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Luiz Signor·24 de março de 2024
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Luiz Signor·24 de março de 2024
Vice do Brasileirão duas vezes e finalista da Libertadores entre 2000 e 2002, o São Caetano teve o seu rebaixamento ao quarto nível do futebol paulista decretado no último dia 16.
E se despediu da Série A3 do Paulistão neste sábado (23), ao ser derrotado por 2 x 0 pelo Sertãozinho, que foi ao mata-mata.
A nova queda foi mais uma capítulo de uma série de frustrações. Justamente quando celebra os 20 anos do histórico título do Paulistão de 2004 com Muricy Ramalho no comando.
Mesmo ano em que ficaria marcado pela morte do zagueiro Serginho durante jogo contra o São Paulo, pelo Brasileirão.
É mais um clube de campanhas de muito destaque em um passado recente que vai "desaparecendo".
Enquanto que outros lutam para voltar a dar orgulho aos torcedores.
Rumo ao fundo do poço? 🔴🔵
O Azulão já tinha sido rebaixado no ano passado, quando foi o penúltimo colocado na Série A2.
A última participação na elite estadual foi em 2021. E com o pior desempenho. Somou apenas três pontos - sem uma vitória sequer.
A campanha na Série A2 de 2022 foi "segura". Teve chance de avançar ao mata-mata, mas ficou na 11ª colocação.
Já a última presença em um torneio nacional foi em 2020, quando esteve na Série D. Ano em que houve o fim da parceria com a família Klein.
O que resultou no então pior momento da história do clube, com direito a seis meses de salários atrasados.
As dívidas fizeram com que os atletas se recusassem a entrar em campo em jogo contra o Marcílio Dias, que venceu por WO. Antes, o Azulão chegou a levar 9 x 0 em casa do Pelotas.
Encerrou aquela Série D com apenas seis pontos e na última posição do Grupo A8.
Não joga a Série A do Brasileirão desde 2006. A queda para a Série C ocorreu em 2013 - quando também desceu no Paulista. Já o rebaixamento à Quarta Divisão nacional veio em 2014.
Paulista 🔴⚪⚫
O Paulista de Jundiaí foi o time superado pelo São Caetano na final do Paulistão de 2004.
Faria história na temporada seguinte, quando bateu o Fluminense na decisão da Copa do Brasil.
Quando era comandado por Vagner Mancini. E contava com Márcio Mossoró, o ponto desequilibrante, além dos ainda jovens Réver e Cristian. Victor, outro que seria ídolo do Atlético e também começava no futebol, estava lá.
Quase avançou às oitavas de final na Libertadores de 2006 - ficou invicto atuando diante da sua torcida. E encerrou aquele ano próximo do acesso à elite do Brasileirão.
A fase ruim teve início em 2007, com a queda à Série C.
Não disputa a elite do Paulistão desde 2014. O descenso para a A3 foi em 2016. E logo veio o rebaixamento para a A4, em 2017.
A única conquista nos últimos dez anos foi o título da então última divisão estadual em 2019.
O momento é de preparação para disputar a Segunda Divisão do Campeonato Paulista, a popular Bezinha.
Que será equivalente ao quinto nível do estadual de São Paulo a partir desta temporada. E disputada apenas por atletas sub-23.
O Paulista foi um dos 12 times rebaixados na Segunda Divisão do ano passado, quando o torneio ainda era equivalente ao quarto escalão do futebol do Estado de São Paulo.
Paraná 🔴⚪🔵
Na melhor das hipóteses, o Paraná disputará a Série D em 2026.
O Tricolor se prepara (mais uma vez) para Segundona do Paranaense nesta temporada.
Precisará voltar à elite e, depois, buscar (em 2025) vaga na Quarta Divisão para ter calendário nacional no já citado ano.
Outro foco está na possibilidade de transformação em SAF.
A venda chegou a ser aprovada pelo Conselho Deliberativo, mas um imbróglio na Justiça impediu a conclusão do negócio.
A última presença na elite do Brasileirão foi em 2018.
Cairia à Série C em 2020. E, no ano seguinte, veio o rebaixamento à Quarta Divisão.
2022 marcou novo descenso, desta vez no Estadual. E a última presença na Série D.
Portuguesa ❤️💚
A Lusa vai reagindo após anos longe até mesmo da elite do Paulistão.
O "primeiro passo" veio em 2022, com o título da Série A2.
Escaparia da queda em seu retorno à Série A1 na última rodada. No jogo que ficou conhecido como o "Milagre de Mirassol".
E foi às quartas de final neste ano - ainda que não tenha feito uma grande campanha.
De quebra, a Lusa se garantiu na Série D do ano que vem.
Antes, o grande feito tinha sido o título da Copa Paulista de 2020. Que garantiu vaga na Série D de 2021, mas sem o esperado acesso.
A maior missão da Portuguesa é garantir uma sequência de temporadas com calendário maior - e não depender da Copa Paulista para jogar no segundo semestre.
O que colaboraria para encerrar o período conturbado iniciado com o polêmico rebaixamento à Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro em 2013 - dois anos após a "Barcelusa" encantar com o título da Série B.
O "Caso Héverton" foi o início de uma série de quedas. E problemas que ameaçaram até mesmo a existência do clube.
O rebaixamento à Série C aconteceu logo em 2014. Veio 2015 e nova queda, desta vez no Paulista - ficaria sete anos fora da elite paulista.
O 2016 representou mais uma frustração: a queda para a Série D
Ficaria quatro anos consecutivos sem divisão: 2017 até 2020.
Santa Cruz 🐍
O Santinha deu um alento ao seu torcedor no Pernambucano deste ano.
Vendeu caro a eliminação nas semifinais para o Sport.
Mas já tinha conquistado o grande objetivo do ano: ter calendário maior em 2025.
Feito muito celebrado após a queda no Estadual.
Disputará a Série D do ano que vem - após alimentar a expectativa de um convite para a edição deste ano.
O fato é que o Tricolor tenta se reencontrar após uma série de frustrações.
O ano de 2016 começou com título do Pernambucano e da Copa do Nordeste - o que garantiu a inédita presença na Sul-Americana do mesmo ano.
Era um time com Grafite, Léo Moura, Keno e Arthur Caike. E que ainda tinha outras referências, casos de Tiago Cardoso e Danny Morais.
A arrancada no Brasileirão também foi positiva, liderando após duas rodadas.
Mas o Santinha não manteve a pegada. Aconteceram, por exemplo, problemas de relacionamento com o então técnico Milton Mendes.
As trocas no comando não surtiram efeito.
Trocas que foram acompanhadas de crise financeira intensa, com direito a três meses de salários atrasados.
A consequência foi a queda à Série B. A situação se complicou ainda mais em 2017, com novo rebaixamento.
Após quatro anos na Terceirona, o Tricolor foi último colocado do Grupo A da Série C de 2021.
Voltaria a disputar a quarta e última divisão.
E repetir o martírio vivido entre 2006 e 2009, quando foi rebaixado três vezes em sequência. Estava na Série A do Brasileirão em 2006 e disputou a então inédita Quarta Divisão de 2009.
Com certeza que terá calendário nacional na próxima temporada, a meta é dar novamente o primeiro passo em busca de nova retomada.
Foto de destaque: Reprodução/São Caetano