estilo agressivo na conquista do decacampeonato do Sul-Americano

Imagem do artigo:Rosana adota estilo agressivo na conquista do decacampeonato do Sul-Americano

Rosana Augusto entrou para a história do futebol feminino brasileiro ao conquistar com a Seleção as medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas (2004) e Pequim (2008). Na estreia como técnica da Amarelinha, ela já obteve a primeira façanha. Na madrugada de sexta-feira (3), a técnica levou o Brasil, pela décima vez, à conquista do Sul-Americano Sub-20 com uma rodada de antecipação. Na rodada anterior, o time foi o primeiro do continente a carimbar o passaporte para a Copa do Mundo, que será disputada na Colômbia, a partir de agosto.

Para chegar ao título, Rosana Augusto apostou numa formação ofensiva para chegar ao topo do pódio. Neste domingo (5), o Brasil fará o último jogo na competição. A partir das 23h (horário de Brasília), a Seleção enfrenta o Peru, em Guayaquil, com o objetivo de manter os 100 % de aproveitamento no hexagonal final.


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"As jogadoras foram muito inteligentes e se adaptaram rapidamente ao modelo de jogo proposto", contou a técnica da seleção, que assumiu o cargo em setembro com a missão de revelar novas atletas e conquistar títulos.

No Sul-Americano, Rosana surpreendeu os adversários ao adotar um esquema moderno, que muda bastante durante o jogo. Ele montou um modelo para o time manter a posse de bola com três zagueiras e vai alterando a formação conforme a partida. A zagueira Rebeca é uma das peças importantes na engrenagem. Ao longo do jogo, ela vira volante. O time começa no 3-4-3 e troca o esquema até duas vezes em campo no meio dos jogos (adotando o 4-3-3 e o 3-5-2).

Rosana Augusto comanda o Brasil no Sul-Americano Sub-20 Créditos: Fábio Souza/CBF

"Como gostamos de jogar com a bola, utilizamos esse esquema agressivo e deu certo", disse Rosana. "Fazemos o jogo mais apoiado, agressivo baseado em vantagem. Pode ser vantagem numérica, posicional ou dinâmica em relação ao que o adversário oferece", explicou a técnica, que defendeu o Brasil por 18 anos como atleta. Além das medalhas olímpicas, ela tem dois ouros no Pan-Americano (2003 e 2007), dois títulos do Sul-Americano (2003 e 2010) e o vice-campeonato na Copa do Mundo de 2007, na China.

"Deixamos as meninas sempre de prontidão para os jogos na parte física, técnica e mental pra criar esses mecanismos. Essa construção foi fruto de muito trabalho de toda a comissão técnica. A adaptação foi impressionante", acrescentou.

03/05/2023 - Brasil x Venezuela - Sul-Americano Sub-20 Créditos: Fabio Souza/CBF

Compromisso com a vitória

Apesar de o Brasil já ter conquistado o título, Rosana adiantou que vai cobrar a vitória das jogadoras da Seleção neste domingo diante das peruanas. "A Seleção vai sempre em busca da vitória. Desta vez, não será diferente', disse a treinadora, que começou a carreira em 2020. Desde então, ele já passou pelo Athletico-PR, onde foi campeã do Campeonato Paranaense 2020, e pelo Red Bull Bragantino. Lá, venceu o Brasileirão Feminino A2 2023 e garantiu o acesso para a Série A1.

O Brasil tem a hegemonia no continente no Sub-20. Das dez edições realizadas até agora da competição, a Seleção consagra-se como campeã absoluta do torneio. "Precisamos também agradecer aos clubes pelo crescimento da base no país. Esse domínio não seria possível sem eles", completou Romeu de Castro, assessor da presidência para o futebol feminino.

Romeu de Castro e Rosana Augusto no Sul-Americano Sub-20 Créditos: Fábio Souza/CBF

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