Gazeta Esportiva.com
·12 de dezembro de 2025
São Paulo nega irregularidades no uso de Mounjaro e cita tratamentos individualizados

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·12 de dezembro de 2025

O São Paulo se manifestou oficialmente após a divulgação de uma reportagem do UOL que apontava o uso da caneta emagrecedora Mounjaro em dois jogadores do elenco principal como um dos fatores de tensão interna no departamento médico.
Segundo a reportagem, a prescrição do medicamento teria sido feita pelo nutrólogo Eduardo Rauen, especialista em medicina esportiva que acompanha casos pontuais no SuperCT e mantém consultório particular na região do Cidade Jardim, em São Paulo. A recomendação, contudo, não teria sido comunicada a parte dos médicos do clube, o que alimentou a crise interna, marcada pela disputa de espaço entre o TecFut, laboratório comandado por Rauen e contratado para atuar no CT da Barra Funda, e membros mais antigos do departamento.
A diretoria tricolor, porém, rechaçou que tenha havido uso irregular ou disseminado do medicamento e chamou de “falsa polêmica” a associação entre o Mounjaro e o elevado número de lesões no elenco. Em nota enviada à imprensa, o clube afirmou que apenas dois atletas receberam a prescrição, de forma pontual e após avaliações clínicas individualizadas.
“Foram realizados tratamentos médicos individualizados, indicados de forma pontual após avaliações clínicas criteriosas em apenas dois atletas do time profissional, e não de maneira generalizada, contínua e indiscriminada. Sendo, no mínimo, desonesto apontar a medicação como motivo do alto número de lesões na temporada”, destacou o comunicado.
O São Paulo também ressaltou que o Mounjaro, medicamento à base de tirzepatida, originalmente desenvolvido para diabetes tipo 2 e obesidade, possui aprovação da Anvisa e é fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, uma das maiores do mundo. O clube afirmou que não há qualquer irregularidade no uso, desde que prescrito e acompanhado por profissional habilitado, como teria ocorrido nos casos mencionados.
O clube reforçou que “preza pela saúde de seus atletas em todas as categorias” e assegurou que todas as práticas médicas, sejam de consultores, prestadores ou colaboradores, seguem as normas éticas e legais vigentes.
Esse episódio se soma a um dos anos mais turbulentos do departamento médico tricolor. Ao longo da temporada, o clube registrou 70 lesões, sendo 36 musculares, número superior ao total de partidas disputadas em 2025.
Diante do desgaste interno e da pressão externa, a diretoria já iniciou uma reformulação profunda no setor. Na última semana, 11 profissionais do departamento médico foram demitidos.
“A respeito da falsa polêmica sobre uso do medicamento Mounjaro, o São Paulo esclarece que:
– Foram realizados tratamentos médicos individualizados, indicados de forma pontual após avaliações clínicas criteriosas em apenas dois atletas do time profissional, e não de maneira generalizada, contínua e indiscriminada. Sendo, no mínimo, desonesto apontar a medicação como motivo do alto número de lesões na temporada.
– O Mounjaro é um medicamento regularizado e autorizado pela Anvisa, fabricado pelo laboratório Eli Lilly, um dos maiores e mais respeitados do mundo. Não há qualquer irregularidade no uso do produto, desde que seja de procedência de fabricação original e, como no caso, com indicação, acompanhamento e prescrição médica.
– Clube preza pela saúde de seus atletas em todas as categorias e, por isso, busca sempre a excelência profissional em todos os departamentos de saúde.
– Qualquer conduta na área de saúde praticada por profissionais no clube, sejam prestadores, consultores ou colaboradores, é feita dentro de todas as normas e regulamentações exigidas pela ética profissional e pela legislação vigente”.









































