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·06 de outubro de 2025
São Paulo repudia postagem homofóbica e STJD pode denunciar Vitor Roque

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São Paulo repudia postagem homofóbica e STJD pode denunciar Vitor Roque
O atacante Vitor Roque, do Palmeiras, está no centro de uma polêmica após publicar nas redes sociais uma imagem considerada homofóbica, remetendo a um estereótipo comumente usado contra o São Paulo. A postagem, feita logo após o Choque-Rei, foi rapidamente deletada, mas já tinha causado grande repercussão negativa. O ato gerou nota oficial de repúdio do São Paulo, que frisou sua posição contrária a qualquer manifestação que incentive a violência ou perpetue preconceitos.
Do ponto de vista jurídico-esportivo, especialistas destacam que Vitor Roque pode ser denunciado ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que pune atos discriminatórios, inclusive homofobia, mesmo quando praticados fora de campo, desde que relacionados à atividade esportiva. A pena pode variar de suspensão entre 5 e 10 jogos, além de multa, cabendo à Procuradoria do STJD agir de ofício ou partir de denúncia de terceiros.
O precedente mais recente envolveu o atacante Dudu, do Atlético-MG, que foi punido com seis jogos de suspensão e multa por misoginia em uma publicação nas redes sociais, mostrando que a esfera disciplinar do futebol está atenta também ao comportamento digital dos atletas. Para advogados da área, ainda que a exclusão da publicação por Vitor Roque possa ser considerada atenuante, ela não o isenta de eventual responsabilização, reforçando a necessidade de atletas assumirem postura responsável nas redes.
Tanto a diretoria do Palmeiras quanto a do São Paulo se manifestaram oficialmente sobre o caso: o Palmeiras conversou com o jogador e enfatizou que provocações desse tipo não cabem mais no futebol, enquanto o São Paulo pediu apuração rigorosa e reforçou a necessidade de combater toda forma de preconceito no esporte. O episódio reacende o debate sobre ética, respeito e punição de atitudes discriminatórias no futebol brasileiro.